Rio Grande do Norte, domingo, 05 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 6 de fevereiro de 2012

Sobre a trapalhada Blitz de Pirangi

postado por Daniel Menezes

A blitz de Pirangi, após uma festa que ocorreu na região, é a prova de que não basta ter vontade. É preciso levar em consideração os vários condicionamentos e interferências que uma prática pode trazer.

Pois um boa ação, sem planejamento, gera:

Engarrafamento. Algumas pessoas esperaram mais de três horas;

Ambulâncias com feridos ficaram presas no trânsito;

Brigas em decorrência do cansaço;

Enfim, direito de ir e vir cerceado.

Além disso, as delegacias que recepcionaram os detidos não apresentavam a menor condição de funcionamento. Só para se ter ideia, as pessoas ficaram esperando o registro para serem liberadas até as 16 horas!!!

Porque?

A impressora não tinha tinta.

Todo mundo esperou deitado no chão. A delegacia não tinha cadeiras.

As blitz são importantes, mas devem ser por amostragem aleatória. Numa via de duas pistas é inviável parar todo mundo, como as ações estão deixando claro.

O bafômetro, além disso, tem de ser aplicado àqueles que apresentam sinais mínimos de embriaguez. Alias, como é em qualquer parte do mundo.

O teste custa dinheiro e não pode ser desperdiçado de qualquer maneira.

O texto publicado abaixo, foi retirado do Facebook e vem fazendo sucesso pela força do relato da confusão criada pela Blitz.

O autor passou por ela e conta, de modo irreverente, o caos que ele presenciou.

 

Por Maurício,

Diário de uma Blitz no Rio Grande do Norte, Brasil Episódio “A Blitz da Lei Seca” Agora eu vi como a Polícia e/ou setor de inteligencia do Estado do Rio Grande do Norte é despreparado as vezes fico em saber qual é a real intenção do Governo com ações que vem tomando, se o que eles retendem é a segurança, o bem estar da população, ou se o quer é mais uma rentável fonte de arrecadação. Meu nome é Maurício, fui num aniversário em uma praia no Litoral Sul do Estado do Rio Grande do Norte no sábado a tarde. Chegando na festa eu tomei umas doses de Whisky enquanto divertia com meus amigos. Na hora de ir embora o que fiz, eu estava cansado pois tinha trabalhado em pé pela manhã e ainda bebi durante a tarde, então eu fui dormir pois não queria colocar em risco a minha família e até mesmo outras vidas. Então após ter jantado e dormir por mais ou menos três horas, acordei, tomei um banho e fui embora. Já era tarde quase meia noite quando sai. Eu estava bem descansado e de volta a Natal, RN.

Chegando perto da praia de Pirangi, onde havia um show no Circo da Folia, foi ai que tudo começou a historia que vou relatar é real, nela há fatos cômicos, alguns tristes e outros para a gente pensar no que deve fazer e o que Governo realmente quer e como fazer. Tudo começou quando cheguei em um enorme engarrafamento, havia guardas para todo os lados, tinha Amarelinho de transito, Policia Federal e a PoliciaMilitar do Estado. A partir daí o transito não andava mais. Foi quando eu perguntei a um guarda o que estava acontecendo e como eu faria para sair daquele congestionamento, pois estava com a minha família, o guardame disse é a Blitz da Lei Seca e que não havia saída, e disse ainda que era para todo mundo ficar de cinto aguardando no carro. “Só faltou uma voz de prisão”, mas eu estava tranquilo, afinal tinha bebido um pouco a tarde mas já havia descansado bastante e estava indo embora para casa.

Coloquei uma música que gostava e fique ali quase parado, afinal o transito não fluía. Mais ou menos uma hora depois, cheguei perto de uma rotatória, onde havia uma ambulância da SAMU, e um Táxi que estava na minha frente da fila, nesta hora as coisas começara a mudar, foi quando eu vi o primeiro caso que não é nada agradável de relatar, mas da para imaginar um engarrafamento quilométrico perto do Circo da Folia a maior casa de show do Litoral, onde um grupo de jovens chega perto de um táxi para ir embora, o táxi estava no meio da rua em transito no engarrafamento, mas depois que o pessoal começou a entrar, após um tempo eles começaram a sair do táxi, afinal quem vai pagar táxi para ficar parado em engarrafamento e o taxista em vez esperar todos saírem anda um pouco e fica parado em cima dos pés de uma moça.

