Rio Grande do Norte, quinta-feira, 18 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 23 de agosto de 2012

Por que voto no professor Robério Paulino

postado por Gustavo Vilella Whately

Instigado pelo texto de Daniel Menezes – Por que vou votar em Fernando Mineiro -, resolvi expor os motivos pelos quais eu voto no candidato da Frente Ampla de Esquerda, professor Robério Paulino. Mas antes creio que é necessário deixar três coisas claras:

1ª – A Carta Potiguar e seus participantes nunca se furtaram a debater questões polêmicas, sempre procurando dar sua visão crítica das coisas. 2ª – Carta Potiguar não é um site estritamente jornalístico: nós não damos noticias, e sim analisamos acontecimentos e ideias, e não temos uma pauta editorial unificada. E 3º – Carta é um site plural, com várias pessoas escrevendo, cada um com o seu ponto de vista, sendo assim a opinião de um colunista não necessariamente expressa a opinião dos outros. Dito isto, vamos ao que quero dizer de fato.

Apoio a candidatura do professor Robério Paulino, pois considero ele, de fato, o melhor candidato a prefeito da cidade. Não necessariamente por causa da eleição, mas por causa da ideia política que ele representa.

Acredito, piamente, que a população deve se envolver mais com a política, com o governo e com as tomadas de decisão. A eleição é um espaço muito pequeno para que a voz da população se faça ser ouvida de verdade. O Professor Robério partilha desta posição: movimento social, mobilização pública. O candidato reconhece que nenhuma mudança verdadeira pode ocorrer sem que o povo esteja, de fato, envolvido na política, e não da forma que é hoje em dia, uma participação datada e fraca.

Robério também é um candidato novo, não tem vícios políticos como os outros e nem tem o “rabo preso” com as gestões passadas, como outros têm. Nunca esteve envolvido em nenhuma outra gestão, que deixou a cidade no buraco como ela agora se encontra. É uma nova forma de fazer política, onde o protagonismo será a população.

Outro ponto que pode parecer menor ou sem importância, mas não é, é o fato dele ser professor doutor da UFRN. Isso demonstra que ele é uma pessoa competente, esforçada e capacitada para atingir seus objetivos e encontrar soluções. E o fato de ser doutor em economia e professor de políticas públicas mostra um conhecimento teórico-político que pode, e deve, ser posto na prática.

Em suma, por esses e outros motivos, eu apoio o candidato Robério Paulino. Acredito que ele é o mais capacitado, o melhor candidato.

Lembrando que essa é a minha opinião. Leia-a com todo o cuidado, com todo o zelo e com uma visão crítica. Espero que ela lhe sirva bem.

Gustavo Vilella Whately

Professor. Politólogo. Doutor em Ciências Sociais pela UFRN.

11 Responses

  1. Caio Cesão disse:

    Fico feliz que a carta potiguar tenha aberto espaço para manifestações contrárias.

    Ponto pra vocês!

    • Gilson disse:

      Olá Caio!

      Fico feliz pela sua felicidade, mas gostaria de destacar que isso nada tem surpreendente, tendo em vista que a Carta Potiguar, desde a sua fundação até o presente, vem se pautando como um espaço de diversidade e de exposição das mais diferentes ideias. Como destacou o Gustavo, no post acima, não escrevemos em bloco, nem ignoramos opiniões contrárias, inversamente o que pode ser visto na esfera política partidária… O que mais gosto da Carta é o fato de que mesmo seus articulistas não terem um discurso homogeneizado, longe disso…

      • Admiradora Carta Potiguar disse:

        Esse Caio Cesao deve estar de mal com o mundo, pois desde a fundação da Carta de sempre pautar da critica de problemas que enfrentamos no dia a dia ao menor problema corriqueiro, mínimo, que ele critica sempre do contra. Será que ele mesmo não vê que esse site é para explicitar opiniões, troca de informações e debater, debater e se chegar a um denominador de opiniões ??? Agora de ele tem um opinião formada e não sabe respeitar opiniões contrárias.. Sei não viu ?? Admiro e sempre irei acompanhar as opniões criticas desse site porque é através dele que muitas vezes ficamos sabemos do outro lado que as vezes diante da nossa correia do dia a dia deixamos de saber. Sou uma admiradora assídua da Carta e torço pela volta do Sociologico Cientista em Politicas Daniel Menezes… Ponto…

