Rio Grande do Norte, sexta-feira, 19 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 17 de setembro de 2012

Por que aplaudir a coerência de Mineiro?

 

Por diversas vezes nos deparamos com reportagens que exaltam a honestidade como se fosse um ato heroico. A corrupção cotidiana – o “jeitinho”, que não é apenas brasileiro – é tão comum, demasiadamente naturalizada, que tantas vezes agir de forma contrária a isto é tomado por grande surpresa. Basta um sujeito pobre achar uma boa quantidade de dinheiro e devolver que logo é chamado de herói.

Particularmente, não me agrado desse tipo de panfletagem. Penso que tais situações, principalmente as surpresas que esses eventos causam, deveriam servir para pensarmos acerca do tipo de sociedade que temos construído e com a qual compactuamos, direta e/ou indiretamente.

Aplaudir a honestidade só não me soa pior do que aplaudir a coerência, especialmente quando isto se aplica posturas dos políticos eleitos. Isto acontece frequentemente, ainda mais agora, tão perto da “festa da cidadania”, como gosta de dizer a filósofa Fátima Bernardes. O que vem acontecendo ao redor da figura do deputado estadual Fernando Mineiro que deu entrada junto ao Ministério Público contra o SETURN, após a retaliação do referido sindicato patronal, que suspendeu o serviço de integração entre os ônibus, após a revogação do aumento da passagem.

 

Oras, no papel de deputado, isto é um membro da Assembleia LEGISLATIVA, era dever de Mineiro, assim como de qualquer outro político, tal postura! No entanto, na fala de diversos militantes do PT, apoiadores do deputado, um dos atuais candidatos a prefeito, o que vejo é um alvoroço, seja em suas falas e em suas postagens nas redes sociais.
Ainda que considere o deputado Mineiro bastante coerente em suas posturas (Basta saber se no papel de representante do executivo municipal ele conseguiria se manter dessa maneira, sobre o que sou cético!), mas não deixo de achar bizarro demais usar a situação vexatória causada pelo SETURN, com a velada conivência da STTU e da SEMOB, para promover qualquer candidato que seja! Alguns dirão: “Mas é assim que a política funciona, meu amigo!”. Eu digo: para mim a normalidade continua sendo uma doença, com a qual infelizmente ainda me pego compactuando… Mineiro não merece aplausos por ter tido uma postura coerente com o papel de parlamentar que exerce! Ao contrário dos aplausos, deveríamos sim questionar a letargia dos vereadores e parlamentares da Assembleia Legislativa do RN que vêm se mantendo em silêncio diante de tamanho abuso!

A coerência de Mineiro vem sendo lastimavelmente ovacionada por militantes, marqueteiros e apoiadores da campanha do candidato, tal qual a honestidade do homem pobre anteriormente mencionado. Não! A coerência política não deve ser aplaudida, mas incentivada! O contrário dela deve ser exposto, vaiado, questionado, refletido!

Imagens: banco de imagens do Google

 

Gilson Rodrigues Jr

Bacharel em Ciências Sociais (UFRN) e antropólogo - mestre e doutorando pela Universidade Federal de Pernambuco. Foi professor substituto da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), onde permanece ministrando aulas no curso de Ciências Sociais (EAD). Tem experiência nos seguintes temas: desigualdades, marcadores sociais da diferença; remanescentes de quilombo e antropologia do direito/ jurídica. Atualmente se dedica a estudar no processo de doutoramento a interface entre ações humanitárias, Estado e religião,

26 Responses

  1. DennysLucas disse:

    Fala de quem está ressentido ou não conhece a figura de Mineiro, no último debate enquanto o candidato do PSoL insistia repetidamente que tinha ido a um ato e que os demais candidatos não teria ido. Mineiro lembrou que a presença na luta é obrigação militante de quem quer uma sociedade mais justa para todos, logo não teria pq ficar narcisicamente repetindo às vezes em que se fez presente e as que o candidato do PSoL não estava. Logo, a figura de Mineiro sabe qual é seu papel, e cumpre. Por obrigação, não de parlamentar meramente, mas de militante social.

