Rio Grande do Norte, quinta-feira, 18 de abril de 2024
Ontem, gastei uma tarde inteira em um poema. Lugar inusitado, insólito, inesperado. Uma tarde inteira! Briguei com o meu amor, não paguei as últimas contas atrasadas, esqueci-me de regar as plantas. Uma tarde inteira! De vez em quando, passeando por outros textos, na esperança de encontrar salvação, folheava o livro. “Todo poeta é um perigo […]
sobra cidade, faltam pessoas. Parece que dentro de você o foco é a sua imagem. Não é de se espantar, então, que você, há mais de 50 anos, basta-se. É que quando cheguei por ali, eu nada entendi, porque, em você, definitivamente, o destaque não é dado às pessoas. Você é ponto central, mas é […]
São Longuinho, bom-dia! Temos um problema, pois de material já perdi muito. Abandono alguma coisa, por grande descuido, em algum lugar, e nunca mais revejo o objeto. Borrachas, lápis, canetas Bic ficam nos recônditos inexplorados do mundo para nunca mais. Além desses, perco com frequência contas pagas (felizmente!), papéis de toda qualidade e miseráveis botões que saltam […]
Alta madrugada, suspenso em uma varanda, lembro-me de quando era pequeno, habitando o meio do mato, e ouvia com entusiasmo os meus anunciarem a chegada da boca da noite. Tão curioso aquilo. Era o escuro que escorria por cima de tudo. Os cururus saltando das locas de pedra. As corujas piando sobressaltadas e os morcegos […]