Rio Grande do Norte, terça-feira, 23 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 23 de março de 2013

Nem toda nudez será castigada: Cruor e a polêmica do nu

postado por Alyson Freire

Corpos nus. Inteiros. Pele à mostra. Movimentos, marcas e listras. Seios, pênis e vaginas. Nudez. Corpo “livre”. Dança. A pele, como diria Paul Valery, é o órgão mais profundo.

Não há nada mais natural e conhecido que o corpo humano, e, ainda assim, nada parece ser mais chocante e incompreendido do que este mesmo corpo quando encontra-se despojado das vestimentas e convenções, estas que são tão pegadas a nós quanto as penas são às aves.

Trote-UFRN1O corpo humano, puro e simplesmente, é o maior e mais recorrente objeto de todos os investimentos simbólicos e políticos do homem e da cultura. Exaltado e idealizado pelas artes há milênios, moralizado por religiões e crenças ascéticas, devassado e escrutinado de fio à pavio pela ciência, o corpo nu curiosamente ainda choca e afronta. As repercussões da apresentação “Corpo Livre” do grupo Cruor de arte contemporânea na lateral do prédio do CCHLA (UFRN) esta semana confirmam essa inusitada, mas verdadeira, afirmação.

Por ocasião da Semana de Antropologia, os integrantes do grupo Cruor realizaram uma intervenção artística na qual o nu em movimento, melodia e ritmo, portanto, a nudez viva e porosa, era o protagonista da cena e da performance. Os sons das flautas e dos batuques entrelaçavam um à um, com fios invisíveis, os corpos nus e abertos dos artistas numa dança cadenciada e mística que transformou o gramado do CCLHA num “jardins das delícias”, em uma quase simulação de uma antiga celebração pagã.

Mas voltemos à polêmica do nu e a incompreensão produzida, uma vez que nela podemos compreender o quão pobre e neurótica é a nossa relação com o corpo. Todo o escândalo criado em torno do nu artístico realizado pelo grupo Cruor não deixa de ser, também, um reflexo do provincianismo de alguns setores médios natalenses, que, ressentidos e reativos, tentam deslegitimar as manifestações mais cosmopolitas e modernas da cidade tentando enquadrá-las em seus parâmetros de gosto tradicionais ou simplesmente em seus preconceitos. Porém, enfatizarei aqui o primeiro ponto, as ambiguidades e as motivações das reações conservadores ao nu.

O nu numa escultura não choca nem enrubesce. Porque uma escultura ou uma estátua não passam de um corpo inerte, sem desejo, nem pulsão, sem fendas nem carne, é talhado para fixar a morte. O mesmo, no entanto, não ocorre com a expressão do nu experimentado nas artes vivas, a dança, o teatro, etc..  Assim como o corpo é mais corpo quando se movimenta, a nudez é mais ela própria quando abre-se e fecha-se em seus detalhes, músculos, cicatrizes. É este tipo de nudez pulsante que atinge, de maneira ambígua, à sociedade, ocasionando desde êxtases estéticos à pânicos morais de repúdio e censura.

No caso da apresentação no CCHLA, muitos ao tomarem conhecimento por meio da imprensa apontaram o dedo acusador e desferiram comentários desqualificadores contra o grupo Cruor e a sua expressão criativa do nu. Como verdadeiros censores do “bom gosto”, aqueles afirmaram, uns mais categoricamente e outros com mais timidez, que aquilo ali não se tratava de “arte”.  Aliás, frisemos, o que seria das vanguardas artísticas se não houvessem os conservadores e sua pretensão de ditar “limites” e “convenções” à expressão estética, não é?

