Gabriel Chalita vem a Natal pedir voto para Hermano. Mais uma prova de que o refugo micarlista está com o candidato do PMDB.
Por que?
Ora, por muito pouco, Gabriel Chalita não veio a ser o braço direito da prefeita. Porém, o amigo pessoal da gestora, indicou Luciano Barbosa, seu sobrinho, para Casa Civil da administração da Borboleta.
O resultado é sentido e conhecido por todos os natalenses.
EM BUSCA DO RECORDE
Micarla, a cada pesquisa de opinião, se supera no quesito rejeição – conforme a sondagem feita pelo Instituto IBOPE, ela já desfruta de 95% de rejeição. Rumo a unanimidade… inteligente.
RELIGIÃO X POLÍTICA
Primeiro foi o Malafaia. Agora o Chalita. E quando virá o Bolsonaro para declarar apoio a Hermano Morais? A indagação é plausível, se levarmos em consideração o uso de uma pauta moralista, que não respeita a separação entre religião e política. Que não sabe separar obscurantismo da necessidade de discutir propostas para a cidade.
Quando da sua candidatura a deputado federal — à época pelo PSB de São Paulo — Chá-chá-chá apareceu em vídeos nos quais tecia hosanas a Marta Suplicy e a Dilma Rousseff. Por falar nisso, já figurou ao lado do ministro da Saúde Alexandre Padilha — o mesmo aspirante a carniceiro que sugeriu o credenciamento de mais 30 centros para o aborto “legal e seguro” — num momento de oração promovido por membros da comunidade Canção Nova. Ele deixou a grade da programação da emissora católico-carismática, o que foi comemorado pelos mais conservadores. Bolsonaro? A bem da verdade, o ilustre deputado até adota posições pró-família e consegue gorar alguns projetos da bancada cúmplice da militância gay, mas é um energúmeno que tem mentalidade mais estatizante do que Eduardo Suplicy (http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/teste-revela-a-ideologia-dos-politicos-ou-a-falta-dela), é favorável ao aborto — para ele, uma decisão do casal — e, ainda que se considere católico, disse que “é coisa rara ir à Igreja” (http://www.terra.com.br/istoegente/28/reportagens/entrev_jair.htm).
Daniel ta ai uma contradiçao que gostaria que voce explicasse, voce tece loas a politica e a participaçao da sociedade, é contra o voto nulo por achar que isso é se eximir da politica. pois bem, qual o problema da participaçao de chalita na campanha de hermano? o chalita se voce nao sabe é politico, foi candidato em sp, pertence ao partido de hermano, alias foi babado ate nao poder mais pra apoiar o Haddad no segundo turno, mas aqui ele é uma pessoa que nao deveria se meter em politica? ele ta defedendo as ideias que ele acha serem melhor pra sociedade qual o mal nisso? quer dizer que so é fazer politica se for pra defender as teses de esquerda? se for contra o que voce acha, entao é uma intromissao indevida? chalita, mala-faia, hermano, mineiro, fatima, amanda gurgel, nada mais estao do que colocando as posiçoes dos grupos aos quais pertencem como proposta de visao de sociedade. representam visoes diferentes de sociedade e essa é a hora apropriada para isso, eleiçoes, cada um expondo seus pontos para a sociedade que democraticamente vai escolher que caminho seguir.
Diferente dos outros citados, não acho que Chalita “desagregue” à campanha de Hermano. Muito pelo contrário.
Interessante. Em São Paulo Chalita é muito bem aceito pelos esquerdistas, pois ele apoia Haddad. Aqui em Natal, por apoiar um candidato mais voltado para a defesa dos valores cristãos, é tratado como um indivíduo que traz obscurantismo para o pleito. A verdade é que, estando do lado dos ditos progressistas, até um Maluf, como afirmou a própria Marilena Chauí(esbirro do petismo na USP), se torna um “engenheiro”.
Querido Lucas,
gosto das tuas inserções que, por mais críticas que sejam – e isso é bom -, ficam no âmbito dos argumentos.
