Natal, a cidade do Sol.
A cidade burguesa, a cidade das oligarquias, a cidade higienizada, a cidade dos carros, a cidade sem calçada, a cidade pseudo-verticalizada, a cidade dos shoppings centers, a cidade dos coronéis, a cidade das mesmas mídias monopolistas, a cidade natal.
Natal recebe a Copa.
Risos de uma felicidade falseada, 600 “HOMENS” mobilizados para defender um gigante de concreto. Eu via mais polícia do que grama.
Na Arena o verde e amarelo são as cores do sangue da periferia, dos despejos de famílias e de indígenas, na arena o jogo de interesses de reafirmação de poderes, a arena romana foi ocupada por urubus esperando a carniça.
Na Arena, os donos da festa pobre expõem pessoas como coisas, como bichinhos.
Leilão de corpos e possíveis ideias. Ladrões de vidas e de histórias.
Do gigante de concreto, não dava para ouvir as vaias, mas ecoava a vergonha. E ecoou alto.
Tão brilhante quanto sua armadura contra pobre.
Eu não vejo fotos, eu vejo vazios.
A copa de(speja) todo mundo, inclusive você.
VEJA MAIS FOTOS da inauguração do Arena das Dunas aqui.
Nossa, que discurso mais “Cliché” Tá bom a galera que picha muro público e joga pedras nas pessoas renovar o discurso.