Durante o mês de janeiro é aberto no litoral de Parnamirim a temporada de shows no Circo da Folia. É comum nessa época do ano reunir um grupo de amigos ou a própria família e curtir uma banda de axé ou quem quer que seja neste local.
E foi exatamente isso que resolvi fazer no final de semana passado. A primeira das minhas constatações começa com o valor da entrada. Sei que mudanças econômicas existem com o passar do tempo, mas lembro bem que há 5, 6 anos a senha ainda estava chegando na casa dos R$20. Hoje uma senha antecipada custa R$40,00, o camarote então eu nem sei o valor, porque nunca freqüentei tal lugar.
“Abri dos peitos”, comprei a danada da senha e esse seria meu divertido final de semana. É, mas não foi. O Circo da Folia passou há pouco por uma reforma, tirando a lona e asfaltando o que antes era paralelepípedo. Então, acredito eu, que os responsáveis pensaram que apenas por causa disso poderiam colocar mais pessoas do que o local permitia.
Começa agora minha odisséia. Logo na entrada (entrada única vale ressaltar) uma multidão tomou conta da rua que dá acesso ao circo. E apesar de já ter pulado o Carnatal, eu nunca tinha passado por um sufoco tão grande. Pessoas espremidas, empurrando umas as outras, um bafo quente subindo, todos na tentativa de chegar aos quatro corrimãos que nesta hora mais pareciam uma miragem. Minha vontade era de ir embora dali imediatamente, mas eu não podia, eu já estava lá no meio, sem falar que a senha tinha sido cara demais para eu desistir sem ouvir pelo menos uma música.
Uma hora o ar me faltou e por pouco não desmaiei, meu namorado (que foi heróico, diga-se de passagem) me levantou em meio à multidão e assim consegui respirar. As pessoas quando me viram pálida, foram solidárias e me deixaram passar. Quando cheguei aos corrimãos, uma briga tomava conta do lugar, era um cara esbofeteando outro sei lá porque, até que eles foram afastados.
Depois do susto finalmente consegui entrar no bendito show. Achei logo estranho porque se tinha alguém fazendo revista, eu não vi. Das pessoas que estavam conosco, ninguém foi revistado. Mas, enfim, eu estava lá dentro e pensava que a minha diversão ia começar, não foi isso que ocorreu. O lugar estava intransitável, insuportável de tanta gente. Alguns amigos foram assaltados, o ladrão chegando a roubar carteira e celular.
Acrescentando a isso, num determinado momento não tinha água nem refrigerante no local e olhe que passei boa parte do tempo tentando chegar de um ponto para outro, só tinha cerveja. E como eu não bebo saí para comprar água. Terminei ficando lá por fora mesmo, fui embora daquele caos. E no final de tudo eles lucraram até com as fichas que eu não utilizei.
Para mim inclusive esse novo nome – Arena Verão – foi muito bem pregado, porque ali parecia mais uma arena romana aonde as pessoas representavam os gladiadores lutando umas com as outras para conseguir assistir um show. E tem gente que mesmo depois de passar por tudo isso ainda vai para o próximo.
Finalizando, não quero falar exatamente sobre gostos musicais – pois cada um tem o seu – e os problemas sociais do mundo e da cidade pacata e “elitista” Natal (até acho muito pertinente). Quero enfatizar minha crítica à falta de organização do responsável desse show, que não montou uma estrutura adequada e com segurança para receber um número exacerbado de pessoas.
Eles devem ter lucrado e muito em cima da insatisfação do povo. Que vocês leitores analisem bem o lugar que vocês irão freqüentar, porque a besta aqui não cai mais nessa não..
tem um texto rodando no facebook também muito bom :
https://www.facebook.com/permalink.php?story_fbid=335543913146395&id=100000723673943
Diário de uma Blitz no Rio Grande do Norte, Brasil Episódio “A Blitz da Lei Seca”
Agora eu vi como a Polícia e/ou setor de inteligencia do Estado do Rio
Grande do Norte é despreparado as vezes fico sem saber qual é a real
intensão do Governo com ações que vem tomando, se o que eles pretendem é
a segurança, o bem estar da população, ou se o quer é mais uma rentável
fonte de arrecadação. Meu nome é Maurício, fui num aniversário em
uma praia no Litoral Sul do Estado do Rio Grande do Norte no sábado a
tarde. Chegando na festa eu tomei umas doses de Whisky enquanto divertia
com meus amigos. Na hora de ir embora o que fiz, eu estava cansado pois
tinha trabalhado em pé pela manhã e ainda bebi durante a tarde, então
eu fui dormir pois não queria colocar em risco a minha família e até
mesmo outras vidas. Então após ter jantado e dormir por mais ou menos
três horas, acordei, tomei um banho e fui embora. Já era tarde quase
meia noite quando sai. Eu estava bem descansado e de volta a Natal, RN.
