Rio Grande do Norte, quarta-feira, 24 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 15 de setembro de 2012

Natal, cidade dos abusos…

Tenho cada vez mais adotado a bicicleta como meu principal meio de transporte. Não pretendo deixar de sentir o prazer que sinto seja ao pedalar até a padaria, ao trabalho ou pra uma praia a passeio. Ao mesmo tempo enconomizo, pelo menos R$ 4,20 a cada vez que saio (a tarifa em Maceió é 2,10), sem falar que tem se tornado cada vez mais um posicionamento político…. Detesto pegar ônibus, detesto pagar para me locomover, só o faço quando se torna inevitável… Adoro quado passo em meio a carros e ônibus nos engarrafamentos, descer ladeiras e sentir o vento no rosto… No entanto, sei que nem todas as pessoas podem ou querem fazer isso, seja porque não sabem pedalar, porque nossa sociedade condena moralmente o suor, na maior parte dos empregos ou abraços.

Um sistema de transporte público coletivo de qualidade é um imperativo, concomitantemnte a uma mudança quanto ao uso individualizado dos carros de passeio. Canso de ver centenas de carros com apenas uma ou duas pessoas, quando caberiam entre 4 ou 5… Evidentemente, as mudanças são lentas, ao mesmo tempo urgentes…

Tanto em Maceió quanto em Natal o sistema de transporte públlico é uma vergonha! Na capital norteriograndense percebemos uma gradativa mudança no que diz respeito a historica e culturalmente passividade do seu povo… As pessoas tem ido as ruas, o #FORAMICARLA foi um ótimo exemplo disso, assim como a mais recente #revoltadobuzão… Esta última não pode de maneira alguma se limitar a revogação dos R$ 0,20 centavos, já que a situação na cidade é BIZARRA… É hora de voltar as ruas! É hora de ações ainda mais radicais, tendo em vista que se antes já houve amplo apoio da popuação, agora a revolta pode superar qualquer outra em Natal…

Que acordemos, todos, e nos encontremos em luta e em gozo!!

Gilson Rodrigues Jr

Bacharel em Ciências Sociais (UFRN) e antropólogo - mestre e doutorando pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor substituto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde permanece ministrando aulas no curso de Ciências Sociais (EAD). Tem experiência nos seguintes temas: desigualdades, marcadores sociais da diferença; remanescentes de quilombo e antropologia do direito/ jurídica. Atualmente se dedica a estudar no processo de doutoramento a interface entre ações humanitárias, Estado e religião,

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