Rio Grande do Norte, segunda-feira, 29 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 29 de março de 2019

Natália Bonavides cobra explicações do Ministro da Educação sobre os impactos da Reforma da Previdência nos profissionais da Educação.

postado por Carta Potiguar

Em reunião da Comissão de Educação da Câmara Federal, realizada na última quarta-feira (27), a deputada federal Natália Bonavides (PT/RN) questionou o Ministro da Educação, Ricardo Vélez, a respeito dos impactos negativos da Reforma da Previdência na aposentadoria das professoras e professores da educação básica. Citou como exemplos a fixação do tempo mínimo de 30 anos de contribuição e de 60 anos de idade mínima, sem distinção entre homens e mulheres, para se aposentarem e a possibilidade de acesso a aposentadoria integral somente após de 40 anos de contribuição.

“Eu gostaria de saber se a equipe econômica do governo Bolsonaro submeteu a PEC à avaliação do Ministério da Educação, e se o Ministro é a favor dessas mudanças ou se posiciona a favor das professoras e professores”, questionou Natália. (Foto: Lula Marques)

Bonavides ressaltou que a proposta, na prática, acaba com a aposentadoria especial do magistério na educação básica, desvalorizando ainda mais a profissão, que já se encontra bastante precária. “Eu gostaria de saber se a equipe econômica do governo Bolsonaro submeteu a PEC à avaliação do Ministério da Educação, e se o Ministro é a favor dessas mudanças ou se posiciona a favor das professoras e professores”, questionou Natália.

A parlamentar ainda lembrou que professoras e professores da educação básica possuem remuneração média inferior a outros profissionais com a mesma escolaridade. Destacou que o exercício da docência gera desgastes e causa diversos problemas de saúde, como doenças psiquiátricas, psicológicas, problemas cardiovasculares e calos nas cordas vocais. “Grande parte dos profissionais lecionam mais de um turno para completar a renda, ou seja, a reforma é incompatível com as exigências impostas aos profissionais da docência”, afirma a deputada.

O Ministro não soube responder os questionamentos da parlamentar e afirmou que a responsabilidade de votar a Reforma da Previdência é dos deputados e deputadas.

 

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