Rio Grande do Norte, segunda-feira, 13 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 9 de outubro de 2012

Devolver o salário não é projeto político

postado por Daniel Menezes

As vereadores eleitas, Professora Eleika (PSDC) e Amanda Gurgel (PSTU), avisaram que não vão ficar com os seus salários.

Enquanto a democrata-cristã alega que vai empregar os vencimentos como vereadora, para impulsionar atividades em prol da educação. Amanda Gurgel alega que só vai ficar com a parte referente ao seu antigo salário de docente, cerca de 2700 reais (o vereador tem em contracheque de 15 mil reais). O restante repassará para a sua agremiação.

A decisão das vereadoras é soberana. O dinheiro é delas e elas dão a destinação que acharem conveniente. Mas está em jogo também o significado político de tal atitude. Ao dizer que não vai ficar com o salário e fazer disso uma plataforma eleitoral, como ocorreu com a vereadora Eleika, a professora alimenta o mito de que política é algo que só serve para gastar dinheiro público. Assim, quanto menos política…, melhor.

Nesta lógica, o bom representante não é mais aquele que encarna interesses coletivos e legisla em prol da democrática arbitragem dos mais variados anseios sociais. O político valorizado é o que “oferece menor prejuízo”. Com isso, sai a construção da polis como um espaço de debate, da representação de interesses e construção de consensos para o melhoramento da sociedade e entra a ideia da política meramente como honestidade, que basta gastar pouco e não roubar, para se tornar digno de nota.

A política é uma atividade profissional remunerada, e assim deve permanecer. Até para não acontecer com a Câmara Municipal do Natal, o que ocorre com os dirigentes de clube de futebol no Brasil, que trabalham de maneira amadora sem vencimentos, com os resultados conhecidos. A sociedade remunera porque quer ter o direito de cobrar, também, de um trabalhador que se dedica exclusivamente para a sua atividade parlamentar, no caso da Câmara Municipal do Natal.

O que preocupa é o preconceito em relação a política e aos representantes, que essa atitude ajuda a institucionalizar/fortalecer. O vereador trabalha muito: são sessões e mais sessões, debates, visitas a comunidade, conversa com os representados. Merece receber salário sem qualquer questionamento.

Em relação a Amanda Gurgel, que cede os seus recursos por direito para o PSTU, há a consagração do coletivo em detrimento do individual. Um tipo de projeto que apaga a pessoa e diviniza a lógica do grupo partidário. Bem, é preciso estabelecer um limite quanto a essa invasão consentida. Já há o fundo partidário e a agremiação se vale de tal recurso público, para manter suas atividades de representação e de disputa democrática. Mas Amanda cria uma figuração em que o PSTU é tudo e ela não é nada. Uma adoração que se assemelha aos tempos de partido único, ou mesmo das relações entre fieis e pastores.

No final das contas, as duas ações descambam para a configuração do semelhante cenário, que é desvalorizar a política profissional e pintá-la como o espaço do dinheiro fácil e farto, que está sendo desperdiçado, enquanto os cidadãos não tem outros serviços (educação), ou foram tolhidos em suas expectativas partidárias.

Em suma, prestam um desserviço simbólico-objetivo com os seus gestos, ao esvaziarem o labor contido no contexto da representação parlamentar. E aonde há trabalho profissional, não há nada que diminua quem receba por ele.

DEMOCRACIA

A professora Amanda Gurgel nem assumiu e já está sendo objeto de crítica nas redes sociais. Ela foi eleita pelo voto e é de bom tom respeitar a atitude soberana vinda das urnas. No mais, torcer para que ela faça um grande trabalho em seu primeiro mandato.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

17 Responses

  1. Paulo Emílio disse:

    (O comentário certo é esse. Ignore os outros dois. Estou em outro pc e não lembro o login para entrar no sistema e apagar os comentários).

