Rio Grande do Norte, domingo, 05 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 15 de março de 2012

Carlos Eduardo desmente jornal e critica “imprensa marrom”

postado por Daniel Menezes

Confesso que tinha digerido as matérias em que o ex-prefeito e pré-candidato a prefeitura do Natal Carlos Eduardo já apresentava o seu secretariado para o início de 2013 com ceticismo.

Ninguém, em sã consciência, tomaria uma medida tão primária politicamente como a que foi relatada. Até porque Carlos Eduardo “não é menino”, como a gente diz, tem algumas décadas de atividade pública e sabe que precisa vencer a eleição. E, ainda que ele venha liderando o processo de disputa, a “parada” não vai ser fácil.

Além disso, a composição do secretariado passa pela formação e diálogo com a base de apoio. Em resumo, Tatá, como também é conhecido, não iria antecipar o seu primeiro escalão porque tal atitude esvaziaria qualquer possibilidade de atração de aliados.

O discurso do “já venceu” que quiseram colar em Carlos Eduardo é um ótimo caminho para conseguir arruinar qualquer candidatura que seja. Eleitor não aceita soberba.

Foram reportagens nitidamente produzidas para queimá-lo, conforme pode ser constatado a partir do desmentido produzido pelo presidente estadual do PDT que foi veiculado pela Tribuna do Norte.

Retirado do Blog de Laurita Arruda

Em entrevista a uma emissora de rádio da cidade, declarei com todas as letras que vários integrantes do meu Secretariado ao tempo que exerci o mandato de Prefeito de Natal honrariam qualquer cargo público, pois exerceram suas funções com extrema competência. E exemplifiquei o fato citando alguns nomes a título de ilustração. Isto bastou para ilações maldosas de um certo moço que se diz jornalista com o intuito de criar uma matéria na qual ele afirma que eu revelava os nomes de futuros secretários municipais, caso fosse eleito. Uma grosseira deturpação do que realmente foi ao ar. Uma ação de caso pensado.

Todos sabem que sempre me pautei pela ética e não cometeria tal soberba, incorrendo em erro pueril. Todos sabem que sou pré-candidato às eleições municipais deste ano. Todos sabem que, após mais de uma dezena de pesquisas de vários institutos, meu nome pontua a disputa com outros pré-candidatos com uma margem estabilizada de 40% das intenções de voto. Todos sabem que venho propondo uma aliança da oposição e que, justamente em função disso, não poderia desde já trazer no bolso do colete um Secretariado pronto e acabado. Todos sabem, menos aquele infeliz escrevinhador, que parece a serviço de outras candidaturas e tenta ressuscitar a retrógrada e malfadada imprensa marrom. O jovem escriba presta um enorme desserviço à verdade dos fatos e à mídia. É tosco e leviano. Como conivente é a direção do jornal que dá guarida às suas patuscadas. A ambos falta ética.

Inidônea e mesquinha, a reportagem traz as cores claras de matéria orquestrada posta a serviço de alguns senhores da política local, com o covarde e pusilânime propósito de desgastar minha legítima postulação ao cargo de Prefeito de Natal. Por isso mesmo, jamais permitirei que ponham em minha boca palavras que nunca proferi. Reafirmo meu orgulho e satisfação de ter contado com auxiliares de tão elevado gabarito. A eles, o meu respeito. Porém, diante da falácia, da mentira, da deturpação maquiavélica, fica aqui o meu mais veemente repúdio àquela matéria falsa, enganosa e traiçoeira. Afinal, essa encenação mambembe não é nem arremedo de jornalismo. É pura molecagem, para dizer o mínimo.

Formar um governo no atual estágio em que vive Natal é tarefa de alta escala e complexidade. É tarefa séria que demanda muita reflexão. O futuro Prefeito da cidade terá diante de si um dos mais graves desafios, porque é tempo de restituir aos cidadãos e àqueles que nos visitam uma cidade que foi completamente abandonada pela incúria de uns poucos tantos que dela não quiseram ou não souberam servir. Apenas serviram-se. Sei bem que, pior que os danos visíveis, é preciso resgatar o ânimo, a auto-estima do natalense. E isso se faz com muito trabalho, com perseverança e o precioso auxílio de uma equipe capaz e compromissada com os interesses da cidade. Por tudo isso, não serão episódios nefandos e nefastos como esse que me desviarão o rumo.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

6 Responses

  1. Inacio disse:

    Não sei porque vocês não colocaram o nome do jornal criticado por CEA.

