Rio Grande do Norte, domingo, 19 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 19 de outubro de 2012

Carlos Eduardo representa avanço

postado por Daniel Menezes

Quem não enxerga as diferenças estabelecidas entre os dois candidatos em disputa no segundo turno na eleição de Natal, expressa mais seu posicionamento e o modo como concebe a política do que, propriamente, reflete uma análise mais apurada da realidade. Demonstra pré-noção (negativa) sobre a arena eleitoral, desconsiderando o que está em jogo. Só vê a forma, varrendo para debaixo do tapete o conteúdo da batalha.

Carlos Eduardo e Hermano Morais não representam simplesmente duas candidaturas. Eles apresentam duas percepções de administração pública, cidadania, participação, democracia, saúde, educação, prestação dos serviços públicos. Estão alicerçados em forças sociais e políticas distintas. Em alguns pontos, há maiores convergências; em outros, a divergência se acirra.

Carlos Eduardo enfatiza que vai acabar com as terceirizações na saúde, defende um maior controle por parte da prefeitura do serviço de transporte público, e já esboçou um projeto de maior participação social. Seu arco de alianças começa no centro e termina na esquerda, com o apoio do PDT, PSB, PCdoB, PT, além de outras agremiações.

Enquanto isso, Hermano acredita ser possível terceirizar serviços públicos para a iniciativa privada. Não tocou na questão da entrega das Unidades de Pronto Atendimento as ONGs, relação que se mostrou perniciosa para o erário público, e endossou o aumento das passagens de ônibus por entender que ela estava, em suas próprias palavras, “defasada”. Tem o apoio do DEM, PMDB, PSDB, etc. Seu arco de alianças começa no centro e termina na direita, inclusive, entre setores mais atrasados da sociedade. Não à toa, alimenta pauta moralista sobre aborto, família, religião, etc.

Talvez, para quem não faz uso das ações públicas de saúde, a questão da terceirização da UPA seja algo menor, mas isso representa uma mudança tremenda na forma como o serviço será prestado para os cidadãos que utilizam a Unidade de Pronto Atendimento. Um maior controle dos custos que compõem a passagem de ônibus por parte do poder público pode significar um valor final menos elevado. Como fechar os olhos para isso?

Vale lembrar também que o segundo turno, com os dois candidatos postos, foi montado de modo soberano pelos eleitores de Natal. Carlos Eduardo e Hermano Morais entraram pelas urnas. Em nenhum momento, a democracia foi desrespeitada. Se nossa opção perdeu, que a gente construa, dentro do cenário estabelecido, uma escolha que mais se aproxime dos nossos ideais. Democracia, em que a via eleitoral é um espaço de participação, tem de ser valorizada quando se ganha, mas, sobretudo, quando se perde. Não é possível transformar a sociedade, se eximindo da política. Até porque um candidato vai ser escolhido, quer queiramos ou não.

A política se faz com senso de proporção, nos ensinou certa vez o sociólogo Max Weber. Nem sempre – ou sempre? – é factível obter exatamente aquilo que o ator almeja, o que não significa afirmar que não é possível atingir ganhos processuais e paulatinos.

Não relevar tais fatos é como dizer: não importo quem vença, aceito ser mandado porqualquer um deles. Aceito a separação entre os politicamente ativos, que decidem o destino da cidade; e os demais politicamente passivos, que são levados a reboque. O efeito prático do voto nulo e não participação eleitoral é a afirmação da passividade, ainda que o significado atribuído ao ato de não votar seja distinto.

Dependendo de quem leve, o RN terá o fortalecimento de um projeto político para 2014, 2016. Hermano Morais vencendo, a parada será dura para os Deputados Fernando Mineiro e Fátima Bezerra, reconhecidamente bons parlamentares, renovarem seus mandatos em 2014 ou alçarem voos mais elevados. Teremos o crescimento de uma via mais conservadora, com Henrique Alves, Garibaldi, Rosalba Ciarlini e todo o seu grupo, comandando, ainda mais significativamente, o RN. O próprio refugo micarlista, procurando sobrevida, atua em prol da candidatura de Hermano Morais.

