Rio Grande do Norte, domingo, 19 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 13 de outubro de 2012

Sobre o “voto crítico” e o apoio do PT a Carlos Eduardo

postado por Daniel Menezes

A estratégia do PT foi acertada. Escolheu o projeto, entre os dois postos, que mais se aproxima daquilo que ele defende e acredita. De um ponto de vista estratégico, o voto em Carlos Eduardo permitirá o fortalecimento da legenda e de suas lideranças já em 2014.

O voto nulo, também aventado pela militância como possibilidade e, no final, reprovado, geraria o cenário menos desejado. Na política, o calculo eleitoral tem de motivar a ação que mais se aproxima do contexto favorável no âmbito da disputa e do que se almeja atingir. Se isentar da eleição traz como possibilidade objetiva o fortalecimento da candidatura de Hermano, Rosalba e o refugo micarlista.

Mais uma vez, o PT trilhou o melhor caminho. Carlos Eduardo foi um bom prefeito e, em caso de vitória, trará maior viabilidade política para a centro-esquerda em que o Partido dos Trabalhadores exercerá papel de destaque, fazendo, em 2014, Fátima senadora, Mineiro deputado federal e até, quem sabe, dois deputados estaduais.

FORMA

Talvez não tenha sido a melhor estratégia a forma como o apoio foi declarado. O PT alegou que irá produzir o que chamou de “voto crítico” e enfatizou que vai estabelecer relação, em caso de vitória PDTista, de independência, alguns falaram até de oposição construtiva. Mineiro, nas redes sociais, declarou que irá sufragar sua escolha no “menos ruim”.

O discurso transmite titubeio. Parece que apoia a contragosto, forçado, enfraquecendo a própria  força da nova coalizão estabelecida. Mais. Permite que o grupo opositor desqualifique a relação PDT – PT.

Tanto é que o PMDBista Henrique Alves, aproveitando a deixa, já questionou no twitter. Indagou o dito cujo: “o que danado é voto crítico. Parece apoio desconfiado. É sem ser”.

O PT se preocupou demais em apresentar uma satisfação para quem não queria a coligação e deu brecha para questionamentos, que poderiam ter sido evitados.

Não há demérito em apoiar Carlos Eduardo. Ele fez boa administração, gestão esta que o próprio PT ajudou a construir. Além disso, não se declara voto no menos ruim, mas naquele que, de acordo com as condições institucionalizadas, é o melhor.

INFLEXÃO

Alan Lacerda, professor de Ciência Política da UFRN, fez interessante análise. A declaração de “voto crítico” mostra um maior papel exercido por Fernando Mineiro nas discussões dentro do partido. Pela Deputada Federal Fátima Bezerra, a declaração teria tomado outro formato, alias, dado o cenário, o mais acertado.

PARTICIPAÇÃO

O PT disse que não irá participar da gestão Carlos Eduardo, que não quer cargos. Bem, penso que a menção foi desnecessária. Até um pouco moralista, uma espécie de defesa que o PMDB se vê obrigado, comumente, a fazer.

Quem ganha quer administrar, contribuir. A atividade democrática costuma se estabelecer assim. Não há nada de erro nisto.

Não condicionar o apoio a cargos, barganha de espaços é uma coisa. Dizer que não irá fazer parte da administração é outra totalmente diferente.

Em caso de vitória de Carlos Eduardo, o PT, que irá ingressar na gestão PDTista – alguém duvida? -, terá de apresentar nova declaração.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

22 Responses

  1. Caio Cesão disse:

    Nossa, você surtou, héin, Daniel? Já não bastava teus artigos Qualis 171 sobre o Mineiro, agora tu vens com o papo de Carlos Eduardo? Larga de ser apelão, cara!

    Coloque na sua cabeça que o fato de Micarla ter sido um absoluto fracasso, não significa que o governo de Carlos Alves tenha sido bom. Foi ruim, não tanto como o de Micarla, mas foi péssimo.

    E que culpa tem se o voto nulo vai favorecer Hermano e cia? Se eu não me sinto representado por nenhum dos dois, vou votar no “menos pior”? Mas se eu estou convictamente de que os dois são horríveis? Vou ter que votar mesmo assim?

    Acorde, meu jovem! Continua parecendo que você está desesperadamente procurando um cargo em qualquer um que ganhe, desse faz com Carlos Alves.