    • Gilson Rodrigues disse:

      Dennys, meu caro, que bom que você não me surpreendeu, foi o primeiro a comentar aqui no site! Bem, em primeiro lugar lamento muito que tu tenha tentado apontar uma confusão textual no texto! Eu diferenciei STTU e SEMOB, apenas disse que ambas estavam coniventes!
      Agora, falar que minha fala é de alguém que esteja ressentido só me faz fazer a seguinte pergunta: Ressentido com o que? Nunca estive vinculado a legenda partidária, como já está claro para muitos, que como você, já conviveram um pouco comigo. Nunca pedi favores ou fiz a políticos, seja lá quem fosse ele.
      Mas no teu comentário existe algo ainda pior: uma leitura que de tão enviesada parece ter te impedido de perceber, por exemplo, que não critiquei o candidato, muito pelo contrário, não uma linha do texto que aponte isso! Não esperava uma fala diferente de Mineiro (esse sujeito acerca do qual você julga que eu nãos sei de nada, talvez porque não ande na cola dele) no debate, no cotidiano dele, enfim… Por onde ele passou…
      Lamento que a construção de uma crítica que visa não atacar o candidato, mas as práticas de seus correligionários, as quais só pelo teu comentário não parecem coadunadas as dele…

  2. DennysLucas disse:

    STTU passou a se chamar SEMOB…

    • Dennys, meu caro, que bom que você não me surpreendeu, foi o primeiro a comentar aqui no site! Bem, em primeiro lugar lamento muito que tu tenha tentado apontar uma confusão textual no texto! Eu diferenciei STTU e SEMOB, apenas disse que ambas estavam coniventes!

      Agora, falar que minha fala é de alguém que esteja ressentido só me faz fazer a seguinte pergunta: Ressentido com o que? Nunca estive vinculado a legenda partidária, como já está claro para muitos, que como você, já conviveram um pouco comigo. Nunca pedi favores ou fiz a políticos, seja lá quem fosse ele.

      Mas no teu comentário existe algo ainda pior: uma leitura que de tão enviesada parece ter te impedido de perceber, por exemplo, que não critiquei o candidato, muito pelo contrário, não uma linha do texto que aponte isso! Não esperava uma fala diferente de Mineiro (esse sujeito acerca do qual você julga que eu nãos sei de nada, talvez porque não ande na cola dele) no debate, no cotidiano dele, enfim… Por onde ele passou…

      Lamento que a construção de uma crítica que visa não atacar o candidato, mas as práticas de seus correligionários, as quais só pelo teu comentário não parecem coadunadas as dele…

  3. Joanisa disse:

    Elogiar a postura de Mineiro não seria um incentivo? O período final contradiz todo o seu texto.

    • Gilson disse:

      Joanisa, minha cara, até entendo o que te fez pensar assim, mas você se deteve na aparente fragilidade do texto – bem proposital, por sinal – e me surpreende por não ter abstraído como se esperaria de uma competente comunicóloga. Bem, apesar de não ter compromisso algum com 100% de coerência, por não acreditar em tal possibilidade, discordo veementemente do que tu falas, exatamente porque todo o caminho percorrido no texto – que dirige a crítica não ao ato de elogiar Mineiro e suas posturas, mas ao uso disso em campanhas, fazendo o deputado e candidato mais parecer com a de um Cavaleiro Solitário, coisa que não combina em nada com a figura público de Mineiro. As questões que apontei estão longe de criticar os elogios, mas os seus usos… Ao contrário do que tu dissestes o período final do texto sugere uma outra alternativa, um outro modo de incentivar, que é bem diferente da imagem do Dom Quixote que se vem construir sobre Mineiro. Nada diferente do que o PSTU tem feito com a figura da Amanda ou o PSOL com a imagem do professor Robério!!!

  4. Breno disse:

    Joanisa, concordo plenamente.

  5. Felipe Tavares disse:

    Nossa, o texto ficou cheio de ambiguidades, Gilson Rodrigues. Não desprezando o esforço da reflexão, mas vc disse que Mineiro é coerente em suas ações, mas que não fez mais que sua obrigação. Ele tem um histórico de militância, mas a medida é eleitoreira.. Com essas ambiguidade ficou um pouco complicado entender o que vc quer dizer. Outra coisa foi que vc, com essa postura ambígua, desmereceu bastante a coerência entre as ações de um político. Eu até entendo qd vc diz que a coerencia deveria ser algo natural, mas o fato é que não é. Então como não aplaudir alguem que pratica isso? Não são pessoas assim que devemos selecionar para nos representar, visto que isso não se encontra em qualquer partido ou qualquer pessoa?