Como desconsiderar todo esse cenário em nome de um suposto alheamento eleitoral? Como não se envolver?A vitória de Carlos Eduardo implicará numa reversão de um quadro em que a direita tomou para si as principais instâncias decisórias da política. Um futuro de renovação em relação ao que está posto.

Poderia me isentar da disputa e dizer: não ajudarei a eleger nenhum dos dois (ainda que, na prática, o alheamento eleitoral traga um resultado prático para a eleição), me mantendo neutro (limpo?). No entanto, prefiro tomar posição aberta sem me render a pseudo-imparcialidades, pois, além de ser mais honesto para com os meus leitores, digo, claramente, que reconheço, baseado naquilo que acredito, sendo também honesto comigo mesmo, que Carlos Eduardo representa avanço.

MALA

Silas Malafaia, que não é bobo, aproveita a eleição para se legitimar como uma liderança religiosa. Porém, o tiro está saindo pela culatra, pelo menos, para os candidatos. Tanto é que o candidato a prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), que usou fartamente a pauta moral (religião, aborto, etc) e foi apoiado pelo pastor evangélico, já tratou de esconder o dito cujo. Enquanto isso, Hermano Morais, que trouxe Malafaia a Natal, acha que vai crescer, utilizando semelhante estratégia na eleição de Natal. Difícil.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

26 Responses

  1. Analice disse:

    “Carlos Eduardo representa avanço”
    Menos, né?

    Mostrar as diferenças entre os candidatos, diferenças que muitos eleitores estão com dificuldades de enxergar, é válido e muito importante. Mas esse título soa engraçado – e um pouco triste, diga-se de passagem.

  2. Analice disse:

    “Carlos Eduardo representa avanço”
    Menos, né?

    Mostrar as diferenças entre os candidatos, diferenças que muitos eleitores estão com dificuldades de enxergar, é válido e muito importante. Mas esse título soa engraçado – e um pouco triste, diga-se de passagem.–

  3. Daniel Chacon disse:

    Parabéns pelo texto, daniel. Análise lúcida e responsável do que está posto nesse segundo turno.

  4. Daniel Menezes disse:

    Opa,

    obrigado, Daniel.

    Analice,

    dado o cenário, CEA é o avanço pra esquerda.

    abs.

  5. Seu Aluno disse:

    Muitas vezes não concordo contigo, professor, mas sei que suas posturas são sérias. Teu texto deixou bastante claro como você pensa a relação entre os dois candidatos e analisa o processo eleitoral do 2 turno em Natal. Depois da Cientec, irei lhe procurar para conversar mais sobre o seu texto. Abraços.

  6. Marcelo disse:

    CE representa avanço? em 2014 quem irá se candidatar a governador, ele ou sua vice? que cidade é essa q CE diz nas suas aparições que foi uma maravilha? essa foi de rir.

  7. Seu Cunhado disse:

    Sério doido? CE representar avanço é foda, vinte anos dessa gestão aí e natal estacionou, nos últimos 4 anos regrediu, HM também não representa muita coisa não, mas votar em C E é dizer “deixa pra lá o que aconteceu no passado, vamos superar isso”, lembrando que CE ainda vai ser julgado, se isso acontecer quando ele assumir o cargo e for condenado, quem irá assumir? Wilma? Difícil nossa situação eim…

  8. Daniel Menezes disse:

    Cunhado,

    Entre o projeto que CE representa e HErmano representa, Carlos Eduardo traz uma proposta mais democrática, inclusiva e participativa para a cidade. Mais. Irá possibilitar vida mais arejada para concepções de esquerda, em que as causas sociais falam alto.

    abs.