  2. Lucila disse:

    O voto crítico estabelecido pelo
    PT, na minha opinião, foi uma postura corajosa, porque demostra que o partido
    não se prende a situação confortável de agradar eleitores para garantir votos
    futuros e, ainda, guarda coerência com a crítica ao atraso político da
    cidade, que apresentou no primeiro turno. Os votos que cultivaria seriam ideológicos e voláteis, por serem momentaneamente indignados, inflamados pela gestão de Micarla. Com essa postura, acho que o PT decide entrar na luta
    para construção de uma gestão municipal livre do fisiologismo, mesmo que não o faça
    por meio da administração da cidade. Acho um exemplo de atuação política muito além da
    eleição que, espero, indique preocupação do PT com o destino da cidade. Mesmo que os
    cidadãos não tenham muito essa preocupação.

    Mas, a população decidiu e, os
    projetos, são, sim, diferentes Do contrário, o PT teria feito coligações já no primeiro
    turno, como ocorreu em outras eleições. Discordo, por isso, que o projeto do
    PDT se aproxima ao do PT e, isso, é facilmente rebatido ao se comparar histórico
    dos partidos no RN, programas de governo e históricos dos candidatos. Muito
    menos o governo de Carlos Eduardo foi um bom governo, no máximo, foi um dos “menos
    ruins”, dependendo de que enfoque é dado, com destaque para a gestão de cultura
    e descaso com a gestão de saúde.

    Obviamente, a eleição de Hermano traria o risco de dar continuidade a
    forças retrógadas no governo municipal, em vista dos grupos políticos que
    apoiam à campanha dele e, com isso, a práticas contrárias ao bem comum,
    como a corrupção, a trocas de favores, a distribuição de cargos sem critérios
    técnico-administrativos e outras tantas práticas corriqueiras na política do
    RN. Isso, claro, não será erradicado em uma eleição ou com um partido. Mas, o fato do PT de Natal,
    usando do diferencial que conquistou no 1º turno e apesar das alianças políticas nacionais
    com o PMDB, posicionar-se criticamente, a mim, só demonstra que o interesse do
    partido é maior do que atuar no executivo. Acho que é denunciar e contribuir
    para que essa forma sádica, cordial, de se conduzir a politica no RN seja superada. Estilo antigo do PT, novas práticas que o exercício da liderança ensinou. O eleitor deve se aproveitar desse discurso.

    Para isso, também não acho que sejam
    necessários cargos – gestores competentes se encontram aliados a diversos
    partidos. Mas que projetos, conforme o PT propôs e pactuou na campanha, sejam
    contemplados (porque acredito que quem voto no PT queira ve-los em ação). Isso está
    entre as condições de apoio apresentadas pelo PT.

    Todos os eleitores que
    decidirem seguir a indicação do PT deveriam aguardar ansiosamente a
    pauta de adesão de Carlos Eduardo, para acompanhar, criticamente, a gestão, caso se elega. O
    eleitor ideológico, como muitos dos que votaram em Micarla (PV, não é?),
    precisa aprender que a cidadania não se resume ao exercício do voto e, o representante
    político, não é um espantalho que, deixado lá, cumpre seu papel de afastar os
    corvos. Tem-se que cuidar da lavoura e, isso, requer atuação direta (participação
    em audiências, conferências, cartas, abaixo-assinados, etc.).

    PS: Apesar de, aparentemente, o sr.,
    sr. Menezes, não gostar de comentários críticos, prossigo a comentar. Este site
    é bastante ativo e permite comentários sem avaliação prévia, o que é ótimo, quando
    se tolera o contraditório cortês. A falta de tolerância acaba afastando os
    comentaristas, porque se tem a impressão que um comentário crítico irá logo ser
    tachado como abuso, cegueira, rabo-preso, perseguição. Isso esvazia o debate e, acredite,
    a criticidade do colunista.

  3. Lucas disse:

    Daniel, discordo de seus pontos. primeiro, a administração de CE foi terrivel, a sorte dele foi que micarla conseguiu ser uma das piores da historia de natal, o que diminuiu o efeito negativo da administração dele. vale lembrar que o seturn mandou na sttu tanto qto na administração de micarla, a secretária de saude de CE ate hoje responde na justiça pelo caos gerado no periodo, enfim, em todas as areas é possivel mostrar o quao ruim CE foi, e ainda por cima, dessa vez tera como ajudante vilma e sua familia. se a administração de CE é o que mais se aproxima do que o PT quer pra natal, entao digo ainda bem que mineiro nao foi para o segundo turno.