Houve até quem, de um modo equivocada, sensacionalista e tolo, alardeasse que a performance se tratava na verdade de um trote. Para estes vigias do corpo alheio, a nudez ostentada em situações, por assim dizer, inesperadas seria, com efeito, o resultado de alguma imposição violenta, que obrigou a pessoa a se despir de suas roupas – jamais um ato criativo, espontâneo e prenhe de sentidos. Curioso como alguns denunciam como trote “corpos nus” mas silenciam-se quando se trata de um verdadeiro trote, de conteúdo racista, como o praticado na UFMG quando veteranos do curso de Direito pintaram de “negra” uma caloura, acorrentando-a e pendurando em seu pescoço uma plaqueta com o nome “Chica da Silva”. Hipocrisias reveladoras estas, pois a nudez parece incomodar mais do que o racismo, a inferiorização e a afirmação de hierarquias e estigmas.

O corpo vivo, com desejos, pensamentos e fluxos, sempre foi o pesadelo dos conservadores. Fonte de medo e culpa. Por isso, constantemente alvo de normalizações sociais e simbólicas. Para controlar e exorcizar o corpo quantos desatinos não foram inventados!

O corpo nu, que já foi na Grécia antiga, símbolo máximo do sublime e do belo é convertido em perdição da alma no asceticismo cristão. Na mentalidade burguesa , que persiste ainda em algumas mentes, os corpos lúdicos e despidos são tolerados apenas nas crianças. Em todos os demais, a nudez não é outra senão sinal de indisciplinamento ou loucura. Não à toa, o nu somente se mostra como socialmente tolerada em espaços e atividades em que ela está controlada, escondida e domesticada; consultórios médicos, as revistas pornográficas, os sites pornôs, cinema, etc..

Em nossa sociedade, existem aquelas formas de nudez que são admitidas, inclusive estimuladas. Essas de modo algum parecem chocar ou causar estranhamento. A nudez industrializada do corpo como produto de consumo não causa comoção exatamente porque ela se exibe como objeto para o olhar invasivo e apossador do outro enquanto consumidor. Ou seja, a nudez posta numa relação de troca ganha ares de aceitável e tolerável. A reafirmação da dominação e posse sobre o corpo do outro é admitida e aceita em suas formas mercantis e afetivas. Os mesmos que esperneiam horrorizados contra o “atentado ao pudor” promovido pelos artistas do grupo Cruor são os mesmos que “comem”, invadem e despem com os olhos os corpos cobertos das mulheres nas ruas.

Portanto, onde então reside o problema da nudez, pelo menos daquela que suscita repúdio e incompreensão? O que aflige e perturba os espíritos conservadores é esta nudez que ousa se colocar como protagonista, como força viva e afirmativa capaz de provocar mais do que sensações orgânicas e pensamentos sexuais superficiais de subjugação e apossamento. Quer dizer, capaz de suscitar nos corpos vestidos dos espectadores, estranhamento, entusiasmo reflexivo, fervor estético e sentimentos desconcertantes, tal como fez o provocativo grupo do DEART em sua intervenção.

Pela criatividade estética e ousadia política, o grupo Cruor, em sua manifestação, ergueu a nudez à condição de sujeito, portanto, ao mesmo tempo como expressão artística e política. É isto que assusta, porque a nudez assim mostrada desestabiliza hierarquias e à dominação das normas e do regramento cotidiano. É este potencial transgressivo da nudez, capaz de revelar a hipocrisia e arbitrariedade de nossas convenções e o disparate de nossas neuroses o que de fato atemoriza profundamente os desprezadores do corpo.

As artes redimem o corpo envergonhado de si dos moralistas. O corpo nu é rebelião. E, na arte, a nudez jamais será castigada.

_____________

Foto: Thiago Franco

Alyson Freire

Sociólogo e Professor de Sociologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFRN).