  2. Caio Cesão disse:

    A carta pisou na bola algumas vezes. Inclusive, falei ao Daniel aqui no fórum, em tom amigável, que achei que ele havia pisado na bola ao comentar do Robério. Acho que esse espaço foi até algo em virtude da “pressão” que ele disse ter sofrido, por conta de uma série de boatos que nem sequer foram comprovados.

    Já li artigos do Daniel que foram geniais. Mas os que eu não gostei, eu vim aqui e falei. Que mal há nisso?

    Mas devo admitir que de cada 10 artigos que leio aqui, 9 fomentam os interesses ideológicos da Carta Potiguar. O que há de mal nisso também? Eu só estou vindo aqui expor minha opinião.

    Os discursos não são “tão homogeneizados”, mas boa parte são. Cada qual tem um fragmento ideológico diferente, mas muitos aqui seguem uma mesma linha de pensamento.

    Mas, só a título de curiosidade: quer dizer que aqui vocês permitem colunistas de todas as linhas ideológicas? É isso? Tipo, esquerda, centro-esquerda, centro-direita, direta, anarco, etc?

    • Gilson disse:

      ” Mas devo admitir que de cada 10 artigos que leio aqui, 9 fomentam os interesses ideológicos da Carta Potiguar. O que há de mal nisso também? Eu só estou vindo aqui expor minha opinião.”

      Caio, acho um tanto curioso tu falares algo assim, tendo em vista as diversas vezes que os próprios membros da Carta entraram em debates quase antagônicos tanto em espaços virtuais públicos, como os fóruns, como em situações mais intimistas… Exemplo disso são os textos produzidos sobre as eleições: Daniel tem um olhar sobre o sufrágio, democracia e processo político bem diferentes daqueles que o David – outro fundador do site – expôs aqui – que por sua vez tem um olhar bem distinto do meu, exposto aqui faz dois dias… Tem sido assim desde o inicio… Fiquei pensando em que linha comum teriam os articulistas da Carta… Encontrei um provável, mas que nem consegue unir todos: muitos advém das Ciências Sociais, tendo algum compromisso com a desconstrução, desencantamento, e isto seja com aqueles que se dizem da direita ou da esquerda… Sobre permitir colunistas de “todas as linhas” ai a coisa se complica um pouco, pois apesar de sermos megalomaníacos não tem como dar conta disso tudo, mas existem posicionamentos extremamente diferentes entre nós… As vezes chegamos a escrever textos para criticar o que o outro redigiu…

  3. Alyson Freire disse:

    Prezado Caio Cesão,

    O artigo em discussão neste “post” não é fruto de pressão, nem foi produzido em razão da celeuma que produziu, na UFRN, por conta do texto de Daniel sobre o voto em mineiro.

    Primeiro, Gustavo é colunista da Carta Potiguar há bastante tempo, desde o ano passado. Além do mais, ele integra a Frente Ampla de Esquerda assim como o grupo que articula a campanha de Robério. Como era de se esperar, Gustavo iria manifestar o seu apoio público a candidatura Robério via a Carta. Explicitar e, sobretudo, defender posicionamentos sempre foi uma prática que incentivamos por aqui. O texto dele nada tem a ver com pressão ou aliviar a barra, visa sim estabelecer debate e contrapontos, fomentando a pluralidade que aqui tentamos muito mais por em prática do que apenas falar.

    Os que, apressada e equivocadamente, generalizaram o posicionamento de Daniel como sendo “da Carta” desconsideraram os outros colunistas e suas inserções. O caso de Gustavo é emblemático a esse respeito, pois contamos com um colunista que participa, ativa e criticamente, de alguns dos setores dos quais partiram acusações de que estávamos fechados com o PT.