    O voto do pt em natal nunca veio das alianças que o partido fez com quem quer que seja, nem vilma, nem CE, nem garibaldi, nem nenhum outro jamais conseguiu transferir votos para o pt, assim como o pt jamais conseguiu transferir votos para essas pessoas, essas alianças na verdade sempre enfraqueceram o partido, o colocaram na condiçao de subalterno, diminuindo o partido, tornando-o a vista de seus eleitores igual a todos esses que quem vota no pt quer ver longe do poder, por isso considero um erro fazer essa aliança de conveniencia pra evitar o pmdb de chegar a prefeitura. Tenha certeza de uma coisa, a administraçao de CE vai ser fraca, e essa conta vai cair no colo e sera cobrada do PT, em caso de dar certo, voce acha mesmo que vilma vai se eximir de colher os frutos de um eventual sucesso? vai exiger de CE apoio dele a candidatura de vilma ao senado, ou vao fazer alguma composiçao com Robson Farias, o certo é que o PT sera escanteado nesse processo, ainda mais com essa historia de nao fazer parte da administraçao. enfim, nao vejo o PT ganhando em nada com esse apoio, mas sera ver para crer.

  4. Daniel Menezes disse:

    Caros,

    penso que Mineiro (PT) tinha o melhor projeto. Posição já conhecida. Para o segundo turno, um dos dois serão escolhidos, quer a gente queira ou não.
    Acho que o projeto de CEA é o melhor.
    Se o PT apoia, tem de apoiar integralmente e não com subterfúgios, tipo o “voto crítico”.

    abs.

    • Lucila disse:

      Poderia explicar por que acha o projeto de Carlos Eduardo é melhor? O único benefício que vejo na candidatura dele, em relação a de Hermano, é a ausência de forças políticas antiquadas e nocivas para a cidade. Se eu for comparar pela probidade política, por exemplo, a balança pende para Hermano. Capacidade admnistrativa, não é possível comparar, mas, de Carlos Eduardo, posso dizer que só passa na comparação com a gestão de Micarla, com também foi sublinhado aqui. Com relação a vice, embora a primeira de gestão de Wilma na prefeitura tenha sido boa, o histórico geral também não da um bom prognóstico.
      Não entendo porque considera subterfúgio a posição do PT. É uma posição democrata, nada conformista, nada sectária, que respeita a instituição do voto, sem perder a crítica ao atraso político do RN. É, ao meu ver, uma avanço na postura do PT, conseguido em função da posição de liderança que alcançou nos últimos anos. Mesmo que no RN nunca tenha absorvido essa liderança de fato, em virtude do eleitorado conservador, o fato do PT fazer uma espécie de oposição participativa neste pleito, com esse voto crítico, demonstra maturidade e vontade de ver uma reforma na forma de se fazer política no RN. Infelizmente, uma revolução no estado não é possível
      Ao meu ver o posicionamento do PTé coerente e corajoso e, se o eleitor dito ideológico, tiver interesse em reformar a atuação política no RN, poderá tomar como exemplo para fiscalizar e acompanhar a gestão de Carlos Eduardo (ou mesmo de Hermano Morais, se optar por não seguir a indicação do PT, mas, por não se omitir – por favor!). A política é como é no RN não só pelos políticos, mas por omissão e conivência da população.

  5. andrea linhares disse:

    “Fátima senadora, Mineiro deputado federal e até, quem sabe, dois deputados estaduais.” rsrsrs… Quanto otimismo, Daniel. Tirar a disputa pelas vagas ao Senado do controle e tutela do PMDB e DEM, isso seria a verdadeira revolução no cenário político do estado. Com o PT local dando “apoio crítico” ao PDT e não ao PMDB na capital então… vc desconsidera muitas variáveis e possibilidades em seu argumento. Bem antes de ser apologético ele parece sem base de realidade.

  6. Daniel Menezes disse:

    O “voto nulo” pode ter a melhor das intenções. Mas não me pergunto pela intenção, mas pelo resultado. E o voto nulo pode fortalecer Hermano.
    E eu prefiro CEA do que Hermano. Há, sim, diferenças.

    • Caio Cesão disse:

      Votar nulo fortalece Hermano? E votar em Carlos Eduardo fortalece o Carlos Eduardo, né?

      Fortalecer o Hermano seria votar no Hermano, não?

      E mesmo que o Hermano ficasse fortalecido com o voto nulo, que culpa tem se estamos diante de dois candidatos incompetentes? Você morava em Natal no governo de Carlos Alves, Daniel?