    Daniel,

    Ontem mesmo havia
    gente cruxificando a Amanda e a Eleika por ela fazerem “voto de
    pobreza”. Porém, devemos analisar as condições de ambas. Eleika é
    aposentada da UFRN (deve receber 10 mil, no mínimo), além de todos os
    bens (casa, carro etc.) que foram adquiridos com a carreira de
    professora universitária. Para ela, é fácil abdicar o salário. Já a
    Amanda é professora da rede pública, vem de família pobre, mora num
    lugar de classe média baixa e é bem mais nova que a Eleika. Para ela
    abdicar uma possível ascensão em nome do partido (consequentemente da ideologia do mesmo) é bem mais difícil, por isso mais “digno”. Todavia, sua análise é bastante pertinente. Não podemos “santificá-las” por essas atitudes (até porque nem o mandato nem começou).

    Ainda que eu não tenha votado na
    Amanda, fiquei bastante feliz com a eleição dela. Ela (e o partido)
    mostrou que dá para fazer campanha sem gastar milhões (Rogério se lascou
    uhaehueahueuhu). Recriminam a Amanda por ela ter ido ao programa do
    Faustão, mas ninguém lembra qual foi o motivo para ela ser convidada ao programa.

    Enfim, espero muito que ela e os outros dois da coligação façam bastante barulho na câmara. Eu não concordo com a política de extrema esquerda do PSTU-PSOL, porém, prefiro 50 Amandas à 1 impactado, filho de pistoleiro impactado, playboy plastificado, personagem fabricado etc…

  2. D Moura disse:

    entendo o posicionamento, mas acredito no projeto!

  3. Carlos Lacerda disse:

    Discordo do fato de que abdicar do salário implique em desmerecer o exercício em questão ou leve ao pensamento de que “oferecer prejuízo menor” é melhor. Na minha opinião mostra que as duas estão realmente dispostas a trabalhar como representantes da população municipal sem visar apenas o cargo (salário, status, poder..). A questão maior é que o valor de quase 15 mil reais para distribuídos por mês entre os 29 vereadores da capital é exorbitante, não reflete o desempenho dos serviços prestados por todos os ~impactados~. Almejo o Brasil seguindo a ideia de alguns países europeus onde há sim uma ajuda de custo, mas o candidato tem de ter uma exclusiva dedicação para com o cargo, afinal se ele escolheu representar a população por vontade própria não dever querer levar vantagens financeiras exorbitantes em cima disso.

  4. Caio Lima disse:

    Gostei do texto e concordo com a análise, mas prefiro pensar sob um outro ponto de vista.

    Eu não vejo que a atitude dela vá levar ao extremo de fazer pensar na lógico “quanto menos política, melhor”. Eu acredito que esta é, de fato, uma possibilidade, mas esta atitude também revela o reconhecimento de uma não necessidade de tal quantia em dinheiro para elas. É sabido que os vereadores trabalham bastante, sem dúvida, mas outras profissões também trabalham exaustivamente e não chegam a somar, sequer, 2 mil reais em seu contracheque. A atitude delas tem um cunho verdadeiramente político, sem dúvida, mas é um cunho válido e muito crítico à real situação da Câmara dos Vereadores de Natal, visto a quantidade de vereadores que não se importam em trabalhar pelo bem comum, corrompem dinheiro público e, ainda assim, recebem os seus 15 mil sem peso na consciência e sem merecer (dado pela lógica trabalhado exercido x salário recebido).

  5. Caio Cesão disse:

    Eu, particularmente, não concordo com esse de cortarem esse dinheiro todo dela, da Amanda. Deveriam deixar mais uma “graninha”. Ela precisa de um cargo, deveria contratar bons assessores, investir na imagem, etc. pra cativar mais eleitores pro futuro.

    Quanto a atitude da professora Eleika, acho que é uma atitude particular dela. A mulher já ganha muito bem, qual é o problema de renunciar o salário? Em outros países os políticos nem recebem e alguns recebem miséria.

    Vale frisar que Natal é a segunda capital de maior salário em câmara municipal.

    Agora o Daniel, pra variar, já começou a vomitar asneiras.

    Meu jovem, você está sendo pago pra interpretar maluquices em prol do PT??

    Como você quer que eu pare de te “atazanar” se a cada dia é uma pérola diferente?

    Acho que a simbologia do doar o salário talvez tenha outro significado que você anda não conseguiu atentar. Mas deixa quieto.

    Mas pelo amor de Deus, meu caro! Seja um PETISTA, não um PETRALHA.