    Sobre sua pergunta acerca da aceitação de colunistas de várias ideológicas: Na Carta temos uma linha editorial que consiste, basicamente, num pensamento crítico desnaturalizador e desmitificador de preconceitos, desigualdades, hierarquias; comprometido com a ampliação da cidadania, democratização das relações e práticas sociais etc.. Evidente que a maior parte dos colunistas terão esse perfil, ou próximo dele, ainda que haja, pontualmente, discordâncias.

    No entanto, tal não nos impede de contar, entre o corpo de colunistas, com pessoas com outras visões e linhas ideológicos, pois só pode haver debate onde existem diferenças substantivas. E, nós, desde o início, sempre tentamos trazer as diferenças para dentro da Carta, pra debatê-las. Jamais censuramos ou repreendemos ninguém por algum posicionamento ou argumento. Inclusive, um tempo atrás tivemos um colunista, Carlos Henrique, que era assumidamente liberal, seus textos defendiam pautas tipicamente liberais. Discordávamos (Conselho Editorial) de praticamente todos os textos, mas expressávamos isso nos comentários aos artigos dele, de onde ele nos respondia.

    Temos colunistas mais reformistas, outros mais próximos de uma esquerda socialista, anarquistas, libertário-coletivistas, uns de uma direita moderada, apartidários, libertários. Asseguro-lhe que a CP é um dos poucos projetos que conheço que consegue ao mesmo tempo, com maior ou menor sucesso, ser plural e manter uma identidade coerente. Não é fácil manter esse equilíbrio, pois é natural que existam conflitos e contradições. Abraços,

    Alyson Freire

  4. Raphael vidal. disse:

    O cara posta dizendo que vai votar em mineiro e o outro em robério.
    O primeiro, sempre agiu de forma “complicada” com os alunos da UFRN dizendo que esse jornal é um espaço “democrático” e o segundo “cronista” se diz jogador de RPG, Nerd e flamenguista. Vai entender…

    • Jennipher Lucena disse:

      Não entendi sua argumentação.Para ser cronista é necessário certos atributos e entre eles não ser jogador de RPG, nem nerd e tampouco flamenguista? E o que isso tem haver com o texto mesmo?

  5. Daniel Menezes disse:

    Opa,

    o texto acima não foi resultado de pressão. Falo por uma questão de honestidade. O texto acima surgiu da simples iniciativa de um colunista.
    Caio, eu não pisei na bola com o Robério: falei o que penso da postura dele PÚBLICA enquanto candidato e da FALTA de projeto que as inserções PÚBLICAS dele transpareceu. Isso não é pisar na bola, até porque não tenho compromisso político com ele nem com ninguém. É crítica.

    Acho que o “pisar na bola” que você se refere, na verdade, se relaciona com a dificuldade com que a dita “frente ampla de esquerda” tem de lidar com o diferente, com a crítica.

    Num espaço em que falta pouca cultura de debate, as críticas argumentativas e públicas tendem a ser apropriadas como questões pessoais, como “pisadas na bola”.

  6. Caio Cesão disse:

    Daniel,

    uma coisa é lidar com críticas construtivas ou discordância do projeto, outra coisa é lidar com ridicularização. São duas coisas diversas. Falar o que pensa nem sempre é falar o correto. Alguém pode desejar defender a ideologia nazista e ficar no limite entre a legalidade e a conduta criminosa, por exemplo.

    Acredite, meu jovem: é possível fazer críticas sem precisar ridicularizar os adversários. Inclusive, eu tenho as minhas críticas ao Robério e já postei algumas por aqui.

    Críticas são sempre bem vindas a qualquer um que pleiteie a vida pública, mas dizeres ofensivos apenas alimentam o que já é comum aqui neste estado: a baixaria.

  7. Shota disse:

    Queria saber onde achar a conexe3o com motores seovrs na parte que conecta o motor a parte fisica do brae7o robotico ok pensei em fazer mas ainda ne3o deu certo pois tem ser na torneraria.por favor de me uma dica!

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