A moça começou a gritar, chorar e bater no carro, e o taxista ficou parado, sem saber o que fazer, nisto a moça já havia caído no chão com os pés presos debaixo do pneu do táxi e como é de costume havia juntado um monte de gente ao redor, afinal de contas quando acontece coisa ruim o que mais aparece é gente para ver e depois ficar comentando e falando da desgraça dos outros. Após todo o sofrimento da moça, o táxi andou um pouco e o pé da menina ficou solto. Nisto os policias ficavam todos de longe, olhando alguns rindo como se não tivesse acontecendo nada, mas afinal de contas a ordem que eles tinham era fazer a Operação Lei Seca, e uma pessoa sendo esmagada não “é trabalho da Policia.” Ou talvez não fizeram nada porque não viram ou ouviram os gritos da moça. Mas como se diz aquela piada do “Cumulo da Sorte” que é “Ser atropelado por uma ambulância”, foi quase isto que aconteceu com esta garota, ela não foi atropelada por uma ambulância, mas a SAMU estava do lado de portas abertas em cima na rotatória, até parecia que já estava esperando por ela. Foi quando alguém que estava na rua ou alguma amigo dela, a carregou até a SAMU, e o carro partiu para leva-la para um hospital. Nesta hora eu vi e pensei estou com sorte, esta ambulância saindo o transito vai fluir e eu vou atrás. Mas não foi bem assim, o que aconteceu foi que fiquei com a ambulância com a sirene ligada com o maior barulho, e todas aquelas luzes ligadas parecendo uma arvore de Natal. Imaginem a cena um engarrafamento sem fim, e na minha frente uma ambulância com a sirene ligada fazendo o maior barulho com uma moça com o pé todo estourado que foi atropelada pelo taxista.

Para melhorar um pouco o ambiente eu fechei os vidros o liguei o ar condicionado e aumentei um pouco o som. E fiquei atrás daquela arvore de Natal que também quase não andava, nisto já havia passado quase duas horas, e já estava todo mundo no carro morrendo de sede, sono e querendo ir no banheiro, afinal de contas não é todo dia que a gente fica em uma prisão veicular, “Não sei se este é termo certo”. Mas neste noite a polícia do estado prendeu no mínimo 10 mil pessoas que estavam em Pirangi, ate que fosse possível realizar o teste do bafômetro em todos. Depois de algum tempo chegou um guarda na ambulância, e pouco depois a sirene desligou. Só veio uma coisa na minha cabeça “O guarda chegou e pediu para eles desligarem a sirene. Ainda bem que estamos no Brasil, e existe a Lei do Silencio que não permite barulho após às 22 horas, imagino que alguém ligou para a Policia dizendo que a SAMU estava fazendo muito barulho, e por isto apareceu alguma alma boa e obrigou a ambulância a desligar o som. E o pobre motorista não fez outra coisas a não ser desligar a sirene, e ficar lá dentro da ambulância ouvindo a menina gritar de dor com seu pé estourado, enquanto esperava a policia fazer a operação Lei Seca, ficando preso no engarrafamento.” Mas seja isto ou não que aconteceu a sirene ficou desligada e a ambulância no meio do congestionamento.

Nesta agora aconteceu uma coisa que nunca pensei que ia acontecer ou melhor ver, mas o nosso País Brado, Forte e Retubante é mesmo o País das oportunidades, e adivinham a nova profissão que criaram no Brasil, motorista de passagem em Blitz de Lei Seca, a profissão é seguinte; os
caras veem batem no vidro, e oferecem um motorista com zero no Bafômetro, para passar na Blitz e depois da polícia eles voltam para pegar um novo cliente e o bebum vai embora pra casa, sem multas e sem ser preso, e tudo isto a um custo mínimo de R$ 100,00, á vista com pagamento antecipado. Imaginem quanto que da para faturar em uma noite, se o motorista for esperto passa uns 30 bebuns e no final da noite ganha R$ 3000,00 (Três mil reais). Ainda mais que a profissão é nova e não tem muita concorrência. Mas eu como estava de consciência limpa disse que não precisava, pois eu não havia bebido. E segui no engarrafamento.