Por que minha crítica em relação ao Chalita em Natal pró-Hermano? Ora, os motivos são claros…
Porque ele vem a Natal para levantar uma pauta religiosa, que, para um cara que preza pela política como eu, é impossível de aceitar.
Se Chalita ingressasse com a mesma pauta em SP, tenha certeza, minha crítica seria, exatamente, a mesma.
Defendo o direito dele falar. Quem for contra isso, eu também criticarei. Porém, não concordo com os motivos do apoio dele a Hermano, ainda que defende seu direito de apoiar.
Bem, é isso.
Ps. Religiosos podem participar da política, ganhar as eleições, etc. Discordo, no entanto, dessa pauta. Não pq sou ateu, mas pq acho uma pauta conservadora.
abs.
Daniel,
A logica da construçao do argumento e a seguinte:apoio bom e que agrega e aquele que e dado ao nosso candidato, ao nosso partido. No limite, a possibilidade de parcialidade critica por vc defendida revela suas contradiçoes problematicas, nao pelo fato da contradiçao, e claro, mas pelo fato dessa contadiçao aparecer num veiculo formador de opiniao que defende a possibilidade de parcialidade critica.
Voce nesse blog argumentou,por exemplo,que o apoio de Maluf agregava a candidatura de Hadad.Pessoalmente discordei pelo fato simples de questionar se efetivamente o eleitor de Maluf estaria propenso a apoiar o candidato petista.Na minha visao seu argumento foi de base justificatoria e nao partiu exatamente de bases racionais.. Ou pelo menos nao vi esse elemento (a descriçao efetiva dos mecanismos que Maluf utilizaria para levar seus eleitores a apoiarem Haddad) . Agora vc diz que Chalita nao agrega a candidatura de Hermano com base em questoes religiosas.. mas o apoio de um quadro fichado pela interpol agregava ao candidato petista…pera ai Daniel… ao inves de espaço critico anuncie por exemplo …espaço pragmatico…ou espaço de analise petista.. Descupe mas sempre questionarei essa estoria de critico. A critica me parece sempre algo muito,muto relativo. Criticas so aquelas dirigidas a logica interna dos argumentos, o resto,no meu entendimento, nao passa de travestido juizo de valor. Merecera no maximo meu respeito.Nao legitimo nehuma critica sem ponderar os valores e interesses envolvidos por parte de seus formuladores. Mais uma vez com todo respeito me manifesto nos comentarios,alias penso que a melhor parte dos blogs esta nos comentarios e ai que esta a democracia,o debate, a possibilidade de critica – logica – aos argumentos…
ah,so mais uma coisa, nada contra pragmaticos… mais uma vez meu problema e com a utilizaçao do termo, “critico”, para mim puro apelo retorico, herança de uma suposta superioridade moral e intelectual do marxismo.
Caro Daniel, obrigado pelo percepçao, sempre comentei, comento e vou continuar comentando com argumentos, acho que é assim que se constroe uma sociedade melhor, eu admiro sua paciencia em ver alguns aqui que sao contra seus argumentos e partem para ataques pessoais pelo simples motivo de defender uma causa sem saber porque, por nao terem argumentos partem para a via mais facil da ignorancia, sinceramente eu ja tinha xingado aos montes alguns desses. Voltando ao tema em questao, eu tambem sou absolutamente contra essa pauta moralista religiosa, acho que o mala-faia se aproveita do periodo para tentar arrebanhar mais fieis para seus cultos, nao vejo nele preocupação nenhuma com relaçao a melhora da qualidade de vida, serviço publico eficiente, enfim o que a politica pode de fato oferecer, mas veja bem, nao é criticando a participaçao que vamos nos livrar desse tipo de pauta e aproveitador, mas sim esclarecendo, acho que a maioria da populaçao ja esta bem mais madura com relaçao a nao se deixar levar pela opiniao tosca dessas pessoas que esquecem que estamos votando para eleger prefeitos e nao papas. basta notar que os candidatos que levantam esses temas so estao caindo nas pesquisas, deixa eles falarem, como disse no comentario anterior, esse é o periodo de falar mesmo.
Caro Daniel,
enviei comentario e nao vejo sua publicaçao. Algum problema (interogaçao)