Do blog do Daniel Dantas:  “O comando da PM exonerou do subcomando do Bope o Major Antonio Marinho da Silva. O major esteve à frente da repressão contra a #RevoltadoBusao no dia 15 de maio.  Diante do vereador Marcos do PSOL afirmou que passaria por cima até da governadora, segundo depoimento do parlamentar”.

Já na Tribuna do Norte, representante da Polícia Militar alegou ser procedimento normal de transferência.

A prática de alguns jornais imparciais lembra a do Estadão durante a ditadura: publica a versão dos torturadores sem mostrar questionamentos dos que sofriam nas mãos dos carrascos.

Mera semelhança?!

Como fez um repórter de uma TV local, que tratou como “alegação”, conforme Blog do Daniel Dantas, a versão de estudante espancado e que estava sob a custódia da polícia, preso numa delegacia. Será que o jornalista supôs que o estudante poderia ter batido em si próprio? Ter tomado os rifles da polícia e atirado em si próprio?

Depois os profissionais da TV perguntam, conforme chegou até mim, “não sei porque os estudantes não estão gostando da nossa cobertura”.

Mas deixando a imparcialidade-neutra-objetiva de grande credibilidade de lado…

O fato é que a saída do Major Marinho, comandante da repressão contra manifestantes no última dia 15 de Maio, demonstra a força e o poder de pressão da #RevoltadoBusão e das instituições que se solidarizaram com o movimento.

OAB-RN, UFRN, professores, sindicatos, entidades estudantis, vereadores e deputados emitiram nota de repúdio contra a atuação policial (nenhuma delas saiu na imprensa neutra-imparcial-objetivo de credibilidade e que só cobre os fatos).

O acontecimento ricocheteia também no juiz federal Magnus Delgado. Além de ter cerceado os protestos em terreno federal, ou seja, em tudo aquilo que ele delibera (o que na prática foi uma proibição à #RevoltadoBusão), fez divagações contra os estudantes e vitimizou os “agentes” da lei”, que cumpriram tudo, menos a “lei”.

Prova são os vários laudos do ITEP-RN, que dão conta das agressões, choques, tiros de borracha sofridos por estudantes. Vários estudantes, professores e cidadãos prestaram queixa contra os policiais. Há ainda vídeos, fotos, relatos, etc (a não ser que tenha ocorrido um ato de auto-flagelo coletivo).

Enquanto isso, não há um único policial ferido. O que existe, isto sim, são textos de policiais no facebook, narrando que se divertiram bastante naquela noite, batendo nos estudantes. Mais. Que se estivessem na ditadura, teriam enchido a cara dos estudantes de bala. Tudo publicado aqui na Carta Potiguar e nas redes sociais.

A exoneração do Major Marinho é uma tentativa de colocar panos quentes, ainda que a instituição negue.

Magnus Delgado precisa explicar a razão de suas palavras em relação à #RevoltadoBusão.

Mostrar baseado em que publicizou aquele relato, que foi fortemente utilizado pela mídia Pró-Seturn para deslegitimar um protesto legítimo e pacífico.

A PM já recuou e exonerou o comandante.

Está faltando Magnus Delgado falar.

Reconhecer o erro e pedir desculpas são atos de grandeza.

#FalaDelgado.

PS. A União Nacional dos Estudantes representou contra o magistrado no Conselho Nacional de Justiça. Seu pai (José Augusto Delgado) e sua tia (Maria de Fatima Delgado Nobre) trabalharam para empresários que compõem o SETURN. Não seria o bastante para o impedimento, ou no mínimo, para que o juiz ponderasse um pouco mais o texto que assinou?!