Rio Grande do Norte, terça-feira, 07 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 14 de outubro de 2013

Nota de repúdio sobre as olimpíadas universitárias da UFRN

postado por Carta Potiguar

Apropriando-nos da dificuldade com a qual tem se deparado os alunos da Instituição e a fim de esclarecer os questionamentos acerca dos Jogos da UFRN, o Centro Acadêmico Amaro Cavalcante vem manifestar-se no sentido de criticar a forma medíocre como tem sido organizado esse evento esportivo também chamado de Olimpíadas Universitárias. Os Jogos, espaço conquistado para promover a prática desportiva e, sobretudo, a integração no campus universitário ostenta, em sua oitava edição, um recente histórico de descaso e sucessivas falhas, culminando num exagerado índice de evasão, preponderância de jogos que terminam em W.O., ausência de torcidas, e uma mínima participação dos cursos que não tem tradição no esporte bem como dos times femininos.
Com o intuito de justificar o nosso descontentamento foram elencadas algumas arbitrariedades da edição de 2013:
– Desde a primeira semana de abril, após convocação, realizaram-se reuniões com alunos representantes no sentido de ‘inscrever’ os cursos nas modalidades. O contato foi mantido, de forma frágil, com o Coordenador Técnico Desportivo, o qual a essa altura anunciava um novo e melhorado modelo nos jogos desse ano, com uma edição no primeiro semestre (a etapa dos centros) e outra no segundo (a etapa geral). Entretanto, a possível data ainda não tinha sido confirmada e os formatos dos jogos sofreram graves alterações no passar do tempo. Chegou a data do evento de abertura e nada tinha sido anunciado, sequer local e horário, apenas uma nota ao fim do dia citando o adiamento.
– No fim do mês de abril, dia 26, uma pitoresca abertura foi realizada, com uma repentina e mínima divulgação. Os (poucos) alunos desfilaram, juraram, cantaram o hino em conjunto com representantes das pro-reitorias, da reitora e do esporte universitário. Tudo devidamente filmado e aparentemente organizado. Tinha banda de forró, mas não havia tabela dos jogos ainda. Os organizadores quando questionados (nos bastidores da data) sobre o andamento dos jogos alertavam para um iminente atraso devido a problemas na contratação da arbitragem, entretanto na página da PROAE, no facebook, foi divulgado irresponsavelmente que os jogos iriam ter início já no dia seguinte.
– Nesse ínterim, o atraso na licitação da arbitragem atrasou ainda mais; sem esclarecimento ou contato. Em setembro agora, 5 meses depois, uma nova movimentação por parte da organização do evento promoveu outra reunião com representantes dos cursos e iniciou os jogos. Aqui elencamos a deficiente chamada dos alunos, não havendo por parte da organização – e em nenhuma das etapas de convocação para os jogos – o uso de mídias sociais, sejam boletins da AGECOM, canais internos de comunicação na universidade ou as páginas na web da PROAE. O contato era realizado exclusivamente através de uma lista de e-mail.
– Ressalta-se ainda o inadequado depósito de responsabilidade dessa divulgação em um aluno representante do curso, sobre o qual reside o encargo de anunciar, articular, organizar e reunir os diversos dados dos atletas. É descabido, ainda, o repasse tardio das datas dos jogos, na véspera ou com poucos dias antes dos jogos, não havendo tempo hábil para organizar as equipes.
O despreparo da Divisão de esportes, da Diretoria de Atividades Estudantis, bem como a anuência da PROAE diante das reincidentes falhas ficou evidente. E, como entidade estudantil representativa, o Centro Acadêmico de Direito lamenta o despropósito, instigando e colocando-se como partícipe na construção de uma Política de Esporte e respeito aos alunos da Universidade, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas e do curso de Direito. Temos como imprescindível a consciência dos deveres que cada um possui dentro do ambiente universitário, elencando os recursos humanos e financeiros que, em regra, devem existir para cumprir com sua competência que é nesse caso promover o esporte e integração. Acreditamos que o diálogo e a cooperação devem preponderar na pintura de eventos como esse, em busca do aperfeiçoamento e alcance dos seus devidos fins. Por ser digno de desagravo que um número preocupante de gestores pareça assim não enxergar o exercício de seu papel político e social dentro do ambiente em que se encontra é que emitimos esta nota.

Centro Acadêmico Amaro Cavalcanti – Gestão até o dia clarear.
Até que tudo cesse, nós não cessaremos!

Carta Potiguar

Conselho Editorial

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