    Pare de escrever com esse ódio maciço que você tem contra os integrantes do PSTU, PSOL ou o que diabos for. Isso está fazendo a qualidade dos artigos caírem. Meu caro, deixe elas começarem o mandato, daí se realmente estiver ruim, você critica. Agora ficar com esse “ciuminho”? É tenso demais! Putz!

    Você mesmo assumiu que tem problemas na UFRN, problemas com a direita e recentemente disse que estava tendo alguns desconfortos com os seus colegas da Carta Potiguar.

    Então me diga: o problema é realmente eles ou você?

    Eu fico com a segunda opção.

    Não tem cabimento um quase doutor em ciências sociais ficar escrevendo uma pérola atrás da outra com a benção de Mineiro… aí é demais, meu véio! É apelativo demais!

    Use seu conteúdo pra pensar melhor sobre outras coisas ou então deixe que Mineiro venha logo escrever por você aqui!

    Affffffffff

    =P

  6. Jules Queiroz disse:

    Tem também a questão de que o salário do vereador é o menor gasto. Considere-se o mundo de assessores e o altíssimo valor da verba de gabinete. Disso ninguém abre mão, realmente.

    Mas no fim das contas o fim e nobre e a decisão é delas. Tomara que essa renúncia não vá ser realmente a plataforma política mais relevante do mandato.

  7. Ângela R Gurgel disse:

    Sua análise é pertinente. Entretanto sempre fui simpatizante de uma câmera sem salários. Vendo de um modo bem simplista, isso afastaria os politiqueiros de plantão (infelizmente a maioria). Concordo que vereador trabalha (alguns bem menos do que deveriam), quanto a ser remunerado por isso já é questionável. Pode ser utópico, mas pelo menos no interior, é o salário que atrai boa parte daqueles que se candidatam. Convenhamos que é bom salário para um cargo que não pede nenhuma qualificação. A atitude de Eleika e Amanda suscitará muitos debates, tenho certeza, mas ainda assim, vejo com bons olhos (veria mais ainda se tivesse sido feita em silêncio, mas, cada um sabe de si e como o salário é delas que seja usado como acreditam ser certo). Abraços

  8. Pedro Andrade disse:

    Muito pertinente sua análise Daniel.

  9. O mito de que política é algo que só serve para gastar o dinheiro público? Então agora é um mito, não é a realidade podre que você vê todos os dias, em cada buraco na rua que faz a roda do seu carro vacilar, em cada ônibus lotado que você pega, sempre correndo o risco de acordar no dia seguinte e ter que pagar mais caro por uma passagem? Não é um mito, cara, a corrupção existe. Os candidatos despreparados e incrivelmente sedentos por dinheiro existem. A política é isso, é um porco gordo cobiçado por várias pessoas que só enxergam o lado lucrativo da coisa, e não a função real e profissional de ter que administrar a sociedade.
    Eu fico surpreso com a quantidade de pensamentos ácidos e incisivos que você conseguiu desprender somente a partir de um ato singelo e verdadeiro – algo que está muito em falta hoje em dia. As duas candidatas, renunciando o salário, mostram que estão querendo entrar na política, não pelo lado incrivelmente lucrativo, mas pelo desejo de poder administrar a sociedade defeituosa em que se inserem, e poder melhorá-la. Elas não precisam de quinze mil reais. Eu não preciso. Você não precisa. Há valores menores que são o suficiente para viver. Mas há um martelo que bate todos os dias na nossa cabeça anestesiada demais para sentir, e o martelo diz: quanto mais melhor, você vive da grana, deixe a grana dominar você. É tudo questão de querer. Você quer ser um político e fazer o bem para a sua cidade? Você vai lá e faz, e não importa se estará recebendo três mil ou quinze mil, se estará morando num apartamento apertado ou num condomínio confortável. Porque você vive. E viverá tendo na sua cabeça a consciência de que está, de fato, trabalhando pela administração, e não por pedaços de papel sujos que compram vidas..
    A sociedade que remunera e que quer ter o direito de cobrar é também aquela que se encontra no nível social atual. Você fala como se vivesse numa sociedade perfeitamente administrada. Reconheça o caos, a podridão daqueles que nos administram, a corrupção e toda a indiferença da maioria daqueles que já exercem este cargo.
    Vereador trabalha muito, são sessões e mais sessões? E um cobrador de ônibus, e um professor, e um médico? Trabalham menos? Não. Suam mais, ou tanto quanto. Por que então há diferenças salariais tão altas? As pessoas não ganham pelo esforço ou pelo trabalho exercido, ganham pelo prestígio do cargo que elas exercem.