  9. Túlio Madson disse:

    Daniel, concordo em parte com seus argumentos e acho que o título foi bastante acertado, ele REPRESENTA. Carlos Eduardo em si é um retrocesso, até posso concordar que as forças políticas que o apoiam são menos prejudiciais do ponto de vista social, mais considerar um avanço acho que já é forçar a barra. Como você citou as eleições de 2016, imagine a incongruência que será o PT lançando candidato próprio contra o próprio Carlos Eduardo, tendo o apoiado anteriormente. Meu medo é que os dois vereadores petistas eleitos acabem dando respaldo a gestão dele e o partido (de forma discreta claro) acabe participando do governo e não lançando candidato próprio em 2016, ai serão mais 8 anos de gestão Alves. Com a valorização eleitoral da Copa, que certamente ocorrerá, precisamos de uma oposição forte para combatê-lo em 2016 e gostaria de ver o PT nesse papel, mas não ando muito otimista com isso.

  10. geopombao disse:

    rapaz, devem estar pagando muito para conseguir subornar um cara que vê, digamos, o background das forças convencionais aqui do Estado, voce sabe não somente do panorama político superficial, mas voce sabe que as administrações de ce e micarla tiveram a mesma política estruturante de décadas: terceirizações acima do preço, desestímulo ao servidor, excesso de cargos comissionados e uso da imprensa para maquiar. Quando eu vejo uma pessoa que não tem acesso votar nesses mesmos canalhas eu fico tranquilo, mas você, voce recebeu recursos dos nossos impostos para fazer um doutorado em ciencias sociais, voce sabe o que vai acontecer, mas mesmo assim defende a manutenção do mesmo status quo. Quanto te pagaram? foi um apartamento? foi um cargo comissionado? No máximo se voce for secretário adjunto são 3500 reais, o que para um cara com sua quantidade de publicações, doutor, é pouco. Tristeza, somente tristeza! Eles estão qeurendo comprar voce porque é um formador de opinião cara, mas não pense pequeno, não se venda por isso, consiga uma bolsa internacional, vá estudar lá fora, ter uma vida limpa ao invés de trocar isso por suborno, sua consciencia ficará mais feliz!

  11. Voto nulo disse:

    “Ideologia, eu quero uma pra viver!!!”
    Rapaz, já disse: cegos são aqueles que veem mudança quando as velhas estruturas são mantidas. Pode mudar a pintura, os objetos, mas a casa continua a mesma…
    Vc defende muito o PT. Inegável q há diferenças entre este e os demais partidos q já nos governaram. Porém, inegável tb que um partido q sobrevive aliançado com conservadores e membros da elite não vai colocar o dedo na ferida. Houve reforma agrária em dez anos? Não, nem poderá haver, dadas as “alianças de base”. E o funcionalismo? As greves federais foram à toa? Nem preciso responder…E as “concessões” (um lindo eufemismo p/ o setor privado botar a mão naquilo q seria responsabilidade pública).
    Em âmbito local, parece q a memória é curta: há exatos 4 anos, Fátima era o projeto, por excelência, da continuidade de C.E. Agora, Mineiro apareceu na TV, dizendo q os porblemas de Natal antecediam Micarla (leia-se: C.E., Vilma), e q a mudança era não voltar ao passado…Ora, então Fátima, há 4 anos, era a continuidade de um projeto político mesquinho?
    Acredito em partidos q tomem parte, q não tenham medo lutar, q não baixem a cabeça em nome de alianças com podres poderes. PT não é esquerda. Aqueles q acreditam numa esquerda de verdade devem se sentir onfendidos… Por isso, votar, nesse contexto, é, sim, legitimar uma democracia com partidos sem partido.

  12. André disse:

    Caro Daniel, não o conheço pessoalmente, mas acompanho seus textos na Carta Potiguar, os quais considero muito lúcidos e coerentes. São sempre fiéis a uma ideologia e distoante do que se propõe outras mídias aos nossos dias.
    Contudo, a lucidez e coerência anteriormente vista não foi retratada na presente matéria. Ora, querer transformar Carlos Eduardo em púpilo ou símbolo da esquerda Potiguar é deveras distoante ao que ele realmente representou enquanto gestor natalense. Ele que foi, na verdade, verdadeiro oportunista político sem fidelidade partidária, nem muito menos base ideológica. No segundo turno da campanha majoritária natalense a sua postura não é diferente, está fazendo uso de um discurso pseudoesquerdista que só transveste suas condutas escusas enquanto gestor para atrair o numeroso eleitorado do candidato Petista no primeiro turno.
    Ademais, não precisamos mais trazer à tona o quão sujo são as condutas do candidato CE e da sua vice, que busca ressuscitar-se no quadro política, apesar de ser a escória da campanha pdtista.
    Saudações!

