Quando as pessoas se organizam e lutam por aquilo que querem, questionam, acompanham, reivindicam, conseguem atingir os seus objetivos.
O dia de hoje é a expressão da vitória de movimentos sociais, em especial, do #ForaMicarla.
Se o próximo gestor não agradar, que seja também alvo de críticas e de questionamentos. Democracia oxigenada é assim.
Da Tribuna do Norte
Desembargador aprova afastamento de Micarla de Sousa
O desembargador Amauri Moura deferiu o pedido do Procurador Geral de Justiça, Manoel Onofre Neto, para afastar a prefeita Micarla de Sousa do cargo. A decisão foi redigida ontem (30) a noite, mas só agora pela manhã foi comunicada, através de ofícios, ao presidente da Câmara Municipal de Natal, vereador Edivan Martins, e ao Procurador Geral.
Com a decisão do desembargador, assumirá a Prefeitura de Natal o vice-prefeito, Paulinho Freire. A posse dele deve ser oficializada pela Câmara Municipal. Na mesma decisão, o desembargador indeferiu o pedido de publicização do interior teor da ação movida pelo Procurador Geral. Com isso, fica mantido o segredo de Justiça sobre o caso.
Sobre os secretários, o desembargador Amauri Moura não chegou a apreciar o afastamento dos auxiliares Jean Valério, da Secopa, e Bosco Afonso (Semurb), também solicitados pelo Ministério Público. Os motivos pelos quais não houve a apreciação não foram externados.
O Ministério Público solicitou o afastamento de Micarla de Sousa do cargo por suspeitas de que a chefe do Executivo tivesse envolvimento com fraudes investigadas na Operação Assepsia, na Secretaria Municipal de Saúde.
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hummm, pode ser paranoia da minha parte, mas é muita coincidência o desembargador “chutar” a Micarla ao final do mandato e Paulinho Freire assumir às vésperas do Carnatal…….
A era Micarla está, felizmente, terminando. A sua péssima administração merece todas as críticas. Entretanto, questiono se o seu afastamento seguiu o padrão democrático. Não mereceria uma análise da Câmara? Ela não teria direito a uma defesa prévia? Este exemplo não abre uma possibilidade de qualquer dirigente com “suspeita” ser “afastado” do cargo antes de uma avaliação mais concreta e transparente?
Má administração a parte. Como eu e todos vocês aqui temos direito de defesa, a “borboleta” também tem esse direito, mas não teve. Segredo de justiça quando se trata de uma pessoa pública o que deixa a população sem saber os reais motivos desse afastamento, para mim isso se parece mais com um “golpe”.