  10. Ernesto disse:

    como é possível não questionar o salario dos políticos porque eles trabalham muito e vão pras comunidades? amigo nenhum trabalho é fácil a empregada acorda cedo pega um ônibus lotado trabalha chega em casa arruma sua propria casa, trabalha o dia todo e recebe um salario minimo, na Holanda a politica não é remunerada, apenas alguns cargos são e ainda assim muito se faz por la, muito mais que aqui inclusive, pessoas com ensino superior depois de estudar anos, não chegam a ganhar 10 mil, e você acha que um vereador apenas tendo 18 anos e não sendo analfabeto deve ganhar tanto assim e não ser discutido, alem de criticar uma boa atitude dessas senhoras, pois pode gera uma má visão aos políticos a má visão já existe, e realmente são poucos que fazem algo pelo povo pois sabemos que esse meio predomina os corruptos, agora estou torcendo por bons projetos dessas, e não critico o que elas fizeram, pois na minha opniao nao desmerece nenhum politico nem elas, lembrando que a real intenção de governar é representar o povo e ajudar a eles e a si mesmo, precisamos de mais qualificação para uma boa remuneração.

  11. Igor Gois disse:

    Não concordo com vc Daniel, antigamente aqui no Brasil, vereador não ganhava nada, apenas auxilios. Muitos países do primeiro mundo são assim, claro q nem todos, nos EUA por exemplo, os veradores ganham bem mais que os nossos, mas depende do estado.

    Eu não concordo que politica deve ser visto como profissão remunerada, veja bem, o candidato eleito não usa o salário pra nada já que tem inúmeros beneficios, o salário não passa de uma grande poupança para quando acabarem os seus mandatos. Sou a favor de enxugar oq puderem, e candidatos que fazem isso merecem ser elogiados e não criticados. É muito dinheiro jogado no lixo, um vereador de Natal custa R$50 mil por mes aos cofres públicos.

    Acho q pode ser remunerada, mas não esse salário todo e não com tantos aumentos.

  12. Bel disse:

    Achei o texto com sérios problemas… primeiro, é claramente uma forma de buscar qualquer coisinha para criticar a Amanda, quando diz que a plataforma dela é “oferecer o menor prejuízo”. Quem acompanhou a campanha e conhece a Amanda/PSTU e a Frente Ampla de Esquerda (que ainda contempla PSOL e independentes), sabe que é um projeto muito mais amplo. Embora o texto coloque em debate um tema importante, a forma que ele escreveu, como a forma que escreveu outros textos, demonstra uma grande imaturidade enquanto jornalista. Seu objetivo parece ser cada vez mais, de forma extremamente vulgar, buscar ridicularizar e demesrecer o PSOL/PSTU, não pelo debate franco e político, mas da pior forma: pobre e mesquinho. É uma pena, porque esse assunto do artigo pode render um bom debate! Aí vai o que penso:

    Concordo com a discussão dos vereadores receberem salário. Foi uma luta na Europa, por exemplo, para que o cargo parlamentar fosse considerado um trabalho. Quando não havia salário, trabalhadoras e trabalhadores não poderiam se eleger, não teriam como se sustentar, e assim só a burguesia podia ocupar os cargos. Assim, essa ideia senso comum de que “o ideal era não ter salário para acabar com o oportunismo” prejudicaria trabalhadoras e trabalhadores que poderiam chegar na camara e usar seu mandato a serviço do povo.