  6. Vanda Regina disse:

    “Mineiro não merece aplausos por ter tido uma postura coerente com o papel de parlamentar que exerce! Ao contrário dos aplausos, deveríamos sim questionar a letargia dos vereadores e parlamentares da Assembleia Legislativa do RN que vêm se mantendo em silêncio diante de tamanho abuso!” Gilson, longe de ambiguidades, penso que entendi o que vc quis dizer/questionar: ONDE ESTÃO E O QUE IRÃO FAZER os outros parlamentares ???? No mais, ao defendermos nosso candidato, claro, que iremos sempre tentar criticar as posições contrárias ou que não sejam declaradamente favoráveis.

  7. Daniel Menezes disse:

    Gilson,

    quando a CMN revogou o aumento, teve gente que disse que ela não fazia mais do que a obrigação. Alguns falaram em algo eleitoreiro. Ora, que moralismo.
    O “incentivo” que o homem público recebe é justamente encontrar o reconhecimento social de suas práticas, de suas escolhas. Até porque ele precisa receber legitimidade daqueles que ele representa.
    Portanto, até para legitimar os meus representantes, irei elogiar toda a conduta que considero válida.
    Há, no fim das contas, um preconceito contra a política, como se fosse o espaço da maldade, da obrigação, etc. O mesmo preconceito que você esboçou contra os partidos. Algo desmobilizador e deseducativo.
    Mais. Se a gente não elogiar Mineiro, como numa democracia, ficaremos a mercê da frieza daqueles que abaixam a cabeça para o SETURN.

    • Gilson Rodrigues disse:

      Daniel, mais uma vez tenho de lamentar a forma como você essencializa certos termos e conceitos, finda fazendo um uso tão abusivo e repetitivo que finda por esvaziar o seu discurso. Por exemplo, acusar os meus textos, este e o outro acerca dos partidos, como preconceituosos e deseducadores – palavra que você tem se valido de forma exagerada – é, no minimo, não exercitar a vigilância epistemológica que tanto defendemos em nossa formação. Não porque eu não possa cometer deslizes em meus textos, mas porque suas críticas tem passeado por lugares comuns. Conceitos nada mais são que construtos históricos e socioculturais, que como já disse num dos referidos textos precisam ser refletidos, repensados, desconstruídos…

      Por que são textos deseducadores? Por não compactuar com a cristalização de conceitos de “homem público”, como se este fosse um sujeito homogeneizado, seu expressões de sua subjetividade, ou que não possar construir rupturas com o que já está há séculos sendo feito?

      Por que preconceituosos? Por que questiono as “vacas sagradas ” dos militantes partidários, as legendas, e um candidato muito querido dos militantes petistas de Natal? Por sinal, que fique claro, eu não questionei os elogios a Mineiro, mas o uso disso pelos seus apoiadores. Aprendi em minha trajetória que precisamos enquanto sujeitos, e ainda mais com o aparato reflexivo que as Ciências Sociais pode nos oferecer, que é necessário procurar uma outra forma de ver as coisas, mesmo os incentivos aos candidatos. Não questionei em um só momento a conduta de Mineiro, mas busquei chamar a atenção que longe de cairmos no deslumbramento que tenho visto, seja nos seus textos, seja na forma como outros apoiadores tem exposto a atitude dele diante d SETURN, e que construamos outra forma de olhar para este quadro, que a meu ver, é questionar os demais parlamentares municipais e estaduais.

      O que há de desmobilizador nisso? É tão inaceitável apontar as contradições do jogo político como ai está, e procurar olhar para determinadas ações de outra forma? São as perguntas, as provocações, a maiêutica que me importa… E é dessa maneira que acredito em uma urgente e possível mudança, que precisa se estrutural, começando pelo “cortar no próprio pulso”!

  8. Lucas Novaes disse:

    O problema é que o Mineiro está mal classificado nas pesquisas do IBOPE.

    Somente o CE e o HM tem chances de ganhar.

