Acabou dando a lógica. Micarla de Sousa, desaprovada por 09 em cada 10 natalenses e sem base de apoio partidário, preferiu o recolhimento. Em que pese os relatos da imprensa, que davam conta da entrada da atual prefeita no pleito, ela não disputará a reeleição.

Micarla de Sousa não será candidata, mas a escolha do ex-deputado Luiz Almir (PV) como seu substituto eleitoral, confirmada pela sua assessoria da imprensa, fortalecerá tese do segundo turno. É preciso esperar novas pesquisas para saber de quem ele irá tirar mais votos.

Com bases sólidas na Zona Norte e com “estrutura”, Luiz Almir dividirá os votos de todos os candidatos, inclusive, os de Carlos Eduardo, que lidera as pesquisas com mais de 50% das intenções.

A não-candidatura da prefeita pode ser interpretada pela sociedade como um atestado de que ela reconhece as críticas que vem sofrendo. Afinal, dado o jogo eleitoral, submeter à gestão ao crivo popular é o caminho, comumente, natural a ser seguido.

Resta saber se Luiz Almir entrará na disputa com a árdua tarefa de defender a administração verde. Se Micarla de Sousa vai pegar Luiz Almir para advogado. Eu apostaria que sim.

Luiz Almir atuará ainda como uma metralhadora. E Carlos Eduardo será o seu alvo.

A estratégia-retrovisor, que se mostrou desastrosa no decorrer de sua gestão, torna-se agora, pelo próprio cenário que Micarla criou, inevitável.