Chegando perto da praia de Pirangi, onde havia um show no Circo da
Folia, foi ai que tudo começou a historia que vou relatar é real, nela
há fatos cômicos, alguns tristes e outros para a gente pensar no que
deve fazer e o que Governo realmente quer e como fazer. Tudo
começou quando cheguei em um enorme engarrafamento, havia guardas para
todo os lados, tinha Amarelinho de transito, Policia Federal e a Policia
Militar do Estado. A partir daí o transito não andava mais. Foi quando
eu perguntei a um guarda o que estava acontecendo e como eu faria para
sair daquele congestionamento, pois estava com a minha família, o guarda
me disse é a Blitz da Lei Seca e que não havia saída, e disse ainda que
era para todo mundo ficar de cinto aguardando no carro. “Só faltou uma
voz de prisão”, mas eu estava tranquilo, afinal tinha bebido um pouco a
tarde mas já havia descansado bastante e estava indo embora para casa.
Coloquei uma música que gostava e fique ali quase parado, afinal o
transito não fluía. Mais ou menos uma hora depois, cheguei perto de uma
rotatória, onde havia uma ambulância da SAMU, e um Táxi que estava na
minha frente da fila, nesta hora as coisas começara a mudar, foi quando
eu vi o primeiro caso que não é nada agradável de relatar, mas da para
imaginar um engarrafamento quilométrico perto do Circo da Folia a maior
casa de show do Litoral, onde um grupo de jovens chega perto de um táxi
para ir embora, o táxi estava no meio da rua em transito no
engarrafamento, mas depois que o pessoal começou a entrar, após um tempo
eles começaram a sair do táxi, afinal quem vai pagar táxi para ficar
parado em engarrafamento e o taxista em vez esperar todos saírem anda um
pouco e fica parado em cima dos pés de uma moça. A moça começou a
gritar, chorar e bater no carro, e o taxista ficou parado, sem saber o
que fazer, nisto a moça já havia caído no chão com os pés presos debaixo
do pneu do táxi e como é de costume havia juntado um monte de gente ao
redor, afinal de contas quando acontece coisa ruim o que mais aparece é
gente para ver e depois ficar comentando e falando da desgraça dos
outros. Após todo o sofrimento da moça, o táxi andou um pouco e o pé da
menina ficou solto. Nisto os policias ficavam todos de longe, olhando
alguns rindo como se não tivesse acontecendo nada, mas afinal de contas a
ordem que eles tinham era fazer a Operação Lei Seca, e uma pessoa sendo
esmagada não “é trabalho da Policia.” Ou talvez não fizeram nada porque
não viram ou ouviram os gritos da moça. Mas como se diz aquela piada do
“Cumulo da Sorte” que é “Ser atropelado por uma ambulância”, foi quase
isto que aconteceu com esta garota, ela não foi atropelada por uma
ambulância, mas a SAMU estava do lado de portas abertas em cima na
rotatória, até parecia que já estava esperando por ela. Foi quando
alguém que estava na rua ou alguma amigo dela, a carregou até a SAMU, e o
carro partiu para leva-la para um hospital. Nesta hora eu vi e
pensei estou com sorte, esta ambulância saindo o transito vai fluir e eu
vou atrás. Mas não foi bem assim, o que aconteceu foi que fiquei com a
ambulância com a sirene ligada com o maior barulho, e todas aquelas
luzes ligadas parecendo uma arvore de Natal. Imaginem a cena um
engarrafamento sem fim, e na minha frente uma ambulância com a sirene
ligada fazendo o maior barulho com uma moça com o pé todo estourado que
foi atropelada pelo taxista. Para melhorar um pouco o ambiente eu fechei
os vidros o liguei o ar condicionado e aumentei um pouco o som. E
fiquei atrás daquela arvore de Natal que também quase não andava, nisto
já havia passado quase duas horas, e já estava todo mundo no carro
morrendo de sede, sono e querendo ir no banheiro, afinal de contas não é
todo dia que a gente fica em uma prisão veicular, “Não sei se este é
termo certo”. Mas neste noite a polícia do estado prendeu no mínimo 10
mil pessoas que estavam em Pirangi, ate que fosse possível realizar o
teste do bafômetro em todos. Depois de algum tempo chegou um guarda na
ambulância, e pouco depois a sirene desligou. Só veio uma coisa na minha
cabeça “O guarda chegou e pediu para eles desligarem a sirene. Ainda
bem que estamos no Brasil, e existe a Lei do Silencio que não permite
barulho após às 22 horas, imagino que alguém ligou para a Policia
dizendo que a SAMU estava fazendo muito barulho, e por isto apareceu
alguma alma boa e obrigou a ambulância a desligar o som. E o pobre
motorista não fez outra coisas a não ser desligar a sirene, e ficar lá
dentro da ambulância ouvindo a menina gritar de dor com seu pé
estourado, enquanto esperava a policia fazer a operação Lei Seca,
ficando preso no engarrafamento.” Mas seja isto ou não que aconteceu a
sirene ficou desligada e a ambulância no meio do congestionamento.