Ainda passou mais uns três ou quatro. Senti falta de ambulantes vendendo cigarro, água, e até mesmo uma cervejinha para os passageiros. Acabou que como meu carro é pequeno eu passei a ambulância que é um carro grande e fui indo muito devagar, mas deixei a ambulância para
trás, até chegar um guarda, que bateu no vidro e pediu o documento do carro e minha carteira de habilitação, eu perguntei o nome dele e dei Boa Noite como faço com todo mundo. Ele disse que o nome é Marcio, e já perguntou se eu não queria fazer o teste do bafômetro. Eu disse que sim, ai ele já tava com uma saco com um punhado de filtro ou seja lá como for o nome. Ele tirou a peça do plastico colocou no aparelho e pediu para soprar até a luz apagar. Foi isto que eu fiz. Soprei, soprei, soprei, soprei, tava parecendo o lobo mal. Ai o aparelho não fez a leitura, o guarda pediu para que eu soprasse de novo. E fiz o mesmo já meio sem folego, fiz novamente como o lobo mal, soprei, soprei e soprei, ai a luz ainda não tinha apagado, e eu não aguentei mais, ai o Soldado Marcio disse: – “Rapaz você tem que soprar até a luz verde apagar, não pode parar antes e não precisa soprar muito forte.” Ai eu disse: – “Sr., eu fumo e não tenho muito folego, espera um pouco para eu pegar folego”.

Afinal já estava a quase três horas preso na fila, sem água, morrendo de vontade de ir no banheiro e com sono. Então peguei folego e soprei novamente, e soltei quando a luz apagou. Só que novamente o aparelho não fez a leitura. Então novamente o soldado disse: – Meu amigo você tem soprar até apagar e esperar mais 6 segundos, e se não der certo agora você vai parar o carro ali e vai ver o que vai acontecer. Até achei até que ele estava me ameaçando e eu não sou doido de falar alguma coisa com um guarda falando em voz alterada. Mas que deu vontade de peguntar para ele se este aparelho de bafômetro que ele estava funciona mesmo. O que eu fiz foi esperar um pouco e soprei novamente, fiquei soprando, soprando, soprando, a luz apagou, e continuei soprando.
Ai a tela toda apagou, e eu já estava quase sem ar. Depois de um tem tempo o visor do bafômetro apareceu um punhado de menos que ficava piscando, ai eu perguntei para o soldado. “Deu certo agora”?. Então ele disse. – “Agora esta fazendo a leitura espera um pouco.” Foi quando depois de um tempo apareceu um 0.22, e ele me mostrou. Ai eu perguntei: – “Então o que é isto?” O guarda então respondeu: – “Permitido é 0.14, e o seu esta acima.” Então eu perguntei: – “E ai? O que devo fazer? Eu vou ser preso? Ele então respondeu: – “Preso não, mais você vai ter que arrumar um motorista, e segue aquela fila ali.

Nisto ele me largou ali no carro, em pleno engarrafamento e foi fazer mais testes em outros carros que estavam no meio da pista. Após um tempo chegou outro policial que conduzia três ou quatro carros, e gritava vem, vem, vem, ai parava o transito, e depois de um tempo ele voltava a gritar. Então o peguei o meu celular para ver na minha agenda do telefone alguém que eu pudesse ligar para ir buscar o meu carro. Foi quando o guarda que tava conduzindo a fila disse, “Rapaz você quer ser preso, você ligar para alguém na minha frente? Você esta de sacanagem comigo?”. Mas o carro estava parado no maior engarrafamento, o carro não andava e o Soldado Márcio tinha falado para que eu ligasse para alguém dirigir meu carro. E não me restou outra coisa a não ser guardar o celular. Depois de quase dois quilômetros na frente da barreira o policial achou um lugar no mato onde a gente poderia deixar o carro.