      =P

      O Mineiro te fez uma lavagem cerebral mesmo pra você acreditar que essa parceria entre o PDT e PT vai ser boa aqui no RN.

      Os cientistas sociais de araque do RN parece que ainda não atentaram para a realidade conservadora em que vive.

      Essa aliança prova apenas que o PT não tem independência, vive sempre na sobra de outro e, para isso, vende até a sua ideologia para estar usufruindo um pouco do domínio de outro partido.

      É a típica conveniência.

      Queria ver se fosse PSDB e DEM, divergentes, disputando a prefeitura, se teria os mesmos mimimis de não votar nulo, tem que escolher um, etc.

      • Lucila disse:

        “Queria ver se fosse PSDB e DEM, divergentes, disputando a prefeitura, se
        teria os mesmos mimimis de não votar nulo, tem que escolher um, etc.”
        Se fosse o PSDB e DEM, pediria asilo político =) Aliás, já saí do Estado, depois de Rosalba, mas, temo pelos entes e pessoais queridas em Natal =)

  7. Daniel Menezes disse:

    Pelos acordos trilhados e fechados, PT terá vida melhor com o PDT, prezada Andrea.
    Arrisco a dizer que o PT irá se aliar com o PDT, numa situação 01, já consolidada. Situação 02: PT irá empoderar PMDB, que não passa, necessariamente, por mais que a negociação seja boa, pelo mesmo fortalecimento do PT.

  8. Caio Cesão disse:

    Daniel, coloca no topo dos seus artigos assim: “Querido diário…”

    Daí segue escrevendo.

    =P

  9. daniel menezes disse:

    Lucila, vc tem razao na sua critica. Acho que me excedi no comentario anterior e fui descortez contigo.
    nao justifica, mas, as vezes, escrever nesse site, que levo muito a serio, me traz cero custo emocional.
    como vc disse, o espaco eh aberto e nao ha previa aprovacao.
    espero continua vendo vc por aqui.
    abs.

  10. Daniel, há comentários em seus posts que só denotam o quanto as pessoas não conseguem manter uma discussão qualificada. Sempre procuram suplantar a opinião alheia denegrido o interlocutor. É lamentável isso. É tão mais fácil e “bonito” lhe rebater dizendo o óbvio (que Carlos Eduardo está muito distante da centro-esquerda e que foi um péssimo prefeito) do que ficar questionando o próprio escriba. Parabéns pelo trabalho, ser uma alternativa de crítica é dar a cara a tapa nessa cidade.

    • Caio Cesão disse:

      Parabéns, Marcus! Argumentou muito bem sobre a temática do tópico! Eu sei que é bem normal petralha defender petralha. Uma coisa que reconheço em vocês é que integram um grupo relativamente “unido”.

      Mas caso haja algum incômodo o assole, existe a opção não ler os fóruns das matérias, gostou?

      Se você está aqui tomando as dores dos seus ridículos candidatos, tenha a hombridade de contra-argumentar em vez de ficar se fazendo de moça doída, ok?

  11. Linaldo Macário disse:

    Sinto muito Daniel, mas você tem que ir me desculpando… A sua tentativa desesperada de justificar a postura do PT como um partido “pega tudo” (catch-all) chega a ser risível. Postura esta, aliás, que o PT de outrora sempre abominou e criticou. Sou muito fã de seus artigos, mesmo sabendo que eles têm posicionamentos nada isentos quando se trata de PT, mas neste você exagerou, dizer que “o PT trilhou o melhor caminho” ou que “Ele (Carlos Eduardo) fez boa administração”… Isso no mínimo é subestimar a inteligência de seus leitores. Por favor, não me entenda mal; não vejo demérito nenhum em você como colunista, assumidamente petista e trabalhando para uma revista que não nega sua postura governista, defender sua posição em relação as decisões do seu partido, mas também não custa nada também assumir que tal postura visa apenas e unicamente arrebanhar apoios futuros para que o PT de agora não caia no mesmo erro de outras eleições quando devido a sua postura ética e comprometida com os interesses da população, negou apoio no segundo turno e depois esse mesmo apoio lhe foi negado quando precisou. Depois, essa de “voto critico” eu não engulo, como também não engulo essa de dar mais “viabilidade política para a centro-esquerda”. Que é “voto crítico” ou mesmo quem é essa tal de “centro-esquerda”? Pra mim isso é apenas uma forma de não dizer nada e ficar encima do muro como em tempos memoráveis o PSDB era acusado de não se posicionar e ficar sempre “encima do muro”, lembra? Hoje os papeis foram invertidos, quem se diz de “centro-esquerda” é o PT e quem tem uma postura assumidamente de oposição e abertamente assume seu lado é o PSDB; e, embora o lado (direita) que o PSDB assume me cheire mal, pelo menos, hoje o PSDB desceu do muro e assumiu uma postura clara, infelizmente não podemos dizer o mesmo do saudoso Partido dos Trabalhadores que aqui em Natal “torce para o time que está ganhando”. Só para finalizar, ainda tenho o pó do velho PT sob meus ombros, por isso assumo abertamente que meu voto neste segundo turno será NULO.

