Rio Grande do Norte, quinta-feira, 25 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 8 de junho de 2012

ZPE do Sertão: importante acontecimento econômico no RN

postado por Carta Potiguar

Por Fernando Amaral

Foto: divulgada no grupo "Rio Grande do Norte +", espaço para debate sobre economia do RN no Facebook.

No dia 24 de maio reuniram-se na sede do CORECON – Conselho Regional de Economia – a equipe técnica que dará suporte para o Grupo Equator, acionista majoritária da ZPE do Sertão e detentor do Projeto que vai trazer desenvolvimento sustentável para o nordeste do Brasil, sem ônus para governos. Formada por economistas da UERN, a Agência Internacional de Promoção e Defesa da Economia Social (AIPDES), Conselho Regional de Economia, Federação das Indústrias do Estado do RN (FIERN), Aeronáutica, Sindicato e Organização das Cooperativas do RN (SESCOOP/RN), Secretaria Executiva do CZPE / Ministério, Indústria e Comércio Exterior, representantes da classe política e consultores de negócios.
O diretor da empresa Equatorial, Brian E Tipler, abriu a reunião apresentando um estudo abrangente sobre a economia do Brasil e mais detidamente sobre a economia do Nordeste e RN. A queda do PIB do RN nos últimos anos, o saldo da balança comercial cada vez mais negativo, pauta de exportações pouco industrializada, 74% dos domicílios geridos com até um salário mínimo são reflexos da perda de competitividade do estado na ausência de uma estratégia de desenvolvimento econômico e social. Contudo, o potencial econômico do estado é amplo e diversificado. Minerais, pescados, hortifrutigranjeiros, energia mista etc. são alguns dos produtos nativos do RN que por não disporem de uma logística integrada de beneficiamento, de industrialização não se desenvolvem e não geram renda para o estado.
Roberto Coelho, presidente da ACB/RN e AIPDES reiterou a importância do pensar estratégico na área de desenvolvimento sócio-econômico. Atuante em vários países ao redor do mundo, a AIPDES desenvolve comunidades a partir da capacitação técnica e treinamento fomentando o desenvolvimento sustentável de comunidades. Roberto Coelho reforçou a importância da gestão técnica da ZPE, fechando total apoio ao projeto.
O Deputado Estadual Geraldo Soares, presidente da comissão de desenvolvimento do RN, revisou as principais carências da região quando dos extremos das enchentes ou secas. Enfatizou os projetos em andamento como a ZPE do Sertão, que ajudará a desenvolver a economia da região. Reforçou o apoio ao projeto.
Leonardo Santana e Delphino Pires, da Secretaria Executiva do MDIC reiterou os objetivos de uma ZPE de reduzir desequilíbrios regionais, promovendo o desenvolvimento econômico e social no país, e que o apoio as ZPE´s estão na pauta de prioridades do governo federal.
Sônia Rocha, da SEESCOOP/RN, reforçou o maior objetivo da ZPE: o desenvolvimento não só econômico, mas acima de tudo sócio-econômico. Desenvolver a economia deve ser um processo de inclusão, desenvolvendo a comunidade de forma a que ela por si só se torne capaz de criar e recriar formas de geração de renda. A SESCOOP reitera o apoio ao projeto, coordenando o trabalho entre as cooperativas que integrarão o projeto.
Eu, Fernando Amaral, pesquisador da economia do RN, revi os pontos fortes da nossa economia como força competitiva e diferencial estratégico aonde os esforços devem ser concentrados. Alertei que o passivo da ausência de investimento em infra-estrutura de logística impactou no baixo desempenho econômico do estado em questões centrais como o apoio ao Projeto do Baixo-Assu, estradas e portos que viabilizem aumentar a produtividade das nossas empresas. Também alertei que, atualmente, as exportações do estado estão em um patamar inferior ao pré-crise de 2008, depreciando ainda mais o saldo da balança comercial do estado. Diante desse cenário, é imperativo a adoção de um projeto de desenvolvimento econômico que consiga captar o potencial econômico do estado e potencializar a vocação produtiva do nosso estado. Trazendo desenvolvimento e geração de renda para o nosso povo.
Um projeto deste tamanho, que tem garantido financiamento superior a US$ 10 bilhões, exige o suporte dos setores privado, públicos e acadêmico da região inteira (cinco estados) a ser influenciada pelo ZPE do Sertão. Os gargalos burocráticos são o empecilho principal e poderiam negativamente influenciar o projeto inteiro. A economia-social está no coração do projeto, exatamente na linha do conceito original endossado pelo ex-presidente Lula e que conduzirá ao desenvolvimento da região que mais necessita de suporte e que mais tem potencial de desenvolvimento nas Américas: O nosso sertão.

Carta Potiguar

Conselho Editorial

One Response

  1. Anaelizabethbilro disse:

    Para o nosso Estado do Rio Grande do Norte ter um grande desenvolvimento econômico,por sua vez,é necessária a união de todos os seguimentos deste Estado,
    todos os partidos políticos deverão lutar em Brasília junto aos ministérios e a nossa
    Presidente Dilma.
    Assim,conseguiremos dar início aos projetos das nossas ZPE´s(Assu e Macaí-
    -ba).O governo precisa investir bastante em infra-estrura,isto é,em todo o país,
    construindo boas estradas,ferrovias,hidrovias,aeroportos bem dotados,portos
     bem estruturados,duplicação de estradas,saneamento etc.
    Tais gastos são investimentos que terão o seu devido retorno econômico,trazendo
    mais empregos ,fortalecendo o parque industrial brasileiro.
    O Estado do Rio Grande do Norte tem um grande potencial,não deve perder oportunidades,tem que investir em infra-estrutura,pois é necessária para
    dar início a um grande desenvolvimento.
     

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