Nisto chega o guarda que conduzia a fila depois de falar com o pessoal do carro da frente, e fala comigo: – “Senhor me da o documento do carro e habilitação, o seu carro vai ficar preso até vir um condutor. Tranque o carro e você venha comigo.” Então eu disse: – Meus documentos estão com o Soldado Márcio, e minha família vai ficar no carro.

Nesta hora saí do carro e comecei a segui-lo nisto aconteceu dois fatos também nada comuns. O primeiro foi o Meritíssimo Juiz de Direto que veio gritando, e dizendo. “Cade o Tenente?, eu sou Juiz e preciso falar com o Tenente”. Nisto o guarda que eu estava seguindo disse, “Sou eu” e se apresentou para o Juiz, “Eu sou o Primeiro Tenente Tal”, (O nome dele era um pouco diferente, e eu não lembro mais.). Ai o Juiz disse para o Tenente:

– “Senhor como vocês fazem isto, parar todo um bairro, tem ambulância, tem gente passando mal, estou aqui a mais de uma hora, isto não é coisa de se fazer, o que vocês estão fazendo não existe”. Foi nesta hora que o motorista do carro que estava atrás do meu começou a brigar, saiu a maior briga, era porrada para todo lado. E o pior começaram a ir para o lado do meu carro, imagina se eles estragam o meu carro? Nisto o Tenente começou a gritar, “Para de brigar, o que é isto?”, e começou a apitar, e o Juiz só gritando: “Parem, obedeçam o Tenente”. E o meu carro ali do lado, e já tinha umas quatro pessoas escondendo nele. Mas graças a Deus o pessoal que estava lá, separou os dois brigões. E o Tenente disse para o Juiz, “Obrigado pela ajuda Meritíssimo!.”. E pediu para o motorista brigão do carro de trás, acompanhar a gente, afinal ele também não passou no teste. E deu o maior grito: – “Cade o motorista deste carro preto, e deste outro aqui!!

Nesta hora eu fiquei com medo, só passou na minha cabeça. “Agora o povo briga, quase estraga o meu carro, e este Tenente vai bater em mim.

Pois o carro preto era o meu,” e eu nunca tinha visto alguém gritar assim, desta maneira, e o pior que eu estava do lado dele, com o Juiz do Outro lado. Mas graças a Deus, ele só pediu pra gente acompanha-lo.

Então seguimos para Blitz. Onde estava os carros da Polícia. No caminho que era mais de um quilometro. O Tenente disse para o motorista da briga, – “Eu vi que ele mexeu com sua mulher cabra escroto”. E seguimos como não tivesse acontecendo nada. Ninguém foi preso ou registrado algum BO por aquela briga. Ai continuamos voltando para onde estava a Blitz, neste caminho foi quando o Tenente conversou com mais calma com o Meritíssimo, que voltou a dizer, que isto não era coisa de se fazer, parar todo um bairro com ambulância, todo mundo parado, e disse ainda que estava com o seu carro parado a mais de uma hora. Nisso o Tenente perguntou aonde estava o carro dele e se ele tinha bebido. Então o Juiz disse que havia bebido, mas que a esposa dele estava conduzindo o carro e ela não bebia. Eu lá seguindo o Tenente, o juiz, junto com o pessoal
que estava com os documentos presos. Quando chegamos na Blitz tinha duas Vans da Policia Rodoviária Federal, em uma tinha tipo um escritório com algumas mesas e o guardas fazendo os Autos de Infração, e na Outra é era uma cadeia, onde prendiam o povo mamado, já era quase três da manhã, e já tinha umas quinze pessoas presas nesta VAN, foi nesta hora que chegou um guarda dizendo que o carro do Juiz já estava ali na frente, então ele entrou, agradeceu ao Tenente, e foi embora.

