Os blogueiros progressistas surgiram como um movimento social na chamada blogosfera com o intuito de criar meios de difusão de mídias alternativas e de contrabalançar a hegemonia dos grandes canais de comunicação. Com o seu crescimento, comissões estaduais foram fundadas para regionalizar as ações.
O RN, que apresenta uma das mídias mais dependentes de grupos políticos do país, conforme pesquisa recentemente publicada por base de pesquisa da Unicamp, também se organizou com a perspectiva de forjar um fórum de discussão e de ação local.
Duas siglas surgiram: RNBlogpro e BlogproRN, cada uma reivindicando a representatividade dos blogueiros progressistas no estado (não pretendo aqui pormenorizar a questão. Também não vou tomar partido. Quero apenas expor meu ponto de vista).
Bem, com a força que a mídia tradicional tem no RN, penso que a divisão não traz saldo positivo. Pelo contrário. Torna a arena de disputa ainda mais desigual. Os dois grupos separados trabalham para obter um resultado que não é superior a soma zero. A fulanização, com a arcaica atitude “eu lidero e você não”, ou eu tenho “força política”, poder de “arregimentação”, “organização”, também acaba trazendo mais do mesmo, o que parece não ser a intenção.
Um certo nível de disputa é sadio. A visão monolítica não resolve nada. Porém, ela não pode corroer um movimento. Os representantes das duas siglas poderiam conversar e criar uma gestão compartilhada dos blogueiros progressistas. Deveria também ficar combinado de que existiriam eleições periódicas para a sucessão do grupo gestor.
Seria o início da democratização de um movimento social legítimo que luta por democracia na internet. Não é possível contestar a legitimidade do status quo, produzindo o que os representantes do stablishment praticam.
Caro Daniel Menezes e amigos da Carta Potiguar.
Não existe qualquer espécie de divisão dentro do #BlogProg no Rio Grande do Norte, embora possa interessar a alguém que isto seja um fato. Falo com a propriedade de quem faz parte do movimento, de quem assumiu a contribuição de ser coordenador.
Tudo surgiu com base em divergir em uso de hashtags, uma coisa simplória se considerarmos a liberdade e amplitude da rede. Talvez também com a criação de um sítio na internet para agregar as postagens de blogs potiguares (http://rnblogprog.org/).Se dentro de um movimento uma pessoa discorda da outra, isto é um sinal positivo, é a marca do contraditório. Mas as idéias devem brigar, não as pessoas.O que eu bem sei, e defendo riscando até faca no chão, é a liberdade na internet. Os movimentos 2.0 são plurais, horizontais e suprapartidários, estão todos em pé de igualdade e sobre qualquer órgão representativo.
Só assim teremos a máxima que um cardume organizado pode fazer frente a tubarões.
Com relação a problemas pessoais que algumas pessoas expressam, não são questões do #blogprog, são pessoais.
A bem da verdade, o #blogprog não é afeito a personalismo, mas a ação coletiva. E que isso se traduza na participação de todos os que se consideram (ou não) progressistas, a favor da democratização da informação.