Rio Grande do Norte, sábado, 27 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 20 de março de 2012

Nota sobre o fascismo de alguns playboys natalenses

postado por Daniel Menezes

Não vou fazer um longo post. Apresentar uma pequena nota para extravasar a minha indignação. Em conversa com uma amiga, que investiga a questão das relações de gênero, soube de uma prática fascista relativamente comum na cidade.

Segunda ela, há muitos playboys que saem em seus carrões durante a noite, munidos de sons potentes, apenas para jogar ovos nos travestis que trabalham no mercado de sexo de nossa cidade e que ficam na avenida Eng. Roberto Freire.

Além do repúdio, pois a ação é abjeta, cabe perguntar: em quem esses moleques estão, de fato, atirando ovos? Será que não há uma projeção aí se processando? De tentar acertar um “eu interior” que esses playboys tentam esconder?

 

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

13 Responses

  1. David_rego84 disse:

    não é só nos travestis…
    uma vez eu tava na parada umas 4h da manhã e jogaram em mim tb. os travestis podem até ser os principais alvos, mas qualquer “vagabundo” q tiver na rua vira alvo..

  2. Americo disse:

    Trata-se de prática antiga. Lembro de que há mais de 15 anos os muleques de colégios atiravam “pitombas”, chicletes e outras coisas, de dentro dos ônibus nos pedestres nas ruas. Parece que a prática involuiu, junto com a massa encefálica da playbozada.

  3. Renato Pontes disse:

    Durante a madrugada a Roberto Freire vira um “circo de horrores”. Já vi cada cena protagonizada pelos “playboys”… Até surf no capô do carro.

  4. José disse:

    Este costume existe a mais de 20 anos. Muitos que estão hoje em posição de “destaque” na cidade de Natal, badernavam na R. freire.

  5. Daniel Menezes disse:

    Caríssimos, não sabia dessa coisa. 
    Poxa, é algo que faz a gente parar de crer na alma humana.
    O preconceito já é por si só algo condenável, imagine a pessoa sair de casa para jogar ovo em outra. Puta merda.
    A humilhação que representa para uma pessoa receber uma ovada na rua…
    Deveria ser preso.

  6. Hoje vi um rapaz com camiseta de cavalo e números cuspir chiclete no chão do shopping, a poucos metros de uma lixeira. Fiquei perplexa! Imagino como reagiria se presenciasse uma situação dessas. Acham que são donos do mundo. 

  7. Jefferson Santos disse:

    Comportamento deplorável, o de tais indivíduos, que antes de desrespeitarem os outros, estão se auto-depreciando cometendo esse tipo de prática. Acredito que rondas policiais na área fariam decrescer a ocorrência destes episódios. Agora a fiscalização, tem que ser de fato séria e honesta, e em caso de fragrantes, promover as devidas sanções penais a estes infratores da madrugada.

  8. Daniel Menezes disse:

    Jefferson, concordo contigo. Infelizmente, a polícia não leva essas denúncias a sério.
    Há a certeza da impunidade. 

  9. Marcelo Oliveira disse:

    pois vc esta meio desatualizado, existe ate tapetadas em lixeiros q trabalham durante a madrugada. o que seria isso tbm? vontade de ser lixeiro?

  10. Daniel Menezes disse:

    Marcelo,

    tentei apenas fazer uma provocação. Mas você tem razão. Como diria Freud, um charuto às vezes é só um charuto.
    Tapetadas em lixeiros? Vixe, pela quantidade de exemplos, o negócio é mais sério do que eu imaginava.

  11. Tiago Cantalice disse:

    As travestis! Por questão de gênero!

  12. Jonataferreira disse:

    Acho que a playboyzada tem feito muito mais coisas, e piores do que isso, não que tenha de ser punido, por se tratar de um ato covarde, mas pq eles têm a velha sensação de q tudo pode.

  13. Silva disse:

    Esse playboy do desenho é a cara de fábio faria…

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