Rio Grande do Norte, segunda-feira, 06 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 19 de fevereiro de 2013

Uma oportunidade que Natal não pode perder para revitalizar Ponta Negra

postado por Daniel Menezes

Natal foi muito privilegiada pela natureza, o que ajuda a “bombar” a atividade turística da cidade. Porém, não custaria nada “dar uma mãozinha”, alavancando bons projetos estruturantes para a noiva do sol.

Bem, há uma oportunidade dando sopa numa secretaria da prefeitura para o bairro de Ponta Negra. Na lateral da Av Engenheiro Roberto Freire, há quadras inutilizadas desde 1979. Elas não trazem nenhum recolhimento na forma de imposto para o erário, nem ajudam a melhorar a paisagem urbana.

 

PONTA NEGRA 01Quadras de Ponta Negra, na lateral da Av. Eng. Roberto Freire, inutilizadas desde 1979. Espaço sofre ação de ocupações ilegais

Em um passado distante, tentaram construir na região. No entanto, as obras foram embargadas nos terrenos da lateral da Av Engenheiro Roberto Freire para não ferir o direito à paisagem do morro do careca e do mar. A atitude é mais do que legítima.

E ainda há, hoje, outro porém. A prefeitura está quebrada. Depois do furacão chamado Micarla de Sousa, a capacidade de investimento do poder público municipal caiu drasticamente.

E são nessas duas questões que o projeto é viável. Ele estabelece uma parceria com a iniciativa privada, sem tornar o espaço privado.

PONTA NEGRA - DANIEL

Como a nova área irá ficar

No projeto eletrônico acima, é possível perceber que nenhum prédio será edificado, respeitando o direito à paisagem. Além disso, a área será de livre acesso. O mirante, com a beleza do morro do careca, poderá ser utilizado por quem quiser, quer seja turista ou cidadão natalense.

O empresário, por sua vez, ganhará com a cobrança do estacionamento, no segundo subsolo, e com a exploração dos restaurantes, cafés, livrarias, etc, no primeiro subsolo, que também tem um mirante.

Nesse sentido, portanto, o projeto é rentável, de baixo custo para a prefeitura e viável financeiramente.

Mais. A prefeitura não terá o passivo de cuidar da área, algo cada vez mais difícil. Basta ver a deterioração dos equipamentos públicos do município. Os proprietários ficariam imbuídos de cuidar do espaço aberto.

No máximo, a PMN teria de arcar com os custos de desapropriação de uma das quadras, até para ajudar a estimular o desencadeamento pela iniciativa privada do processo nas demais quadras.

A proposta encontra a simpatia dos proprietários dos terrenos. Falta a ação pública.

PS. O prefeito Carlos Eduardo se interessou pelo projeto e pretende tirá-lo do fundo da gaveta.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

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