O Tribunal Superior Eleitoral, depois de judicializar a política – vide a discussão sobre as redes sociais -, pede, em sua campanha publicitária, para que as pessoas “votem limpo”.
O que significa essa ação, se não uma imposição moral? Alguém por um acaso procura votar sujo? Mais. O que pode se caracterizar como limpo para mim não será sujo para outro eleitor?
No final das contas, o TSE defende a honestidade como projeto político. Ora, honestidade nunca foi nem será plataforma de ação. É pressuposto. Ser de “higienópolis” não diz como administrar a saúde, de que forma contribuir para melhorar a educação, resolver o problema da mobilidade, etc. Além do mais, o candidato pode ser honesto e representar interesses particularistas.
O TSE acaba por privilegiar, ainda que não seja a sua intenção, candidaturas vazias, que pecam pelo principal: não tem o que dizer, nem muito menos encarnam os anseios da maioria. Na falta do que apresentar, ou ocultando inclinações pouco democráticas, o político demonstra a “ficha limpa” como plataforma de governo.
O TSE resume o voto a uma questão do “rouba” ou “não rouba”. Deseducativo.
Mas ainda fica outras indagações: será que o “vote limpo” foi proposto pelo autor da série “O Brado Retumbante”, ou pelo escritor do livro “A cabeça de brasileiro?!
Duas certezas: foi eleitor de Jânio Quadros e sufragou sua escolha em Demóstenes Torres.
RENOVADO
Depois de um bom descanso psíquico e o telefone tocando menos, estou voltando…
Que bobagem: ”
No final das contas, o TSE defende a honestidade como projeto político”. Defenda a desonestidade do seu PT, já que, para você, os outros são também desonestos E sem “projeto de Brasil”. Vote sujo!
Guto, deixei claro o que entendo da questão da honestidade na política. Honestidade é pressuposto. Tanto é encontrada na esquerda como também na direita.
E aí, se os partidos têm quadros portadores de honestidade, como escolhe e a partir de quais critérios?!
Caro Daniel, primeiramente é bom tê-lo de volta aqui na Carta, eu comecei a tecer um comentário ao seu texto, me empolguei, e quando vi tinha escrito outro. Respondo em outro post então.
Quao burro pode ser o camarada que acha que o Daniel ta defendendo que se vote na desonestidade? como ele bem disse, ser honesto nao é virtude, no minimo tem que ser obrigação de todos os concorrentes, e o que o TSE esta propagandeando é o obvio, o Brasil nao precisa so de gente honesta, ate porque temos o exemplo de nossa nobre governadora, nada ate agora aponta para ela ser uma corrupta, isso nao significa que ela esteja exercendo um bom mandato. precisamos de gente competente, que saiba resolver os problemas de nossa cidade, estado e país. honestidade nao é virtude é obrigaçao, o TSE precisa fazer uma campanha pelo voto do melhor projeto, mais do que de honestos falta gente competente na politica.
Quão burro pode ser o camarada que acha possível “que se vote na desonestidade”? O mesmo burro que quer politizar o TSE com campanha no “melhor projeto”.
Valeu! Lucas!
às vezes fica a impressão de que a honestidade é uma qualidade especial e que no Brasil só tem corrupto. Ora, temos de vomitar essa visão do colonizador que nos foi introjetada e hoje compartilhamos como verdade suprema. Natal, o RN, o Brasil precisam de bons projetos POLÍTICOS.
O TSE só reproduz uma ideologia de um estrato da classe média, que é bem demodê, além de ter se mostrado ineficaz na prática.
Não terminaram bem os projetos que foram erigidos em torno de uma suposta superioridade moral do candidato honesto, que empunha uma vassoura para “limpar” a política.
o sistema educacional brasileiro ta mesmo falido, o sujeito nao consegue entender duas vezes seguida o que esta lendo, ehh brasilzao, formando analfabetos funcionais cheios de razao.