10 Responses

  1. Renato Galdino disse:

    Bom, acho que a melhor crítica da carta potiguar em relação ao fato. Daniel Menezes, espero que tenha lido esse texto, e tenha no mínimo saído do senso comum, da análise preconceituosa e superficial, digna de colunista da VEJA. Alysson, avisa pro Daniel para aceitar o comentário do “broder” feito por Cauê e Weedman, respectivamente como reposta no artigo do Daniel. Gradeçido

  2. Daniel Menezes disse:

    Claudia Letícia e Renato, se vocês prestarem bem atenção às postagens, perceberão que eu publiquei a pequena nota de madrugada (cansado, com sono e com a obrigação de acordar cedo no outro dia). Não sei se vocês perceberam, mas publiquei o pequeno texto naquela hora, para desfazer o mal entendido alardeado pelo blog do bg. O fato estava posto e, com certeza, seria analisado com mais cuidado, como de fato ocorreu. Aquela nota cumpriu a função da carta potiguar, sim. Tanto é que os demais jornais online e blogs, logo pela manhã, já traziam a versão correta. Aonde vocês acham que eles conseguiram a informação?!
    Agora, acho um pouco covarde a atuação de determinadas pessoas no caso. Por que covarde? Porque pintam algo de maneira tosca, gerando uma situação para colocar pra fora outras raivas e ressentimentos.
    Há muita gente na esfera pública que acredita que a Carta Potiguar não deveria existir porque não há jornalistas nos quadros. Tal opinião – esta sim bem conservadora – é propagada abertamente em espaços públicos, mesas de bar, inclusive, por alguns membros da Revista Catorze, autores do retórico texto, e por colegas, também inclusive, da própria esquerda. Como se um diploma fosse proclamador do direito de poder escrever um texto, emitir uma opinião. Já ouvi essa bobagem algumas vezes. Ainda assim, sabendo que era o ressentimento que movia a ação canalha de tentar nos igualar ao BG, preferi me pautar por argumentos. Meu texto está na carta também.
    Agora, o que tem a ver uma pequena nota, sem nenhuma insinuação, apenas para abrir a discussão – se você ler a nota, você vai ver: nu como manifestação artística feita por estudantes de artes, na semana de antropologia e que, para alguns, era arte contemporânea… para outros… nao. -, com a ideia que eu sou colunista da veja, como o Galdino me desqualificou? Ora, não é de hoje que o grupo radical que eu sou crítico na UFRN anda pegando no meu pé. Vasculham a minha, postam comentários-fake, etc.
    Foram as minhas críticas incomodas que pioraram este ano a minha condição salarial. Poderia agir com o ressentimento contra o grupo que assim agiu e sair alardeando a história. Em que momento vocês viram eu fazer isso? Se há duas coisas que eu aprendi com Nietzsche é que soberba e ressentimento cegam.
    A tentativa de desqualificar a minha figura é que eu não apenas critico a direita – o suposto lado do mal para alguns maniqueístas -, mas também algumas práticas da esquerda, sobretudo, daqueles que me perseguem quase que diariamente. No meu próprio texto “Sobre o direito de não ter opinião”, o grupelho leninista usa a torpe estratégia do anonimato como meio de ação política, fazendo um conjunto de insinuações mentirosas contra mim.
    Agora, não faço como alguns de meus amigos que só criticam o “outro” (os outros), mas ficam pilhando um terceiro quando querem criticar um semelhante, aquele que é supostamente o lado do bem, para sempre ficar bem na fita. Eu boto a minha cara para bater. Sem medo.
    Portanto, vou continuar criticando a direita, que hoje me odeia, pois que eu trago argumentos contra ela, que poucas pessoas na imprensa potiguar trazem. Mas vou criticar uma esquerda radical sem projeto, que se apresenta como moralmente superiora e que se acha no direito de fechar bibliotecas, xingar estudantes que querem fazer uma inscrição e que desrespeita uma vendedora de coxinha por fazer o trabalho dela. É a mesma esquerda, que está apontando o dedo para mim e para outros, mas está fechando um acordo com o executivo para fazer oposição de faz de conta. Só para enganar vocês.

