“Eu acho que é muito claro que o cinema é a forma de arte preeminente de nosso tempo. Se Michelangelo ou Leonardo DaVinci fossem vivos hoje, eles estariam fazendo Avatar, não pintando uma capela.” 

Banksy

Essa é uma pergunta que perturba a mente humana há muito tempo. É o tipo de questão que se estende ao ponto da utilidade da arte e até mesmo da própria cultura e que foge a qualquer metodologia que prove sua serventia. Mas para que serve?

O cinema, antes de tudo, é uma grande indústria, e por isso movimenta largas somas de dinheiro todo ano, gera empregos, ou seja, é importante para economia de um local. A Califórnia sozinha possui um PIB que supera o do Brasil inteiro. Vale lembrar que além de uma agropecuária super desenvolvida, a Califórnia abriga os maiores estúdios de cinema do mundo, em Hollywood.

Além das implicações financeiras, o cinema é também entretenimento e lazer. Serve como aquela válvula de escape dos problemas mundanos, quando por mais de uma hora prestamos assistência aquele mundo de fantasia e rostos bonitos. É um grande ritualizador social: desde o ato de ir paquerar na sala escura do cinema ao DVD que é assistido por amigos numa sala que rescende pipoca. E por que não terapêutico? Pode ajudar na cama, apimentando uma relação mofina.

Cinema também é arte e cultura e por isso serve para retratar os costumes de um povo, local, ou época: seja passado, presente e até mesmo o futuro. Através do cinema podemos revisitar e fazer história. Como um forte meio de comunicação de massa, tem relação intrínseca com o devir político. Através da telona se pulverizam ideologias, denúncias, dúvidas e discursos capazes de transformar a sociedade e a compreensão humana em diferentes níveis e ordens.

A sétima arte também pode ter serventia pedagógica. Essa, inclusive, é uma prática bastante recorrente em âmbito escolar já que amplia as bordas do ensino-aprendizagem. Com sua linguagem universal o cinema é um elemento didático que habilita o aluno entender a diversidade e riqueza da imaginação humana, suas formas de expressões e o cotidiano.

Já dizem por ai que no Cinema tudo é possível: construir um mundo, nos lançar ao espaço ou até mesmo dentro da mente humana.  Ele tem autoridade até de discutir sobre si mesmo, sobre sua história e sobre seu destino. É, inclusive, pai da televisão e do vídeo, sendo assim, responsável direto por nossa aldeia global.

A verdade é que nesses 116 anos de história o cinema sempre nos foi útil, ele aprendeu a falar, adquiriu cores, formas e estéticas nunca vistos antes, chegou até mesmo a saltar nas nossas faces. Ele pode fazer você sorrir e chorar; se indignar ou se enternecer; se assustar ou se felicitar; ter todo tipo de emoção que o faça chegar mais perto, no final das contas, de si mesmo e a arte mais sublime e também a mais útil sempre será aquela que nos faz compreender melhor nossa própria natureza.