Rio Grande do Norte, sábado, 18 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 14 de novembro de 2012

O que Carlos Eduardo aprendeu com Micarla de Sousa

postado por Daniel Menezes

Carlos Eduardo inicia o debate sobre a sucessão, sobre a composição do grupo que irá ocupar os cargos de primeiro escalão.

E algo já fica claro: além de mudar o modelo de gestão (vide o perfil de sua equipe de transição), Carlos Eduardo demonstra também que, pelo menos em um quesito, Micarla tem muito a ensinar.

Em suas entrevistas, o prefeito eleito vem se negando a comentar a respeito da sua rival. “Natal perdeu quatro anos, sabe o que aconteceu e não adianta eu me lamentar. A dificuldade é grande, mas eu me elegi para enfrentar o desafio. Não quero falar da ex-prefeita”, disse.

Ao contrário de Micarla de Sousa, que passou, praticamente, toda a sua gestão falando do ex-prefeito, alojando o PDTista confortavelmente na oposição e lhe garantindo a vitória recente no pleito eleitoral de 2012, CE já deixou claro que quer que a prefeita desapareça do imaginário dos natalenses.

Óbvio que vai sempre lembrar aos seus eleitores de onde veio o caos financeiro-administrativo e como recebeu a prefeitura. No entanto, já cuida de não polarizar com a borboleta. Afinal, qual o ganho, depois de eleito, de ficar polarizando com um fantasma político?

Agora, nos bastidores… Aí… a auditoria vai ser grande e tudo que é “milacria” vai aparecer da (in)gestão da borboleta.

MADUROS

Na escolha da equipe de transição, Carlos Eduardo mostra que, ao contrário de Micarla de Sousa, não vai trabalhar com secretários “verdes”. Vem escolhendo gente experiente e com garabito para assumir a difícil tarefa de alterar a situação em que Natal se encontra.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

4 Responses

  1. Caio Cesão disse:

    “Ao contrário de Micarla de Sousa, que passou, praticamente, toda a sua gestão falando do ex-prefeito”

    Os petralhas agora enaltecem o Carlos Eduardo sem ele nem sequer ter começado a gestão. Que ridículo.

    Isso que é entender e debater bem política? Meu Deus! Depois sou eu que não sei dabater, sem argumentos, mimimi…

    É plenamente recomendável esperar primo do Henrique Alves começar a trabalhar, antes de ficar proferindo idiotices pra depois, daqui a 2 anos, não estar escrevendo desabafos pessoais neste diário pessoal.

    • Caio… acompanhando seus comentários aqui no carta potiguar cheguei a hipótesse que esse site é mais desabafo seu do que o dele hehehehehe
      Mas concordo com você, Daniel ta dando tiro no pé falando antes dele assumir…

  2. Caio Cesão disse:

    A frustração de não ter conseguido levar o Mineiro ao segundo turno é tão grande que os seus capachos ficam catando e espremendo desesperadamente qualidades no Carlos Alves sem ele sequer ter tomado posse. Deve ser uma angústia muito grande.

    Vale lembrar que uma coisa era a cidade de Natal na época que ele foi prefeito, e ainda assim foi um gestor ruim; outra coisa é Natal HOJE. E eu prevejo o Cadu não vai conseguir chegar nem a 1/4 do que a cidade era antes.

  3. Leon K. Nunes disse:

    Carlos Eduardo não está fazendo isso por estratégia, mas sim porque não faz mesmo seu perfil. Nem Lula que pegou a herança de FHC precisava se sustentar na negação do presidente antecessor (pois o fardo de Lula foi enfrentar 500 anos, não 8 de FH). Micarla e Rosalba que inauguraram no Rio Grande do Norte essa prática de SUSTENTAR a gestão com base nesse discurso, isto é: muitos – talvez todos – usam discursos de crítica da gestão anterior, mas somente elas precisam deliberadamente deles para adquirem discurso. Micarla usou esse discurso por um ano, depois, no terceiro ainda o usava, no quarto se ainda usava, não fazia diferença (ninguém mais a ouvia). Já Rosalba ainda não se livrou desse carma. Trágico.

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