  9. Daniel Menezes disse:

    Gilson,

    veja as suas essencializações em relação a política: nas condições relacionais de hoje, existe sim representante e representado. Não dá para negar isso com um golpe de vista.
    Numa democracia representativa, o legislador vai encontrar força nos seus representados. Ora, é legítimo do ponto de vista político, os representados aplaudir os representantes. Qual é o problema nisso? Uma crítica que parte do nada e chega até o nada.
    VocÊ acha que o Seturn faz tudo o que faz sozinho? Não. Veja os blogs, jornais, etc, ele tem apoio de outros grupos políticos, de outros setores empresariais, da imprensa, etc.
    Quando Mineiro protocola a ação que protocolou, ele bateu de frente com os setores mais conservadores da sociedade, não apenas contra o SETURN.
    Para ver sua ação legitimada, ele depende do apoio popular. E aí, quando o apoio popular endossa uma ação voltada para o atendimento de um interesse coletivo, você, numa atitude moralista diz: “para quê isso? Ele só fez a obrigação”.
    Ora, o senso comum (pseudo) acadêmico, que permite gente entrar em rodinhas de esquerda como de direita, é meter o pau na “política”, como se os políticos, na expressão de Renato Janine Ribeiro, viesse de marte e não fossem nós mesmos. Como se as organizações políticas fossem feitas “essencialmente”, na forma como você essencializou no seu texto anterior, por pessoas ruins, safadas, etc.
    Caro, as classes dominantes vendem a política como algo ruim, negativo, porque elas querem continuar dominando a política, deixando para gente a função de alheamento para continuarmos no nosso papel de politicamente passivos.
    Você, ao criticar uma atividade militante pró uma atitude que enfrentou um dos mais fortes grupos empresariais da cidade, só reforça que o representado tem de continuar na apatia e dizer: “não preciso fazer nada, ele não fez mais do que sua obrigação”.
    A política, como diria Arendt, é o espaço de debate, da disputa, mas sobretudo, das realizações humanas, da alegria, do diálogo, da esperança.
    Porque você é deseducativo: porque prega um discurso antipolítica.
    Porque você é desmobilizador: porque quando a gente consegue influenciar um parlamentar coerente como é Mineiro: você diz, “ele não fez mais do que a obrigação”, pregando que a gente não endossa e legitime a conduta dele.
    Porque você é preconceituoso? Porque pinta militante como uma espécie de babão, pedindo, como uma velha moralista, que todo mundo fique contido nas suas cadeiras, com os seus dedos parados na net. Democracia é manifestação e alegria. Quem quer a apatia são os dominantes. Nunca esqueça disso.

    • Gilson Rodrigues disse:

      É Daniel, teu deslumbramento me espanta, não deveria, diante das posturas rasas que tem tido, mas ainda me espanto! Talvez porque goste de muitas das coisas que você escreve, mas ultimamente tem faltado o habitual aprofundamento. Não irei me deter em maiores argumentações, já escrevi, por ora, tudo que precisava. Tua resposta agora apenas expõe uma antiga estratégia: deslegitimar uma fala com o uso exacerbado de uma retórica do convencimento, que me acusa de essencialismos usando a abusando deles! Tu falas de um lugar comum, fazendo uma leitura atomizada e personalista dos textos, apontando coisas que não disse, como por exemplo, afirmar que chamei os militantes de ”
      pessoas ruins, safadas, etc”. De forma alguma! Problematizei os efeitos das representações e de faltas de diálogos entre grupos que teriam muito mais proximidades se se disponibilizassem a um discurso tão demonizador do outro… Não questionei os elogios, os incentivos em si, mas o uso disso e, consequentemente os deslumbramentos. Ah, a forma como tu fechou seu comentário exibe bem esse deslumbramento: ”
      Porque você é preconceituoso? Porque pinta militante como uma espécie de babão, pedindo, como uma velha moralista, que todo mundo fique contido nas suas cadeiras, com os seus dedos parados na net. Democracia é manifestação e alegria. Quem quer a apatia são os dominantes. Nunca esqueça disso.” Como meu texto não vai no mesmo caminho dos seus o que resta é a deslegitimação que me coloca como alguém que ingenuamente serve aos interesses dominantes! Enfim, todos temos direito as nossas paixões, e até de ficarmos cegos com ela! =*

