Rio Grande do Norte, quinta-feira, 16 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 19 de abril de 2012

“Excesso de arrecadação para minimizar os efeitos da seca”, propõe Fernando Mineiro

Rosalba Ciarlini tem mais uma oportunidade de ir de encontro ao perfil elitista que vem imprimindo em sua gestão.

postado por Daniel Menezes

Em decorrência de excesso de arrecadação, o governo do estado já remanejou mais de 360 milhões de reais entre suas secretarias. Tendo subestimado a geração de receita estatal, a gestão rosada aproveitou o que para ela foi inesperado, já que não fez planejamento apropriado, para fazer caixa.

Imagem: leunix

Uma administração tem suas prioridades e as do governo da Rosa, como chamam os bajuladores, não passam pelas questões sociais e muito menos pela valorização do funcionalismo público. Vide os cortes nas áreas de saúde, segurança e educação e o não cumprimento dos Planos de Carreira, Cargos e Salários dos servidores estaduais. Números maquiados e a Lei de Responsabilidade Fiscal estão servindo de desculpa para o imobilismo.

Rosalba Ciarlini tem mais uma oportunidade de ir de encontro ao perfil elitista que vem imprimindo em sua gestão. Ela pode aproveitar o excesso de arrecadação para conceder incentivos fiscais – temporários, pelo menos – para aqueles que atravessam situação de seca (139 cidades do RN sofrem com a escassez das chuvas), conforme propôs o deputado estadual Fernando Mineiro.

Ainda que seja importante, não basta apenas ir de pires na mão conversar com o governo federal. É preciso mais criatividade, para como ela gosta de dizer em tom solene, “fazer (de fato) acontecer”.

Se ela diminuiu o pagamento de ICMS para querosene de avião, em que o único vendedor no RN é o deputado federal da base aliada de seu governo Felipe Maia, filho do presidente do seu partido, o senador José Agripino, porque não pode também fazer o mesmo pelos norte-riograndenses?

MUNICÍPIOS, ESTADO DE EMERGÊNCIA E LICITAÇÕES

139 municípios decretaram estado de emergência. Além de facilitar a captação de recursos, permite que muitas atividades governamentais sejam empreendidas sem que se faça licitação.

A medida é necessária, mas é preciso fiscalização para que o procedimento não seja “desvirtuado”.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

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