Nesta agora aconteceu uma coisa que nunca pensei que ia acontecer ou
melhor ver, mas o nosso País Brado, Forte e Retubante é mesmo o País das
oportunidades, e adivinham a nova profissão que criaram no Brasil,
motorista de passagem em Blitz de Lei Seca, a profissão é seguinte; os
caras veem batem no vidro, e oferecem um motorista com zero no
Bafômetro, para passar na Blitz e depois da polícia eles voltam para
pegar um novo cliente e o bebum vai embora pra casa, sem multas e sem
ser preso, e tudo isto a um custo mínimo de R$ 100,00, á vista com
pagamento antecipado. Imaginem quanto que da para faturar em uma noite,
se o motorista for esperto passa uns 30 bebuns e no final da noite ganha
R$ 3000,00 (Três mil reais). Ainda mais que a profissão é nova e não
tem muita concorrência. Mas eu como estava de consciência limpa disse
que não precisava, pois eu não havia bebido. E segui no engarrafamento.
Ainda passou mais uns três ou quatro. Senti falta de ambulantes vendendo
cigarro, água, e até mesmo uma cervejinha para os passageiros.
Acabou que como meu carro é pequeno eu passei a ambulância que é um
carro grande e fui indo muito devagar, mas deixei a ambulância para
trás, até chegar um guarda, que bateu no vidro e pediu o documento do
carro e minha carteira de habilitação, eu perguntei o nome dele e dei
Boa Noite como faço com todo mundo. Ele disse que o nome é Marcio, e já
perguntou se eu não queria fazer o teste do bafômetro. Eu disse que sim,
ai ele já tava com uma saco com um punhado de filtro ou seja lá como
for o nome. Ele tirou a peça do plastico colocou no aparelho e pediu
para soprar até a luz apagar. Foi isto que eu fiz. Soprei, soprei,
soprei, soprei, tava parecendo o lobo mal. Ai o aparelho não fez a
leitura, o guarda pediu para que eu soprasse de novo. E fiz o mesmo já
meio sem folego, fiz novamente como o lobo mal, soprei, soprei e soprei,
ai a luz ainda não tinha apagado, e eu não aguentei mais, ai o Soldado
Marcio disse: – “Rapaz você tem que soprar até a luz verde apagar, não pode parar antes e não precisa soprar muito forte.” Ai eu disse: – “Sr., eu fumo e não tenho muito folego, espera um pouco para eu pegar folego”.
Afinal já estava a quase três horas preso na fila, sem água, morrendo
de vontade de ir no banheiro e com sono. Então peguei folego e soprei
novamente, e soltei quando a luz apagou. Só que novamente o aparelho não
fez a leitura. Então novamente o soldado disse: – Meu amigo você
tem soprar até apagar e esperar mais 6 segundos, e se não der certo
agora você vai parar o carro ali e vai ver o que vai acontecer. Até
achei até que ele estava me ameaçando e eu não sou doido de falar
alguma coisa com um guarda falando em voz alterada. Mas que deu vontade
de peguntar para ele se este aparelho de bafômetro que ele estava
funciona mesmo. O que eu fiz foi esperar um pouco e soprei novamente,
fiquei soprando, soprando, soprando, a luz apagou, e continuei soprando.