  13. Daniel Menezes disse:

    Geopombão,

    não deveria te responder, mas gostaria de reafirmar o quanto é complicado dialogar com uma pessoa que faz um fake pra falar e apresenta dados da minha vida pessoal, que eu não trago à tona.
    Bem, diria, apenas, que não preciso provar nada para você nem muito menos para ninguém.
    Quanto a questão financeira, com os conhecimentos e habilidades que tenho, poderia gazar de situação muito melhor hoje.
    No entanto, abri de estabelecer determinadas parcerias comerciais, pelas consequências negativas, pelos menos para mim, que isso iria trazer.
    Vivo muito bem com o que ganho e estudo para me tornar professor efetivo.
    Agora, acredito na via eleitoral e, diante dos dois projetos postos, vou escolher um, aquele que mais se aproxime do que penso ser melhor para cidade.
    Voto nulo para mim, como já disse em outro post, é a afirmação de passividade, ainda que a intenção de quem vote nulo possa ser outra. A consequencia do alheamento eleitoral e do próprio debate implica em ser mandado por quem não se alhea e participa das eleições, da política.

  14. Daniel Menezes disse:

    Galera, dado o cenário, temos de ter responsabilidade: Carlos Eduardo vai ser melhor do que Hermano.
    Além disso, trará maior possibilidade pra esquerda.
    André, a política muda e é bom que seja assim.
    Nesse cenário, PT vai de CEA. Amanhã, se o cenário se alterar, tudo pode mudar, ou não.
    Abs.

  15. Caio Cesão disse:

    O Daniel em um de seus artigos demonstrou que perdeu a sua chance de passar num concurso da UFRN em virtude de uma “suposta” perseguição, daí resolveu apelar aos políticos para conseguir um cargo comissionado. Por isso a quantidade excessiva de apelações ao candidato que ele acredita ser o “melhor” pra Natal.

    😛

  16. Felipe Tavares disse:

    Dizer que C.E. é avanço foi a melhor piada do dia. Sério, estou rindo horrores! Vou pensar duas vezes antes de ler os artigos da Carta.

  17. Franklin disse:

    Representaria um avanço a proibição, por parte da justiça, das candidaturas de figuras como Carlos Eduardo e Vilma. Isso sim representaria um avanço!

  18. Guest disse:

    Não creio que votar nulo seja um “alheiamento eleitoral”. Votei em Mineiro no primeiro turno e até cogitei a possibilidade de voltar em Carlos Eduardo no segundo turno. No entanto, dei-me conta de que votar em C.E. não significa votar realmente no que eu acredito e sim em algo apenas parecido ou até mesmo menos ruim que votar em Hermano. Sinceramente eu não quero isso. Prefiro voltar nulo, coisa que até pouco tempo considerava uma covardia política, do que votar em alguém que “pode ser” melhor do que o outro. Votar nulo, nesse caso, significa dizer que não queremos isso. Creio que Natal, assim como o RN, tem que dar um basta nas oligarquias Alves, Maia e Faria. Morrerão os patriarcas como Garibaldi Alves, José Agripino Maia e ficaram pessoas como Fábio Faria, Henrique Alves, Felipe Maia e CIA. Então, nesse momento, votar em Carlos Eduardo Alves não significa seguir em frente.