    No entanto, é um absurdo o que fazem no Brasil, o salário dos vereadores é um abuso e fora da realidade. Sou de uma corrente do PSOL (LSR) que defende que os parlamentares de esquerda, socialistas, devem receber salário de trabalhador – e usamos como referência o do DIEESE, porque também não concordamos com o salário mínimo.
    O restante deve ser discutido dentro do Partido, para utilizar a serviço das lutas. Apesar de ser um avanço o que a Eleika colocou, não concordo em doar para as instituições filantrópicas, diante da corrupção presente. E aí cabe aos militantes dos Partidos, aos movimentos sociais e sociedade civil fiscalizar e lutar para que o Partido e o mandato se mantenha a serviço das lutas. E claro, vale a luta que sempre fazemos, nas ruas e no parlamento, contra aumento de salário dos vereadores…

    O que o Daniel coloca sobre o mandato ser do Partido é “um tipo de projeto que apaga a pessoa e diviniza a lógica do grupo partidário” também discordo. É evidente que o método e os princípios do partido são elementos fundamentais, e que se o Partido está anulando a sua militância, seja no parlamento ou nas ruas, isso deve ser revisto.
    Mas o mandato ser do Partido é uma foram de combater esse sistema político personalista. O mandato é do povo, e o Partido é um instrumento pra o mandato dialogar com trabalhadoras e trabalhadores. É isso… acho que já escrevi demais!

    • Lucila disse:

      Dois bons pontos: Lucas e Bel. Nunca foi projeto político e é um partido trabalhista, logo, o salário para remunerar o político seria o necessário a subsistência do trabalhador (o que, obviamente, o salário mínimo não permite). Considerando que o idealismo político da partido seja maior que o risco da baixa remuneração vir a torna-lo corruptível, acho esses pontos bem mais consistentes que o do artigo.
      Achei leviana demais esta crítica a Amanda Gurgel, que sequer trouxe isso como programa de governo. Assim, fico pensando se o autor não estaria buscando por chamadas e posicionamentos sensacionalistas para dar publicidade…

  13. Guilherme Staffa disse:

    Esse tipo de matéria postada por um jornalista de quinta, não deveria nem mesmo ser divulgada.

  14. Lucas disse:

    Daniel, ai acho que voce passou do ponto, primeiro, em momento algum, nenhuma delas afirmou que esse seria um projeto politico, elas nem assumiram ainda, como voce pode querer fazer parametros da atuação parlamentar delas? segundo, dizer que ser politico é profissao como outra qualquer ta errado, ser politico, ser representante de qualquer setor da sociedade que seja, é um desejo que voce tem que fazer por convicção, quem entra pra politica pelo dinheiro pra ser um profissional, desses nos temos que passar longe. politico deveria ser o membro mais qualificado do setor que ele quer representar, aquele que seria o exemplo, que ja venceu na carreira e agora quer fazer mais pelos outros, e nao quem ta ali pra ganhar a vida como politico, pode ser utopico mas é como deveria ser, e nao como voce descreveu. alem do mais, como ja foi ressaltado aqui, o salario que esses vereadores recebem, estao muito mas muito acima do que eles merecem e nos como contribuintes podemos pagar. nao vi mal algum nessa renuncia, nem mera politicagem, nem faço disso uma questao vital do tipo ah agora meu voto valeu a pena, mas acho sim que foi uma boa medida, nao conhecia essa professora eleika, mas ja começou bem pra mim.

  15. Daniel Menezes disse:

    Pessoal,
    não disse que as vereadores não tinham projeto político. Acho que alguns de vocês entenderam errado.
    O que tentei compreender foi o significado social dessa ação por parte das vereadoras e como tal prática foi significada pela sociedade.
    E acho, ao meu ver, que a renúncia salarial tem um significado político e sobre a política, que não é positivo.
    Um significado que trata a política como algo menor e apenas oneroso para a sociedade. Não a toa tal atitude foi elogiada, justamente pelas pessoas que enxergam a política por esse viés negativo.
    abs.

  16. chico disse:

    Já vi que o Sr. Daniel Menezes escreveu este artigo sem conhecimento de causa…pois emitiu uma opinião sem saber o que tava dizendo… a vereadora Amanda Gurgel não endeusa o partido a ponto de entregar todo o salário ao mesmo…isso é uma filosofia do PSTU que o mandato não é pessoal e sim do partido e como o socialismo prega a igualdade é Amanda Gurgel continuará a viver com o salário de professora e o restante será usado pelo partido para propagar o socialismo e o PSTU não tem parlamentar, sendo está a primeira vez que elege um parlamentar…a vereadora em Natal e um vereador em Belém do Pará…por isso não tem direito a fundo partidário…seria de bom alvitre que ao escrever uma matéria vá primeiro pesquisar sobre o assunto.

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