Ai a tela toda apagou, e eu já estava quase sem ar. Depois de um tem
tempo o visor do bafômetro apareceu um punhado de menos que ficava
piscando, ai eu perguntei para o soldado. “Deu certo agora”?. Então ele
disse. – “Agora esta fazendo a leitura espera um pouco.” Foi quando depois de um tempo apareceu um 0.22, e ele me mostrou. Ai eu perguntei: – “Então o que é isto?” O guarda então respondeu: – “Permitido é 0.14, e o seu esta acima.” Então eu perguntei: – “E ai? O que devo fazer? Eu vou ser preso? Ele então respondeu: – “Preso não, mais você vai ter que arrumar um motorista, e segue aquela fila ali.
Nisto ele me largou ali no carro, em pleno engarrafamento e foi fazer
mais testes em outros carros que estavam no meio da pista. Após um tempo
chegou outro policial que conduzia três ou quatro carros, e gritava
vem, vem, vem, ai parava o transito, e depois de um tempo ele voltava a
gritar. Então o peguei o meu celular para ver na minha agenda do
telefone alguém que eu pudesse ligar para ir buscar o meu carro. Foi
quando o guarda que tava conduzindo a fila disse, “Rapaz você quer ser
preso, você ligar para alguém na minha frente? Você esta de sacanagem
comigo?”. Mas o carro estava parado no maior engarrafamento, o carro não
andava e o Soldado Márcio tinha falado para que eu ligasse para alguém
dirigir meu carro. E não me restou outra coisa a não ser guardar o
celular. Depois de quase dois quilômetros na frente da barreira o
policial achou um lugar no mato onde a gente poderia deixar o carro.
Nisto chega o guarda que conduzia a fila depois de falar com o pessoal
do carro da frente, e fala comigo: – “Senhor me da o documento do
carro e habilitação, o seu carro vai ficar preso até vir um condutor.
Tranque o carro e você venha comigo.” Então eu disse: – Meus documentos estão com o Soldado Márcio, e minha família vai ficar no carro.
Nesta hora saí do carro e comecei a segui-lo nisto aconteceu dois
fatos também nada comuns. O primeiro foi o Meritíssimo Juiz de Direto
que veio gritando, e dizendo. “Cade o Tenente?, eu sou Juiz e preciso
falar com o Tenente”. Nisto o guarda que eu estava seguindo disse, “Sou
eu” e se apresentou para o Juiz, “Eu sou o Primeiro Tenente Tal”, (O
nome dele era um pouco diferente, e eu não lembro mais.). Ai o Juiz disse para o Tenente:
– “Senhor como vocês fazem isto, parar todo um bairro, tem ambulância,
tem gente passando mal, estou aqui a mais de uma hora, isto não é coisa
de se fazer, o que vocês estão fazendo não existe”. Foi nesta hora
que o motorista do carro que estava atrás do meu começou a brigar, saiu
a maior briga, era porrada para todo lado. E o pior começaram a ir para
o lado do meu carro, imagina se eles estragam o meu carro? Nisto o
Tenente começou a gritar, “Para de brigar, o que é isto?”, e começou a
apitar, e o Juiz só gritando: “Parem, obedeçam o Tenente”. E o meu carro
ali do lado, e já tinha umas quatro pessoas escondendo nele. Mas graças
a Deus o pessoal que estava lá, separou os dois brigões. E o Tenente
disse para o Juiz, “Obrigado pela ajuda Meritíssimo!.”. E pediu para o
motorista brigão do carro de trás, acompanhar a gente, afinal ele também
não passou no teste. E deu o maior grito: – “Cade o motorista deste carro preto, e deste outro aqui!!
Nesta hora eu fiquei com medo, só passou na minha cabeça. “Agora o
povo briga, quase estraga o meu carro, e este Tenente vai bater em mim.
Pois o carro preto era o meu,” e eu nunca tinha visto alguém gritar
assim, desta maneira, e o pior que eu estava do lado dele, com o Juiz do
Outro lado. Mas graças a Deus, ele só pediu pra gente acompanha-lo.
