Rio Grande do Norte, quinta-feira, 28 de março de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 27 de julho de 2015

Vencendo os medos

postado por Carta Potiguar

Escrito por Érico Tadeu em 27 de julho de 2015

O texto de hoje é um pequeno resumo e alguns acréscimos sobre um vídeo que fiz há alguns meses (veja aqui). Para começar, faço uma pergunta para vocês: o que é medo? Desta vez, não vamos recorrer ao dicionário; seremos direto. Medo é um estado mental. Hum, não expliquei muita coisa, né? Eu sei. Vamos partir para exemplos práticos:

Minha filha, Carol, quando tinha 3 anos, viu uma barata e foi atrás dela no intuito de pegá-la. Sendo que, uma tia dela tem pavor de barata e, ao ver a barata, começou a gritar em pânico. Na segunda vez que a Carol viu uma barata, reproduziu o pânico da tia.

Basicamente, o medo é aquilo que reproduzimos de outras pessoas. “Como assim, Érico?”. Simples, nascemos sem medo, o que nos faz ter medo são as experiências de outras pessoas. Percebam que, quando éramos crianças, sempre ouvíamos uma história do tipo: “Fulano fez isso e deu errado. Se você fizer, dará errado também, por isso não faça.”. Esse “se” é o que mata; é o que complica. Não, não é. Pelo contrário. O “e se” é a ferramenta ideal para vencer a barreira do medo. Só podemos vencer o medo quando entramos em contato com ele. Nesse sentido que explico este último exemplo de quando éramos criança.

medoEu estou perto da casa dos 40 anos. Suponhamos que, quando eu tinha 10 anos, ouvi uma história dessas. Passaram 30 anos. Trinta anos. Isso é muito tempo, tempo para que mudanças significativas ocorram, não só no âmbito social (sociedade, economia etc.), como também no pessoal. Ora, se mudanças ocorreram, por que será que essa história que ouvi quando criança de que não poderia fazer determinada coisa não dará certo se eu fizer hoje? O nome disso é contextualização com uma pitada (enorme?) de maturidade. Bem, a maturidade, sabemos que não é algo em que se possa ter somente pela força de vontade, querendo; ela vem com as nossas experiências e vivências. Por outro lado, a contextualização não.

Sabendo da maturidade e da contextualização, proponho um exercício para vocês: fechem os olhos e pensem no primeiro medo que surgir. Medo de escuro; medo de pegar ônibus; medo de falar em público; medo daquela disciplina com aquele professor que falam que é carrasco; medo de investir naquele negócio; medo de se declarar para a pessoa que gosta. Com os olhos fechados, faça três perguntas para esse medo:

1) Por que?

2) Quando começou?

3) O que me impede de realizar o que quero fazer?

O medo responderá essas três perguntas. Pensem que, a cada resposta obtida, é um passo a mais que estarão dando. Ao final dos três passos, vocês encontrarão estratégias para enfrentar o próprio medo.

“Ah Érico, falar é muito fácil, fazer que é difícil”. Sim, isso eu sei. Não estou dizendo que é fácil, até porque, se fosse, não seria medo, não é? O medo é difícil sim, mas não é impossível de vencer. E é isso que vocês devem ter em mente para vencer qualquer medo.

Carta Potiguar

Conselho Editorial

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