Nesta hora eu só pensei: “Pra mim o juiz queria liberar a ambulância e dar fluência ao transito e ajudar toda a população, mas não sei o porque ele entrou no carro dele, que era o primeiro da fila foi embora, e ficou ambulância parada e toda aquele engarrafamento continuou da mesma forma.” Eu não entendo de lei, mas ele deve ter ido embora porque o Fórum deve funcionar só no final de semana. E não ia poder fazer muita coisa por ali. Nesta hora enquanto assinava os papeis que os policias pediram eu vi uma cena que nunca pensei, a qual vou relatar agora.
Uma pessoa levou um tiro no Circo da Folia, como é de costume geralmente tem uma ambulância e equipe de primeiros socorro próximo, mas lembram da pobre coitada que teve o pé esmagado pelo táxi. Então ela estava ocupando a ambulância que estava “presa” na Fila da Operação Lei Seca junto com mais 10 mil pessoas. Então o que o irmão/amigo do baleado fez? O que eu acho que qualquer um faria. Ele pegou o carro e saiu para levar o baleado para o hospital. E nossos defensores o que fizeram nesta hora? Adivinhem só, param o carro com uma pessoa baleada e disseram que só passava se fizesse o teste o bafômetro. Neste o socorrista se deu mal também, e acabou sendo preso, e o pobre do baleado lá sem saber o que fazer, mas ai eles arrumaram transporte para o baleado, e o pobre irmão ficou preso por querer salvar o mano que acabara de levar um tiro. Neste hora eu imagino o Pai destes jovens, que recebeu o notícia. Que o filho foi baleado, e outro estava preso porque foi prestar socorro, pois não tinha ambulância, pois a única que tinha estava na “prisão temporária da Operação Lei Seca”. Bem que o juiz havia dito pouco antes, meu tenente como você faz isto, isto é uma coisa que não existe.

Mas o juiz já havia ido embora. Eu nem sei o que aconteceu com o ferido, mas depois que ele foi embora o Tenente chegou contanto para todos que estava lá ao lado do carro escritório, “Veja só, havia um elemento embriado dirigindo como um doido em um carro sobre efeito de álcool para levar um baleado para o hospital. Mas nós prestamos socorro ao ferido e prendemos o motorista”. Com aquele tom e sorriso no rosto de que a justiça foi feita. Afinal a ordem era pra fazer a blitz e não poderia passar ninguém sem fazer o teste. E a fila só aumentando e todo mundo preso, e foi ai que eu vi mais uma coisa que estava acontecendo, já era três da manhã e a inteligencia da policia não deu conta de fazer uma conta básica, que todo profissional seja de qual área deve fazer antes de sair para o trabalho. Levar equipamento reserva. E a polícia para fazer a Operação Lei Seca, e fazer milhares de testes, deveria levar Bafômetros, bateria e bocal suficiente, pois os bafômetros começaram a descarregar, e a equipe tinha que começar a recarregar os mesmos.

E enquanto isto a fila só aumentava. E para piorar o carro escritório tinha só quatro tomadas e para variar tinha uma estragada. Foi ai que eu vi porque quando fui fazer o teste o equipamento não conseguia ler direto, o mesmo já devia estar era com bateria fraca. Então pedi para fazer o teste novamente para ter uma contra prova, mas eles me disseram que é permitido realizar só uma vez. Mas eu deixo a dica para o pessoal da pólica na próxima semana quando for fechar a cidade fazer uma conta bem simples a qual descrevo a formula para vocês: 1)Calcule quantos carros tem na região 2)Acrescente quanto carros passam na região 3)Acrescente dois testes por carro “Um para o motorista e outra para quem for levar o carro aprendido que também precisa fazer o teste.” 4)Agora veja quantos testes é possível fazer com o equipamento ligado, e quanto tempo o equipamento vai ficar ligado. 5)Calcule o tempo que a operação vai durar.
6)Agora é só calcular o tempo de duração da blitz e quanto tempo uma equipamento consegue ficar ligado fazendo testes. E dividir pela quantidade de testes. 7)De posse desta informação, arrume a quantidade de bafômetros necessário, ou então compre baterias de reserva, que deve ser mais barato que um equipamento completo.

Fazendo isto não é preciso um Tenente dar o ordem para um pobre soldado ir para o batalhão buscar mais 20 bafômetros. Ou esperar os bafômetros recarregarem, para poder liberar todo o povo apreendido. E o povo ficar esperando equipamento para fazer testes. Mas graças a Deus  depois um tempo conseguiram um bafômetros com bateria e minha amiga fez o teste. Devolveram o documento do carro, e eu fui embora. Só tive que andar um pouco ate chegar no carro aonde estava a minha família.