Então seguimos para Blitz. Onde estava os carros da Polícia. No caminho
que era mais de um quilometro. O Tenente disse para o motorista da
briga, – “Eu vi que ele mexeu com sua mulher cabra escroto”. E seguimos
como não tivesse acontecendo nada. Ninguém foi preso ou registrado
algum BO por aquela briga. Ai continuamos voltando para onde estava a
Blitz, neste caminho foi quando o Tenente conversou com mais calma com o
Meritíssimo, que voltou a dizer, que isto não era coisa de se fazer,
parar todo um bairro com ambulância, todo mundo parado, e disse ainda
que estava com o seu carro parado a mais de uma hora. Nisso o Tenente
perguntou aonde estava o carro dele e se ele tinha bebido. Então o Juiz
disse que havia bebido, mas que a esposa dele estava conduzindo o carro e
ela não bebia. Eu lá seguindo o Tenente, o juiz, junto com o pessoal
que estava com os documentos presos. Quando chegamos na Blitz tinha
duas Vans da Policia Rodoviária Federal, em uma tinha tipo um
escritório com algumas mesas e o guardas fazendo os Autos de Infração, e
na Outra é era uma cadeia, onde prendiam o povo mamado, já era quase
três da manhã, e já tinha umas quinze pessoas presas nesta VAN, foi
nesta hora que chegou um guarda dizendo que o carro do Juiz já estava
ali na frente, então ele entrou, agradeceu ao Tenente, e foi embora.
Nesta hora eu só pensei: “Pra mim o juiz queria liberar a ambulância e
dar fluência ao transito e ajudar toda a população, mas não sei o porque
ele entrou no carro dele, que era o primeiro da fila foi embora, e
ficou ambulância parada e toda aquele engarrafamento continuou da mesma
forma.” Eu não entendo de lei, mas ele deve ter ido embora porque o
Fórum deve funcionar só no final de semana. E não ia poder fazer muita
coisa por ali. Nesta hora enquanto assinava os papeis que os policias pediram eu vi uma cena que nunca pensei, a qual vou relatar agora.
Uma pessoa levou um tiro no Circo da Folia, como é de costume
geralmente tem uma ambulância e equipe de primeiros socorro próximo, mas
lembram da pobre coitada que teve o pé esmagado pelo táxi. Então ela
estava ocupando a ambulância que estava “presa” na Fila da Operação Lei
Seca junto com mais 10 mil pessoas. Então o que o irmão/amigo do baleado
fez? O que eu acho que qualquer um faria. Ele pegou o carro e saiu para
levar o baleado para o hospital. E nossos defensores o que fizeram
nesta hora? Adivinhem só, param o carro com uma pessoa baleada e
disseram que só passava se fizesse o teste o bafômetro. Neste o
socorrista se deu mal também, e acabou sendo preso, e o pobre do baleado
lá sem saber o que fazer, mas ai eles arrumaram transporte para o
baleado, e o pobre irmão ficou preso por querer salvar o mano que
acabara de levar um tiro. Neste hora eu imagino o Pai destes jovens,
que recebeu o notícia. Que o filho foi baleado, e outro estava preso
porque foi prestar socorro, pois não tinha ambulância, pois a única que
tinha estava na “prisão temporária da Operação Lei Seca”. Bem que o juiz
havia dito pouco antes, meu tenente como você faz isto, isto é uma
coisa que não existe. Mas o juiz já havia ido embora. Eu nem sei o
que aconteceu com o ferido, mas depois que ele foi embora o Tenente
chegou contanto para todos que estava lá ao lado do carro escritório,
“Veja só, havia um elemento embriado dirigindo como um doido em um carro
sobre efeito de álcool para levar um baleado para o hospital. Mas nós
prestamos socorro ao ferido e prendemos o motorista”. Com aquele tom e
sorriso no rosto de que a justiça foi feita. Afinal a ordem era pra
fazer a blitz e não poderia passar ninguém sem fazer o teste. E a
fila só aumentando e todo mundo preso, e foi ai que eu vi mais uma coisa
que estava acontecendo, já era três da manhã e a inteligencia da
policia não deu conta de fazer uma conta básica, que todo profissional
seja de qual área deve fazer antes de sair para o trabalho. Levar
equipamento reserva. E a polícia para fazer a Operação Lei Seca, e fazer
milhares de testes, deveria levar Bafômetros, bateria e bocal
suficiente, pois os bafômetros começaram a descarregar, e a equipe tinha
que começar a recarregar os mesmos. E enquanto isto a fila só
aumentava. E para piorar o carro escritório tinha só quatro tomadas e
para variar tinha uma estragada. Foi ai que eu vi porque quando fui
fazer o teste o equipamento não conseguia ler direto, o mesmo já devia
estar era com bateria fraca. Então pedi para fazer o teste novamente
para ter uma contra prova, mas eles me disseram que é permitido realizar
só uma vez. Mas eu deixo a dica para o pessoal da pólica na
próxima semana quando for fechar a cidade fazer uma conta bem simples a
qual descrevo a formula para vocês: 1)Calcule quantos carros tem na região 2)Acrescente quanto carros passam na região
3)Acrescente dois testes por carro “Um para o motorista e outra para
quem for levar o carro aprendido que também precisa fazer o teste.” 4)Agora veja quantos testes é possível fazer com o equipamento ligado, e quanto tempo o equipamento vai ficar ligado. 5)Calcule o tempo que a operação vai durar.
