A secretária de educação do RN, Betânia Ramalho, recebeu uma ligação. Uma jornalista da Tv Universitária do outro lado da linha.
Perguntas nada convenientes… para aquela que também é professora da UFRN.
A herdeira de Gutemberg fez uma indagação considerada inapropriada, sobretudo, num estado em que a imprensa não tem a combatividade como o seu forte.
A questão dizia respeito às supostas irregularidades na jornada de trabalho dos professores estaduais. Conforme o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN (SINTE), na terra de Poti a lei federal 11.738/2008 está sendo descumprida pela SEEC.
Resposta: “não dô entrevista por telefone”, disse a secretária.
Após a insistência da jornalista, mais um recado da representante do governo: “não falo mais sobre o assunto”, acompanhado da ameaça de contactar a reitora da UFRN para enredar o acontecido, algo típico dos praticantes do “você sabe com quem está falando?!” Ou do: “se ponha no seu lugar!”.
A repórter relatou tudo na matéria, mas a Tv retirou a narração do ocorrido e todas as menções ao governo.
Do embrólio, fundamental para compreender como se processam as relações de poder no governo, na interação Estado-Sociedade-Imprensa, no nosso cotidiano, restou um parco trecho da fala da coordenadora geral Fátima Cardoso.
A citada Tv Pública deve se manifestar.
NOTÍCIA RELACIONADA: http://www.sintern.org.br/noticias/visualizar/2186
queria muito saber do que se trata. mas a matéria não me deu essas informações. que pena.
Grande Eudes,
uma jornalista da Tv Universitária tentou entrevistar a secretária de educação do RN sobre uma denúncia de irregularidades na jornada de trabalho dos professores do Estado.
A secretária Betânia Ramalho, que também é professora da UFRN, disse que não daria a entrevista por telefone. Ao insistir, a jornalista recebeu outro não como reposta e ainda foi ameaçada pela secretária, que disse que ia procurar a reitora da UFRN para relatar o ocorrido. A Tv Universitária é subordinada a reitoria da UFRN. Portanto, controlada, em última instância, pela reitora.
A jornalista relatou tudo em sua matéria. Porém, a Tv Universitária censurou o relato do caso e também a menção a secretária Betânia Ramalho. Na prática, a matéria foi toda editada para retirar o relato do ocorrido e a menção a secretária. É que eu utilizei muitas ironias e caracterizações sarcásticas, acho que foi isso. Abs.