  12. Cássia Helena disse:

    ô Daniel. juro que compreendo – ou ao menos tento compreender – sua atitude de frieza em análises de conjuntura. não é todo mundo que tem coragem de expor suas conclusões sobre o xadrez do jogo político da forma que você faz, e chego a lhe admirar por isso. mas cara…falar que Carlos Eduardo foi um bom prefeito pesou. sério. não foi Daniel. todo mundo sabe que não foi. por favor, cara…

  13. Junior disse:

    Difícil é saber que um professor (embora substituto) de uma universidade federal orienta seus alunos com panfletagem partidária.

  14. Daniel Menezes disse:

    Caro Junior,

    lhe convido a assistir uma aula minha, para presenciar quantas vezes eu toco em questões partidárias.
    Esta prática, na UFRN, não é produzida por mim.
    Abs.

  15. Vanusa Maria disse:

    Daniel, fui sua aluna, sempre gostei de suas aulas, as quais nunca achei tendenciosa, porém, hoje você foi excepcionalmente equivocado e suas colocações infelizes, pois essas alianças e acordões são bem mais complexos e você sabe disso.
    Natal é uma das poucas cidades que que o PT não está apoiando o PMDB. Ora, Dilma reafirma aliança para a sua possível reeleição presidência justamente com o PMDB (Partido do Hermano Moraes), porém, embora, não tenha apoiado, não se indispôs, já que Hermano é o candidato do Michel Temer(vice de Dilma). E assim, a gente vai vendo que tudo está tão interligado. Nessa matéria, ser der o trabalho de lê-la, vai ver o Pte. do PMDB de Natal o tão famoso e considerado politicamente falando Henrique Alves agradecendo a sutileza na “oposição” do PT ao seu partido. PT ‘acertou”, fez correto… Pensou no futuro… a controvérsias.
    http://br.noticias.yahoo.com/pt-pmdb-usam-2-turno-pr%C3%A9via-repetir-alian%C3%A7a-103400767.html

  16. Daniel Menezes disse:

    Oi Vanusa,

    num presidencialismo de coalizão, não se constrói um governo sustentável sem angariar o maior número de partidos possíveis.
    O PMDB faz parte da base do governo federal, que não segue a mesma lógica da esfera local (prefeitura). A aliança não será automática, tanto é que elas tiveram de ser negociadas de cidade em cidade. Em Natal a aliança não ocorreu.
    Carlos Eduardo e Hermano apresentam diferenças sobre o que pensam e vão fazer com a saúde, educação, concepções de cidadania, participação, etc.
    Algumas diferenças dizem respeito sobre como gerir uma UPA (um defende que o próprio estado é o encarregado o outro fala em manter as parcerias com as ONGS, que se mostraram perniciosas para erário público), terceirizar ou não funcionários, etc.
    Além disso, um possibilita um cenário político mais positivo para a esquerda. Outro não.
    Se a gente não se posicionar e, por exemplo, votar nulo, estaremos terceirizando a nossa possibilidade de escolha para outras pessoas. Porque, quer a gente queira ou não, alguém será escolhido.
    Então, que seja um que permita um projeto, entre os dois postos, que seja mais progressista para Natal.

    Abs e obrigado por contribuir com o debate.

  17. Nilton disse:

    ME EXPLICA COMO VC ENCAIXA VILMA NESSA FÁBRICA DE SONHOS QUE VOCÊ ESCREVEU AÍ. ESSE TEXTO NÃO ESTÁ NO NÍVEL DOS OUTROS ESCRITOS QUE LI POR AQUI! ME PARECE MUITO MAIS UM APAIXONADO POR UM PARTIDO TENTANDO REMENDAR UM ERRO DOS SEUS PARTIDÁRIOS!

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