6)Agora é só calcular o tempo de duração da blitz e quanto tempo uma
equipamento consegue ficar ligado fazendo testes. E dividir pela
quantidade de testes. 7)De posse desta informação, arrume a
quantidade de bafômetros necessário, ou então compre baterias de
reserva, que deve ser mais barato que um equipamento completo.
Fazendo isto não é preciso um Tenente dar o ordem para um pobre soldado
ir para o batalhão buscar mais 20 bafômetros. Ou esperar os bafômetros
recarregarem, para poder liberar todo o povo apreendido. E o povo ficar
esperando equipamento para fazer testes. Mas graças a Deus
depois um tempo conseguiram um bafômetros com bateria e minha amiga fez o
teste. Devolveram o documento do carro, e eu fui embora. Só tive que
andar um pouco ate chegar no carro aonde estava a minha família.
Bem pessoal, este o meu relato do que aconteceu, e deixo alguma
perguntas para serem pensadas, respondidas e repassadas pela Internet.
Qual é o real objetivo da policia? Ela deve socorrer alguém que foi
atropelada? Ele deve bloquear um bairro e deixar todos presos, inclusive
ambulância, táxis e todo o meio de transporte? Ela deve separar brigas?
Ou deve ficar gritando e esperar o povo separar? E no caso de alguém
prestando socorro porque não tem ambulância disponível, nem táxi, nem
nada, ela deve prender um cidadão que tentou prestar socorro? E
esta ordem de fechar toda uma praia, e não deixar saída de acesso, para
táxi, ambulância, ou qualquer autoridade como o nosso Meritíssimo que
apareceu reclamando da situação. Eu só passei na Blitz porque eu
pensava o teste só pegava bêbedo, e não quem havia bebido no dia
anterior, afinal eu fiz o teste já era quase três horas da manhã; depois
de longas horas preso na fila da operação da lei seca, pois eu tinha
alguma opções para não passar na Blitz, como pagar R$ 100,00 para o
atravessador, ter parado o carro e dormido no carro como a maioria fez.
Táxi eu não podia pegar, pois estavam todos presos na mega operação da
Blitz da Lei Seca em Pirangi-RN. Organizado pela nossa eficiente e bem
treinada Policia Militar. Este é o meu relato do que vi na noite passada. Deixo algumas sugestões e comentários:
Se alguém ainda for para o próximo show no circo da Folia, bebendo ou
não vá para dormir por lá, pois não é possível pegar táxi, ambulância ou
qualquer meio de transporte para ir embora, então vá divirta-se, espere
amanhecer até a policia ir embora. Se for passar pela região como
foi o meu caso, não transite durante a noite, pois você ficará preso na
Blitz por várias horas. Se eu tivesse ido embora a tarde, não estaria
agora com minha habilitação presa. Peço a nossa policia que comprem
mais bafômetros e também baterias, para que nossa população não tenha
que esperar ainda mais para que os bafômetros funcionem e seja possível
fazer seus testes. Peço também encarecidamente que aumente o numero
de motoristas especializado em passagem de Blitz. Pois se tivesse pelo
menos uns 200 motoristas o engarrafamento não ia ser tão grande como
foi. Caso alguém saiba o que aconteceu com o ferido e o socorrista
que relatem também, pode me enviar por email mauricio@bsd.com.br. Peço também que divulguem meu relato em redes sociais, blogs e todo meio de comunicação como um desabafo.
Caso alguém que estava na blitz ou na fila e viu fatos engraçados,
estranhos ou problema para soprar o bafômetro, que também relatem. Até a próxima. mauricio@bsd.com.br Janeiro 2012 Natal-RN
Para mim isso é apenas uma ambientação condizente com o tipo de música que se toca em tal local.
Aposto que a maioria dos que estiveram lá adoraram o show.
Aconselho a você não financiar festas onde a cultura do lixo é promovida. Deixe isso para os ignorantes que, mesmo com acesso à educação, não conseguem tecer uma reflexão sobre sua realidade.