  19. Mirla Guedes disse:

    Não creio que votar nulo seja um “alheamento político”. Eu votei em Mineiro no primeiro turno e pensei em votar em Carlos Eduardo no segundo. Mas, dei-me conta que votar em C.E. não significa votar no que eu realmente acredito e sim votar em algo parecido ou até mesmo menos ruim que votar em Hermano. Por isso votar nulo, coisa que até pouco tempo considerava uma covardia política, significa dizer que não me contento com um ‘pode ser’, significa dizer que quero mudanças. Já passou da hora de Natal e do RN dá um basta nas oligarquias Alves, Maia e Faria. Morrerão seus patriarcas (como já se foram tantos) como José Agripino Maia, Garibaldi Alves e ficarão gente como Felipe Maia, Henrique Alves e Fábio Faria. Por isso, nesse momento para mim, votar em Carlos Eduardo Alves não significa seguir em frente.

  20. Daniel Menezes disse:

    Guest,

    em matéria de sociedade, pouco vale a intenção, mas o resultado e como as pessoas irão absorver tua ação.

    Você pode votar nulo, para dizer: tô insatisfeito com as opções. Na prática, a primeira coisa que o TRE vai fazer é descartar os votos nulos e só considerar votos válidos.

    Caro, nessa perspectiva, você vai cair na vala do esquecimento. Este será o resultado prático do seu “protesto”.

    abs.

  21. Dhiego disse:

    Artigo Partidário é tudo uma porcaria só! Mineiro fez besteira e traiu a grande maioria dos seus eleitores. Carlos Eduardo e Hermano Morais representam tudo que é de mais atrasados na política potiguar.

  22. Leon K. Nunes disse:

    Bom artigo. Concordo em tudo, assim como aos comentários. As perspectivas pra esquerda são boas sim. Se o bloco da Frente de Esquerda tivesse/tiver uma atuação responsável na Câmara (receio que serão muita gritaria pra pouca ação, mas disponho-me a torcer que não), digo que podemos vislumbrar bons momentos pra cidade. A respeito do PT, meu lamento maior é este partido não ter cedido logo no começo da campanha e entrado na disputa como vice de Carlos Eduardo. O espaço existia e certamente esse seria um cenário plausível. Uma pena não ter virado realidade. Mas felizmente os petistas fizeram a escolha mais consequente, e espero que o apoio a Carlos Eduardo não se reduza à campanha, mas sim à gestão: o PT tem que participar junto, é obrigação! Todo apoio a Carlos Eduardo contra os obscurantistas do Garibaldipino!

  23. voto nulo disse:

    Daniel, acho q vc não leu minha mensagem direito: eu não fiz apologia do voto nulo. Meu foco aqui foi outro: criticar o esquerdismo falso que muitos incorporam em razão de mero oportunismo eleitoral. Quanto a isso, eu critico não só C.E., mas tb o próprio PT. Um partido capaz de fazer alianças da pior espécie (Maluf em São Paulo e, aqui, nossas oligarquias locais) não merece credibilidade – nem votos. Podem achar q nada vale, mas creio q ainda devemos ser guiados por um mínimo de coerência. “Dize-me com quem tu andas e te direi quem tu és…”

  24. voto nulo disse:

    Daniel, minha mensagem aqui não foi pra fazer apologia do voto nulo. Não. Meu foco foi outro: criticar qualquer espécie de pseudoesquerdismo, praticado tanto por C.E., quanto pelo próprio PT. Este, ao procurar as mais absurdas alianças (vide PT-Maluf em S.P; Alves e Faria aqui [sim, C.E. e Vilma são representantes, não?]), este q se intitula partido dos trabalhadores, na verdade acaba pagando o alto preço de suas alianças: como mudar se om poder é mantido com as velhas figuras carimbadas??? É isso q eu pergunto p/ Natal…

  25. José Neto disse:

    Prezado Daniel, concordo com a opinião do André…
    Gosto bastante dos textos da Carta Potiguar, mas acredito que neste momento, vocês colunistas, deveriam ser menos partidaristas.
    Escrever sim, mostrando as falhas, denunciando e etc., mas sem querer conquistar votos para seus afetos.
    Deixe que o povo construa sua própria opinião, se você já tem a sua, é sua e basta.

  26. americo disse:

    Concordo com o texto, mas me surpreende o teor da maoria destes que comentaram. Acho que esse pessoal deveria estar lendo a Veja ou a Folha, não a Carta Potiguar.

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