Rio Grande do Norte, terça-feira, 23 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 12 de novembro de 2013

Wilma não é Carlos Eduardo e 2012 não será como 2014

postado por Daniel Menezes

Comum ouvir nas rodas de política da cidade, que Wilma em 2014 será o Carlos Eduardo de 2012.

Um erro.

Wilma não é Carlos Eduardo. E os cenários são específicos. O atual prefeito entrou na campanha de 2012 numa condição bem mais positiva do que a guerreira possivelmente ingressaria agora, caso mire na governadoria.

A sua “oponente”, Micarla, que inflou o desejo de retorno do pdtista, não é Rosalba.

O descalabro da administração Micarla e o medo que ela provocou no eleitor, gerando um clamor pela volta a um suposto passado de segurança; não se equivale com a gestão Rosado.

A governadora não faz administração semelhante à de Micarla. A PVista foi um completo desastre. O mesmo não pode ser dito de Rosalba.

A comparação da Rosa com Wilma não irá privilegiar tanto a ex-governadora como Micarla “ajudou” Carlos Eduardo.

Rosalba, por exemplo, coloca na balança, sem medo, o seu mandato com o de dona Wilma no quesito “trato com o dinheiro público”. Mais. Nos números concernentes à educação.

Os dados negativos do segundo mandato de Wilma e os escândalos de corrupção a tornam mais “carregada”, como se diz no jargão popular, do que Carlos Eduardo.

Há outros ingredientes. Carlos Eduardo entrou em 2012 sem um oponente de peso. A avenida era toda sua. Convenhamos, Hermano Morais fez mais do que era esperado. Cumpriu o seu papel de fortalecer o PMDB na capital e preparar o terreno para 2014.

Wilma, caso seja candidata, terá um forte e estruturado PMDB como oponente.

Com alta rejeição nas pesquisas também não parte do mesmo patamar de Carlos Eduardo. Seu teto é mais baixo do que foi o de CEA.

E ainda há as significativas diferenças que atravessam um pleito municipal e estadual. O candidato a governador deve contar com o apoio de prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores, partidos, etc. Até para conseguir entrar no interior. Natal é uma cidade 100% urbana. O RN não.

É um tipo de inserção social diferenciada, que torna o processo mais complexo do que uma disputa apenas restrita a chamada cidade do sol.

Tomar Wilma por Carlos Eduardo e imaginar que 2014 será como 2012, ou seja, uma eleição sem notícias, sem disputa efetiva – um W.O vermelho. É apenas um desejo tentando emplacar como realidade.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

One Response

  1. Thales disse:

    A gestão de Rosaba apesar de seu desgaste não é igual a de Micarla na Prefeitura do Natal. As duas são bastante diferentes, e a disputa em 2014 está praticamente zerada, todos tem chances de se elegerem (ou no caso de Rosalba, reeleger) para o cargo de governador. O Governo Rosalba é sim bem superior ao de sua antecessora Wilma de Faria no mandato de 2007-2010, é inegável o quanto a Educação potiguar avançou em comparação ao que nada existia antes disso. Sejamos crítico da gestão sim, ela possui vários setores que precisam melhorar, mas não é de todo um “furacão” que está destruindo o RN, longe disso. Repetir o que a grande mídia potiguar (Tribuna do Norte, Jornal de Hoje etc) é apenas um modo de ser uma massa de manobra dos poderosos em 2014. A população deve ficar atenta.

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