Rio Grande do Norte, domingo, 12 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 8 de dezembro de 2010

Breve nota sobre vilões e mocinhos

postado por David Rêgo

Em andanças pelos bares de Natal escuto um depoimento fantástico que pode nos dizer muito sobre a forma como mobilizamos nossas ações pré-reflexivas (ou seja, impensadas e automáticas). O fato foi que uma patricinha bem arrumada e cheirosa dirigia-se ao Budega Bar (ali perto do Cefet e mais perto ainda do Pastelanches) e no meio do caminho dá de cara com um homem alto, bonito, bem vestido etc. (a leitura: só pode ser mocinho) Ela logo pensa: Nossa que “bichinho”, vou paquerar. Ao que o homem percebe e responde:
– Passa bolsa
– Como?
– Isso mesmo, silêncio e passa a bolsa…

Enfim, a coitada ficou chocada, não é pra menos. Ele não pediu um beijo, mas a bolsa. Tempos modernos querida. Não era mocinho, era vilão. Eu já tinha escutado falar de pessoas que ficaram lisas quando começaram a namorar pois passaram a gastar muito com o parceiro. Agora ficar liso só por paquerar, pra mim isso é novidade…
Não confiem na estética..

David Rêgo

Sociólogo, antropólogo e cientista político (UFRN). Professor do ensino médio e superior. Áreas de interesse: Artes marciais, política, movimentos sociais, quadrinhos e tecnologia.

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