Por Ramon Gurgel
Com o excessivo aumento dos combustíveis, daqui a pouco, quando quisermos juntar a galera para ir tomar uma no barzinho será no esquema “Bate-volta”.
Podemos dar alguns exemplos de como será a “vida” daqui para frente.
FLERTANDO NA BALADA 1:
– Eu moro em Capim Macio, e você?
– Mirassol.
– EU DEIXO VOCÊ EM CASA! CASA COMIGO?
FLERTANDO NA BALADA 2:
– Eu moro em Neópolis, e você?
– Jardim Progresso.
– Vou ter que ir. Tô de carona e o carro tá cheio. Depois te ligo…
“Você pode me ajudar na rifa de minha formatura? Estaremos sorteando uma garrafa de 2L de gasolina por R$ 1,50.”
“Amor, vamos ao show do Asa na Vila? A gente vai no meu carro. A galera tá combinando de ficar bebendo lá na frente…”
“Eu aposto ‘dois tracinhos’ de etanol que o Baraúnas ganha do Alecrim hoje.”
“Vais ao supermercado hoje? Esta é minha lista, você pode comprar pra mim? Você vai no seu carro e eu pago a sua feira.”
“Posso dividir essa gasolina nos cartão Casas Bahia em 18x?”
“Estava afim de sair hoje, mas só estou com meio litro de gasolina, você tem quanto?”
Tem gente até querendo namorar sério para custear os gastos. A boa e velha inversão de valores ao som do PLIM PLIM! Vem aí o Carnaval? Legal! Daqui a pouco vão repaginar o “Vamos dar a voltar no trio” do Chiclete com Banana por “vamos dar uma empurrada no trio” por falta de combustível. Quem se habilita?
Essa junção entre ZN e ZS é interessante.Parece até novela da Globo:confraternização entre ricos e pobres.Uma pessoa de Néopolis(classe média) e uma do Jardim Progresso(pobreza beirando a miséria) é quase utópico Esse lenga lenga de aumento de gasolina é bem antigo.Lembro-me dos anos oitenta, período de alta inflação.Nunca ouvi alguém falar que deixaria seu carro em casa.Agora não vai ser diferente.Durante o governo Lula praticamente não houve aumento de gasolina.No começo do governo eu enchia o tanque de uma moto velha com sete reais,hoje antes do aumento eu encho com nove reais.Talvez para agradar ou controlar a inflação Lula segurou o preço da gasosa,mas chega um momento que não dar mais para segurar. Acontece que o aumento do dólar e diferenças cambias deixavam um rastro de prejuízo à Petrobrás.No final todos pagam a conta até quem anda de jegue ou a pé.É a socialização das perdas. Assim como a nossa elite a classe média se comporta como gato: é de barriga cheia e miando. Não socializar nada.Só quer os privilégios do Estado. De preferência morar onde não pagam impostos ou gasolina grátis.A choradeira é grande ,mas vão continuar a abarrotar as nossas ruas de veículos para depois culpar os políticos pelos engarrafamentos.Nada de cobrar ciclovias ou vias exclusivas para o transporte coletivo,Em farinha pouca meu pirão primeiro.
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Muito bom esse artigo!!