Rio Grande do Norte, quarta-feira, 15 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 6 de junho de 2013

Governadora do DEM deve deixar partido e reforçar base de Dilma

postado por Daniel Menezes

Me perguntaram porque setores historicamente ligados a José Agripino estavam criticando frontalmente a “Rosa”, como é chamada pelos bajuladores. Eis a resposta.

 

Da Folha

 

13135108A governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, negocia deixar o DEM e engrossar a base aliada do governo Dilma Rousseff. Ela deve anunciar sua filiação ao PTB nos próximos dias.

O Estado potiguar, visitado por Dilma na última segunda-feira (3), é o único comandado pelo Democratas desde que Raimundo Colombo, governador de Santa Catarina, ingressou no PSD de Gilberto Kassab, em 2011.

Conterrânea do presidente nacional do DEM, o senador José Agripino Maia –ambos são de Mossoró (RN)–, Rosalba se recusou a participar do programa nacional do partido que vai ao ar nesta quinta-feira (6) em todo o país.

Ela não quis ter a sua imagem veiculada a uma peça de propaganda crítica ao Palácio do Planalto.

Folha apurou que a articulação de mudança de partido envolve o petista Jaques Wagner, governador da Bahia, terra do presidente do PTB, Benito Gama.

Gama foi secretário de Desenvolvimento Econômico de Rosalba até novembro do ano passado e vai substituir o também baiano César Borges, agora ministro dos Transportes, numa das vice-presidências da Caixa –outra costura que teve o dedo de Wagner.

Anfitriã da visita presidencial a Natal na segunda-feira, Rosalba não poupou elogios à presidente, a quem chamou de “sensível, determinada e corajosa”, além de “presidente de todos os brasileiros”.

“Tenho a clara noção de que meu cargo e meu trabalho estão acima de qualquer questão e isso me dá o direito de agradecer e aplaudir”, disse a governadora.

O objetivo de Rosalba com a mudança para o PTB é ficar mais confortável para se declarar dilmista no final de sua gestão e ganhar mais força na tentativa à reeleição.

Avaliações internas, porém, indicam que a migração “vai dar trabalho” devido à lei de fidelidade partidária. O Tribunal Superior Eleitoral só considera justa uma mudança do tipo se ela ocorrer para uma nova sigla, se o partido anterior sofreu desvio de linha programática ou por “grave discriminação pessoal”. Ainda não foi definida a estratégia a ser usada para justificar a migração de Rosalba.

Por meio de sua assessoria, ela negou a negociação. Internamente, o PTB considera a troca como certa.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

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