    Fiquei muito chateado com a equiparação da carta com esses blogs da vida porque esses blogueiros são vendedores de opinião. Qual foi o momento que vocês viram um banner de um sindicato patronal no nosso site? Agora, durante a Revolta do Busão, era possível encontrar blogueiros, que recebiam gordos patrocínios do Seturn, pedindo para a polícia bater em estudantes. Se eu fosse veja, eu iria lá receber o dinheiro também. Mas não. Fiquei do lado dos mov. sociais e denunciei a desonesta e fascista de pedir que outros apanhem em troca de dinheiro…
    Às vezes eu me pergunto porque eu fiz a carta e porque eu perco diariamente horas de trabalho, alimentando uma coisa que me dá tanta dor de cabeça e me faz perder oportunidades de trabalho (minhas pesquisas eleitorais minguaram depois que eu criei o site. Perdi parcerias lucrativas..). Talvez, no final das contas, o que me move é ter a sensação de estar fazendo a coisa certa. De não estar caindo no mesmo futuro do meu pai, com quem eu não falo há alguns anos, que hoje é presente para ele e da casa de quem eu sai apenas com uma mala e a roupa do corpo.
    Bem, só digo uma coisa. Eu quero ser criticado, quero mesmo. Quando recebo uma crítica fundamentada de uma pessoa quer debater, acho o máximo. Gosto da “briga”. Porém, me desgasto bastante com as ofensas e os ataques são espalhados contra mim…
    Precisava fazer esse desabafo, mesmo sabendo que, possivelmente, ele será lido e virará motivo de chacota.

  3. Daniel Menezes disse:

    Mais uma coisa, Renato. A ferramenta de comentários está com problemas. Estamos procurando consertá-la. Alias, não há aprovação para os comentários. Eles são automaticamente publicados. Portanto, eu não impedi nenhuma manifestação de ser aprovada, como você insinua. Mas diante de tanto comentário ofensivo, a gente vai mudar a fórmula e só serão aprovados os comentários de quem quiser fazer qualquer tipo de crítica, mas não aqueles que só visam desqualificar o autor do texto, falar palavrões, descarregar impropérios. Lendo mais uma vez teu comentário, vi que você não se deu ao trabalho de ler a minha nota, que tem umas 5 linhas. Pois que seu juízo de valor não se relaciona com o conteúdo que foi publicado. Procurei os preconceitos na nota e não encontrei. Talvez a motivação, como disse no comentário abaixo, tenha sido outra.

  4. Daniel Menezes disse:

    Para o debate de idéias, que é o que importa e o que de fato nos faz crescer…

    Alyson, teu texto é o melhor e mais belo que você escreveu. Analiticamente, no entanto, o raciocínio básico da tua argumentação, ao meu ver, cai no mesmo erro do publicado pela Revista Catorze, pois que estabelece uma visão maniqueísta em que, de um lado, há os reflexivos despidos de preconceito, que enxergam no caso uma legítima atuação artística. eles estão certos. Do outro, os moralistas, conservadores, que tem medo do corpo, e por isso negaram a arte da coisa. O conservadorismo deles cega a visão, para o que supostamente seria óbvio. No caso em questão é impossível existir uma pessoa com “a mente aberta” e, ao mesmo tempo, não enxergar arte na ação?

    Bem, penso que tirar a roupa, além disso – teu texto defende muito mais a “normalidade” de tirar a roupa mas cola isso rapidamente de modo abrupto na noção de arte, do que procura investigar os fundamentos.

    Não vi nenhum texto ainda analisando o conteúdo artístico da apresentação. Apenas a defesa de tirar a roupa e de chamar de conservador quem não concorda com o ato.

    O texto militante, para mim válido, não desnuda o fato. Continuo sem opinião formada, pois que não tenho elementos para me posicionar…

  5. A arte contemporânea possui essa flexibilidade de “poder ser qualquer coisa”, que acaba atrapalhando um pouco a compreensão de atos artísticos mais modernos e atuais. No entanto, isso é verdade, mas é difícil de ser compreendido por todos.

