Rio Grande do Norte, quinta-feira, 25 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 29 de maio de 2014

A tese do acordão pegou

postado por Daniel Menezes

A TESE DO ACORDÃO PEGOU

imagesO eleitor não vem deglutindo bem a chapa produzida entre Henrique (governador), João Maia (vice) e Wilma de Faria (Senado).

Alguns pontos:

Para quem vem acompanhando as pesquisas internas, que circulam nos bastidores, sabe que a rejeição de Henrique Alves está alta.

Wilma de Faria, por sua vez, é enxergada como desfigurada. O eleitor estava acostumado como a “guerreira que luta contra os poderosos”. A que vai para cima e enfrenta. Agora, passa a imagem de quem se encontra insegura, de que procura um porto seguro.

João Maia, por sua vez, tem o voto proporcional de estrutura. Por um lado é positivo, dado que “agrega valor ao camarote”. Por outro, reforça a tese do acordão.

ESQUERDA E PESQUISA I

Entendo Henrique não querer publicar números neste momento. Apesar de toda a movimentação, não consegue sobrepujar Robinson. Mas não é compreensível Robinson e Fátima não veicularem nada. Os dados são bons: principalmente no quesito rejeição dos oponentes (Henrique, Wilma e o “acordão”).

ESQUERDA E CAMPANHA II

O sentimento a ser expresso é de firmeza, não de dúvida ou de medo.

LOROTEIRO

É bom ficar atento com o que vem sendo ofertado e mostrado como supostas realizações. Ontem, por exemplo, um blog publicou a promessa de um candidato, que dizia conseguir mais uma cadeira de deputado federal para aumentar a representação do RN. Um embuste. Este pleito já foi reprovado o ano passado na redistribuição de vagas na Câmara Federal para os Estados.

LOCAL

A presidente Dilma recebeu uma penca de candidatos aos governos estaduais do PMDB. Durante o encontro, fez uma declaração trivial para afagar os pemedebistas e sacramentar aliança nacional. A fala que ela fez sobre Henrique tem amplificação local.

PELA CULATRA

O interessante é que toda a divulgação de que Henrique reuniu dezenas de partidos em torno dele não está descendo redondo, para quem vem acompanhando. Fica a impressão de que ele teme a disputa, de que tenta levar sem eleição. Mais partidos é algo que incrementa tempo de Tv, hipertrofia lideranças. Porém, este sentimento ajudaria, ao menos em parte, a neutralizar a força da coalizão liderada pelo PMDB.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

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