Bem pessoal, este o meu relato do que aconteceu, e deixo alguma perguntas para serem pensadas, respondidas e repassadas pela Internet.

Qual é o real objetivo da policia? Ela deve socorrer alguém que foi atropelada? Ele deve bloquear um bairro e deixar todos presos, inclusive ambulância, táxis e todo o meio de transporte? Ela deve separar brigas? Ou deve ficar gritando e esperar o povo separar? E no caso de alguém prestando socorro porque não tem ambulância disponível, nem táxi, nem nada, ela deve prender um cidadão que tentou prestar socorro? E esta ordem de fechar toda uma praia, e não deixar saída de acesso, para táxi, ambulância, ou qualquer autoridade como o nosso Meritíssimo que apareceu reclamando da situação. Eu só passei na Blitz porque eu pensava o teste só pegava bêbedo, e não quem havia bebido no dia anterior, afinal eu fiz o teste já era quase três horas da manhã; depois
de longas horas preso na fila da operação da lei seca, pois eu tinha alguma opções para não passar na Blitz, como pagar R$ 100,00 para o atravessador, ter parado o carro e dormido no carro como a maioria fez.

Táxi eu não podia pegar, pois estavam todos presos na mega operação da Blitz da Lei Seca em Pirangi-RN. Organizado pela nossa eficiente e bem treinada Policia Militar. Este é o meu relato do que vi na noite passada. Deixo algumas sugestões e comentários: Se alguém ainda for para o próximo show no circo da Folia, bebendo ou não vá para dormir por lá, pois não é possível pegar táxi, ambulância ou qualquer meio de transporte para ir embora, então vá divirta-se, espere
amanhecer até a policia ir embora. Se for passar pela região como foi o meu caso, não transite durante a noite, pois você ficará preso na Blitz por várias horas. Se eu tivesse ido embora a tarde, não estaria agora com minha habilitação presa. Peço a nossa policia que comprem mais bafômetros e também baterias, para que nossa população não tenha que esperar ainda mais para que os bafômetros funcionem e seja possível fazer seus testes. Peço também encarecidamente que aumente o numero de motoristas especializado em passagem de Blitz. Pois se tivesse pelo
menos uns 200 motoristas o engarrafamento não ia ser tão grande como foi. Caso alguém saiba o que aconteceu com o ferido e o socorrista que relatem também, pode me enviar por email mauricio@bsd.com.br. Peço também que divulguem meu relato em redes sociais, blogs e todo meio de comunicação como um desabafo.

Caso alguém que estava na blitz ou na fila e viu fatos engraçados, estranhos ou problema para soprar o bafômetro, que também relatem. Até a próxima..

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

One Response

  1. Leon K. Nunes disse:

    Heheheheh

    É engraçado, mas trágico, sobretudo, como foi dito.

    A título de registro, mais uma vez uma Blitz atrapalhada foi promovida essa semana, num absurdo talvez maior: logo após o jogo ABC x Coríntias de Caicó, no Frasqueirão, na última rodada do primeiro turno do Campeonato Estadual (ou seja, os efeitos poderiam ser ainda piores se o jogo lotasse): a PM teve a ideia brilhante de fechar as duas vias de escoamento do Frasqueirão (a Rota do Sol e a via que liga a Rota à Cidade Verde), gerando um congestionamento de proporções homéricas, isso – acredite-se, às 23h00 da noite. É pouco?

    É um absurdo que não haja inteligência o suficiente para se fazer blitz sem que para isso precise intervir no direito da população de ir e vir e de frequentar um evento de lazer (como pouco que temos) sem que pra isso precise se esperar mais tempo no congestionamento do que no próprio evento.

    Pensei que a proibição de bebidas nos estádios já era motivo suficiente para coibir o consumo de álcool por motoristas; e convenhamos, duvido que as estatísticas de acidente de trânsito cometido por gente alcoolizada depois de jogos de futebol numa noite de quarta-feira justifique uma blitz tão inconsequente quanto a que foi feita essa semana.

    Injustificável.

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