  10. Thulho Cezar disse:

    Pois então, não vou comentar o conteúdo, certamente o autor sabe de minhas crenças políticas, e sabe também que não acho que esse tipo de debate realizado pelos posts surtam efeitos reais sobre as situações concretas a que os textos se referem. Finalmente encontrei um texto seu, caro Gilson, que conseguiu me fazer entender seu ponto de vista sobre um assunto e que não foi cansativo de ler (me refiro aos veiculados virtualmente), coerente com suas ideias, coeso e sem aquele “ranso” academicista que você carrega como um interdiscurso da forma (eita olha eu sendo academicista, vê se pode?) que compõe o seu estilo.Parabéns, espero que você prossiga nesse caminho, afinal dissertação e tese lemos na Academia. Um abração e até o próximo post.(será que ele virá???)

  11. Daniel Menezes disse:

    Cara, chamar militante de “deslumbrado” é crítica?! Isso é só ressentimento contra pessoas que professam escolhas partidárias.
    Tem uma lógica correta de se “deslumbrar”? Só moralismo…

    • Gilson Rodrigues disse:

      Pois é Daniel, eu deveria ter citado autores, te dado a bibliografia, talvez você se lembrasse, que é esse o termo que Bourdieu usa para falar da falta de autocrítica das feministas, em um movimento que ele considerou muito bom!

  12. Daniel Menezes disse:

    Não endosso preconceito contra militante, nem muito menos contra “academicista”, outro termo pejorativizado para enquadrar negativamente quem procura estudar, se qualificar.
    Se no passado, ingressar em um partido e tentar produzir um processo reflexivo, lendo, se formando, eram questões positivas; de repente, quem ingressa num partido é pintado como alienado e quem estuda é visto como uma pessoa descolada da realidade.
    É esse tipo de visão, que prega uma suposta prática embrutecedora, porque desvinculada de qualquer categoria que problematize a realidade, como algo enobrecedor e aproximador do sofrimento das pessoas, que fundamentou o fechamento da biblioteca da UFRN pelos membros do Andes.
    Isso tem consequências, e te digo, não são nada positivas, se quisermos estabelecer como parâmetro uma visão mais inclusiva e libertária de sociedade.

    • Gilson Rodrigues disse:

      Tua visão das coisas está longe, com suas cristalizações e seu senso comum academico, de qualquer proposta libertária, Daniel. Infelizmente, fica dificil dialogar com você, quando assustadoramente trata de categorias como miltancia de forma tão naturalizada e endurecida. Nunca questionei a existencia de mitâncias, mas o formato atual delas, a perpetuação de posturas quase nunca revistas ou revisitadas… Lamento, meu caro, mas sua legítima paixão está te impedindo de ler as coisas com cuidado! Não chamei ninguém de alienado, na verdade até critico esse termo! Aiai, tá difícil… =**

    • Gilson Rodrigues disse:

      O maior problema Daniel, é que ataquei criticamente – e não de forma esvaziada como você fala – o discurso vanguardista e iluminista, percebido tanto nas tuas falas, textos e tudo mais, capaz de comungar com discursos que veem alguém como alienado, consequentemente usando termos, frases e palavras que não usei em nenhum dos meus textos. Não construo minhas argumentações deslegitimando as dos outros, isso é vulgar e grosseiro! Mas me ative as representações, ao formato perpetuado por discursos armados como o teu…

  13. Mayara Medeiros disse:

    Gilson, como você tem um discurso arrogante e pedante… mais nos comentários que no texto. Mas, como você gosta de dizer, que bom que não surpreende.

    • Gilson Rodrigues disse:

      Mayara, lamento muito que tenha lido dessa forma, mas é comum que isto finde por acontecer em meio as idas e vindas de um debate, carregado de provocações. Os espaços de debate, ainda que se construam de forma respeitosa, são como arenas de combate e embate, geralmente saio deles e vou beber com quem debati! =)

  14. Leon K. Nunes disse:

    O prof. Daniel me surpreendeu positivamente. Fez críticas muito procedentes às ideias do Gilson, lamentavelmente esquivadas, impedindo que o debate avançasse. Fazer o quê…

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