    O que sei é que muitos artistas se utilizam desse “qualquer coisa agora é arte” pra fazer arte vazia. No entanto, pelo que li, vi, conheço sobre o Cruor, sobre a menina tunisiana que foi condenada a morte, e sobre nudez e arte, posso crer que há um processo de criação muito forte por trás e o mais importante: uma mensagem auto-afirmativa (e isso me basta).

    Não acredito que as pessoas possam ditar o que é e o que não é arte, ela existe por si e é independente. O que nos cabe é aceitar isso ou aquilo baseados em nossas crenças, mas repito: sem jamais descreditar como arte.

    Fica o que os construtivistas nos ensinaram: a intenção é o que faz arte.

  6. Olá, Daniel

    O foco principal do meu texto recaí sobre as reações, e não sobre a análise do conteúdo estético-político da performance – embora eu tenho feito algumas pinceladas como a ideia da nudez elevada a posição protagonista, a quebra do cotidiano, o nu com movimento, ritmo e melodia enquanto transgressão da mimesis, da maneiras de ver, situar e julgar o corpo. Reações estas que não são todas, mas sim uma parte delas, qual seja: as reações mais extremadas, representadas tipicamente por BG e outras pessoas que comentaram nas redes sociais dizendo que se tratava de uma “imoralidade”; “atentado ao pudor”, etc.. Foram essas reações que tomei como objeto de minha análise, inserindo-as num pano normativo mais amplo: conservadorismo, tradição religiosa ascética, anti-modernismo.

    O que eu quis apontar em linhas gerais foi uma contradição, utilizei o episódio para este fim: uma sociedade que aceita de determinadas formas de nudez, desde que reguladas e disciplinadas, e repudia outras, justamente aquelas que transgridem o disciplinamento e o regramento que prevê espaços, limites, ocasiões, objetivos específicos à exibição da nudez. Mesmo a arte está sujeita a esses disciplinamentos, não por acaso houveram pessoas que defendiam a apresentação desde que ela fosse numa exposição e galeria, mas não ali ao ar livre. O nome da apresentação “Corpo Livre” pode ser entendido como uma intervenção e dobra em todos esses limites de legitimação/disciplinamento do agir artístico na sociedade moderna – Walter Benjamin explica como a função da arte na modernidade transforma-se da atividade de culto e adoração para se tornar uma atividade de exibição, circulação, transmissão, por isso os espaços de legitimação/disciplinamento.

    As inferências que você faz sobre as pressuposições tácitas do meu texto penso ser exageradas e generalizadoras, no sentido em que extrapolam os limites da forma de nudez que tomei como objeto de reflexão – a forma artística e às reações extremas a ela. Não se trata do medo do corpo em si, mas de uma forma de relacionamento com o corpo e exibição deste corpo, e pelas razões que apontei no texto.

    Não há reflexivos livres de preconceito, isso seria cair na ideia do “encantamento místico” da arte, algo que Bourdieu criticou veementemente. O que temos são artísticas em seu ofício, experimentando processos criativos de expressão de sentidos e outros que tentam enquadrar e deslegitimar esta autonomia criativa fazendo com que esta se torne subordinada a parâmetros externos e estrangeiros ao estético e ao campo social da arte.

    Alyson Freire

  7. Gostaria de agradecer a receptividade dos leitores ao meu texto, aqui, no twitter e facebook. O feedback de vocês é sempre muito importante. Abraços,

    Alyson Freire

  8. Daniel Menezes disse:

    Opa, vendo o ato muito mais como uma política do corpo estilo Foucault, uma estratégia de resistência, do que, propriamente, um acontecimento artístico. O próprio texto de Alysson enfatiza muito mais isso…

  9. Alex de Souza disse:

    Pra vcs não pensarem q eu só trollo a carta potiguar: parabéns pelo texto, alyson! é assim q vcs mostram o diferencial de sua proposta editorial.

  10. Túlio Madson disse:

    Alyson, eu estava esboçando um texto sobre o ocorrido, mas depois de ler seu texto sinto que não há mais nada a dizer. Sinto-me plenamente contemplado com sua visão. Parabéns, eu queria ter escrito isso…

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