Rio Grande do Norte, sábado, 18 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 14 de janeiro de 2013

Porque Henrique Alves é o melhor para a Câmara dos Deputados

postado por Daniel Menezes

Por Dinarte Assunção

http://dinarteassuncao.wordpress.com/2013/01/13/por-que-henrique-alves-e-o-melhor-para-a-camara-dos-deputados/

Às vésperas da mesa diretora do Congresso Nacional ser definida, denúncias abundam contra Henrique Alves, favorito para ser o presidente da Câmara dos Deputados. Os jornais revelam um peemedebista encalacrado com questões pouco republicanas e desnudam a roupa da rei com fatos que ignorados pela imprensa daqui.

O que isso nos diz sobre Henrique Alves?

Começando por Veja, sabe-se que o líder do PMDB na Câmara usa empresas de fachada para aluguel de veículos. Instado a manifestar, deu três explicações antagônicas. Primeiro disse que usava carro próprio; depois reconheceu o aluguel para, por fim, sair-se com essa ao dizer que um assessor fosse procurado para dar explicações: “Você acha que eu cuido disso?”.

A Folha de S. Paulo destacou hoje que Alves usa emendas parlamentares para abastecer empreiteira do próprio assessor. Por meio da assessoria, negou a irregularidade e disse que só acompanha o processo político na indicação das emendas. E mais uma vez pediu para a reportagem procurar o assessor em questão.

O Estado de S. Paulo narra que Alves conseguiu manobrar contra ação que apura US$ 15 milhões atribuídos ao deputado em paraísos fiscais. Alves preferiu não se pronunciar nesse caso alegando que o processo corre sob segredo de Justiça.

Uau!

Vivêssemos em um país sério, esses elementos contra Alves jamais estariam postos. E se indícios houvesse contra o deputado, ele mesmo trataria de mandar apurar. Quem não tem o que dever, temores não terá.

Uma das grandes lideranças que o PMDB produziu foi a do deputado Ulysses Guimarães. Você podia não concordar com ele, mas era imprescindível ouvir o que ele tinha a dizer. Ulysses agregava pelo senso natural de líder, o que falta a Alves. Basta bem observar as dissidências dentro do próprio partido que ele deveria unir.

Disse Ulysses certa vez: “A saliva é o combustível dos políticos e, graças a Deus, não está em falta no mercado”.

No contraponto do denuncismo, a saliva de Alves nos dá mais uma lição. Ele tem defendido em sua campanha à presidência um orçamento impositivo e mais transparência e moralidade para a Casa.

Se não começa por si mesmo apenas reforça a imagem que temos da Congresso, uma instituição falida na qual a relação espúria do toma-lá-dá-cá é a que prevalece.

Henrique poderia fazer o oposto. Mas está empenhado no continuísmo que há muito não toleramos mais.

É o melhor para a Câmara dos Deputados, dentro do contexto que está posto: no continuísmo da imoralidade, Alves indica que não há ninguém que possa representar isso tão bem quanto ele.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

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