  2. Carlos Araújo disse:

    Mas uma coisa o eleitor deve perceber, o CEA usa uma pesquisa em que 72% da população não se definiu, para induzir que é imbatível. O Gari também era e a Vilma o derrubou , não lembram?
    O que se tem até agora é um quadro indefinido e com perspectivas.reais de 2 turno em Natal.

  3. Convidade disse:

    Olá! Hoje sofri uma tentativa de assalto e, para desabafar, escrevi um texto que gostaria de postá-lo aqui, mesmo não tenho nenhuma ligação (ou sim?!) com notícia!

    Como pode um cidadão acordar às 05:30h da manhã, tomar banho, se arrumar, tomar o seu café, sair de casa despreocupado e, de repente, ser abordado por um indigente numa moto às 06:30h da manhã, na rua em mora enquanto caminhava para pegar o ônibus e ir trabalhar?? Pode?
    Será que hoje em dia o cidadão tem o direito de ir e vir, de liberdade, seja ela de expressão ou de apenas caminhar pela rua em que mora para ir até parada de ônibus? Acho que todos já sabem a resposta!
    A cidade em que o cidadão mora está jogada aos indigentes. Eles tomaram o poder de fazer o que quiser com os direitos dos cidadãos, produzem suas próprias leis: Acorde cedo! Vá trabalhar! Adquira pertences que, mais cedo ou mais tarde, irei tomar posse do que me pertence! Trabalhar?! Eu?! Para quê?! Se eu tenho você!
    Vários outros cidadãos irão pensar que isso é fruto de uma má gestão, desigualdades e blá, blá, blá, blá! Mas, para esse cidadão aqui, é questão de caráter mesmo!
    Não atendi às exigências do indigente, mas poderia ter perdido a vida por causa disso, tenho consciência, porém, por uma força maior, divina nada aconteceu!
    Obrigada Meu Deus!

  4. Daniel Menezes disse:

    Araújo, concordo contigo. 

    Há muito mais recall do que qualquer coisa na liderança de Carlos Eduardo. A polarização com Micarla também beneficia Carlos Eduardo, já que a borboleta trabalhou esses anos para impulsioná-lo. O negócio, como diz um amigo, “vai ser arrochado”…
    Porém, me parece que pesquisa eleitoral tende a pautar o comportamento de possíveis doadores de campanha e a geração de alianças (em alguns casos)…
    Daí o aperreio do jornal… e sua tentativa de queimar o CEA.
    Não estão percebendo que, ao fazerem isso, estão queimando o resto de credibilidade e colocando Carlos Eduardo numa confortável posição de vítima, perseguido pela imprensa micarlista.
    O negócio foi tão forte que acabaram dando discurso para ele. Detalhe, ele tem a condição de vender essa história pq se faz de vítima no maior jornal de circulação do RN.
    O jornal que atacou CEA, ao fazer uma errada análise de conjuntura e tentando mostrar “serviço”, dá um tiro no pé.

  5. Americo disse:

    Convidade, diante das últimas notícias que pululam em Natal, sobre roubos, furtos, estupros e congêneres, apesar de não ter sido vítima direta de nenhum deles, me sinto exatamente como você: inseguro; impotente; largado. Tudo isso, principalmente, pelo fato de não conseguir enxergar alguma espécie de mudança nesse quadro, o que me desola mais ainda. Hoje em dia tomo umas 100 precauções quando saio de casa. Isso é liberdade, em sua mais simplória expressão?

  6. Amarilisbezerra disse:

    Qual foi o jornal que postou essa “notícia” (queimação) sobre Carlos Eduardo, afinal? Foi o Jornal de Hoje? E quem foi o jornalista? Gostaria muito de saber, para conhecer quem de fato está por trás desse velho artifício político de fritura dos candidatos favoritos nas pesquisas.

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