Rio Grande do Norte, segunda-feira, 29 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 31 de outubro de 2012

Esclarecimentos finais sobre o caso UFRN e Internamento do estudante

postado por Carta Potiguar

Conselho Editorial da Carta Potiguar

Diante da repercussão e de toda movimentação em torno do episódio do internamento do aluno da UFRN, o Conselho Editorial da Carta Potiguar decidiu, analisando as informações de que dispomos, observando as diferentes táticas e interesses dos grupos envolvidos e ponderando as críticas que recebemos no outro editorial, se pronunciar mais uma vez sobre o caso. Nossa intenção é deixar claro como enxergamos o imbróglio criado, assim como externar publicamente nossas críticas ao que alguns grupos vem fazendo em torno desse lamentável e difícil episódio.

Nesse episódio existe um pouco de tudo; boatos, informações desencontradas, contra-informação, aspectos verdadeiros, interesses políticos etc.. Ninguém, ou quase ninguém, sabe por completo a história em todos os seus detalhes, embora exista sim pessoas que estão bem mais próximas, e, que, por isso, possuem uma visão mais consistente dos acontecimentos e do desenrolar. Mas mesmos essas pessoas possuem, também, algumas dúvidas.

Há duas coisas importantes que é preciso distinguir e ter bem claro. Uma é a situação e interesses da família e a outra é a reivindicação de esclarecimentos e explicações a respeito da conduta da universidade em todo esse episódio. Na primeira o foco é a preocupação pela garantia da saúde e o nível de exposição gratuita do estudante, zelo, aliás, que é, ou deveria ser, de todos, e não apenas da família.

A segunda consiste nas exigências por esclarecimentos a respeito de como os poderes públicos (universidade, reitoria e outros órgãos) agiram no tratamento desse difícil e, até aqui, controverso processo. Existe, portanto, uma dimensão privada e outra pública – na medida em que poderes públicos agiram e intermediaram. A questão toda, nos parece, consiste em compreender e distinguir esses dois pontos, e não misturá-los de modo algum, pois ambos são legítimos em suas esferas de atuação.

Nenhuma condição clínica é questionada e nem medidas médicas, mas sim o modo e as condições como estas foram tomadas e utilizadas. Questionamos sim, no sentido de pedir investigação (pelos poderes competentes), explicações e esclarecimentos, a respeito de como os poderes públicos envolvidos se portaram em relação ao aluno, à família, etc.. A postura e os procedimentos adotados (laudos, reuniões) necessitam estar no consciente comum do ambiente acadêmico antes que teorias e mais teorias sejam elaboradas e pessoas de intento duvidoso se aproveitem delas para fins políticos.

QUESTIONAMENTOS

Concretamente, respeitando, compreendendo e distinguindo a dimensão privada da situação (foro íntimo) e a pública (foro aberto), cada um na legitimidade de seus interesses, demandamos saber:

– Como está o aluno, como estão suas condições reais e como está o respeito à sua dignidade;

– Se há/houve alguma ameaça ou situação de risco a integridade de alguém que legitime qualquer ação policial/médica contra o aluno;

– Se há relação entre o ocorrido com o aluno e as denúncias e críticas que este vinha empreendendo contra a reitoria; se há alguma relação entre o internamento e as supostas ameaças do aluno;

– Qual foi o nível de participação da universidade em todo o processo; de quais procedimentos administrativos ela se valeu nas conversas com a família e com o aluno; que outros órgãos e poderes públicos participaram; e como estes órgãos (psiquiatra e polícia) mediaram e atuaram junto à família;

– Como a segurança da UFRN atuou no caso e qual a legitimidade de sua atuação. Se, diante de tal exposição, não seria melhor, para clarear os fatos, tornar público todo o processo de contratação da empresa de segurança, até mesmo por respeitar o princípio da publicidade da administração pública, além de asseverar, caso existam condições, a qualidade do treinamento dos seguranças terceirizados, questionamentos legítimos feitos pelo aluno;

ANÁLISE E POSICIONAMENTO DA CARTA POTIGUAR

Entendemos que o processo de atuação e negociação da universidade em relação a todo o caso não foi bem conduzido por seus atores. De modo que, suspeitas de pressão e direcionamento sobre a família não podem ser sumariamente descartadas como descabidas e inverídicas.

É preciso investigação sobre o comportamento da reitoria e, também, acerca das condições e informações a partir das quais a família decidiu pelo internamento. Por outro lado, qualquer determinação a priori da natureza da motivação que levou a reitoria a agir de modo, aparentemente, dúbio e controverso, não passa de especulação. Não sabemos se a motivação foi política, se foi incompetência administrativa, se foi pelo medo e receio do comportamento do aluno, etc.. O que torna ainda mais candente a necessidade de investigação.

NOSSAS CRÍTICAS

Há muita gente tentando explorar o caso contra a universidade e a reitoria em particular, transformando-o apressadamente numa bandeira política para enfraquecer a reitora e determinados grupos sem se importar com a exposição do aluno. O foco principal não deve ser esse. Existe, entretanto, uma situação nebulosa, com indícios de má condução por parte da UFRN, sobretudo do Staff da reitoria. Mas é preciso cuidado, para não ultrapassar a esfera do razoável e não esquecer o que, de fato, está em jogo.

SOBRE A MATÉRIA DO JORNAL DE HOJE

A matéria do Jornal de Hoje sobre o caso é a expressão daquilo que o jornalismo não pode ser – a sempre e inquestionável defesa do status quo.

A reportagem não se deu  ao trabalho de levar em consideração o conteúdo das críticas que o aluno em questão (porque já concluiu que ele é um incapaz), outros alunos, professores e membros de outras instituições representativas estão fazendo (SINTEST e Comissão de Direitos Humanos da OAB). Todos que falam sobre o assunto estariam, para o Jornal de HOJE, desinformados e a versão que vigora, a correta, é a da reitoria, em todas as suas nuances, sustenta de modo desavergonhado o jornal.

O texto do JH se centra, isto sim, em pintar o discente internado como um desequilibrado, que não fala coisa com coisa, como um baderneiro, que participou da #RevoltadoBusao e que já foi até investigado pela polícia federal (leiam a matéria e notem a associação implícita entre esquizofrenia, baderneiro, #revoltadobusão, polícia e, pasmem, até “terrorismo”: http://jornaldehoje.com.br/mae-de-universitario-internado-nega-intervencao-da-ufrn/).

Ora, o texto cuida de desqualificar um movimento social constituído, que não tem nada a ver com o ocorrido (com qual intenção?), e não preserva a imagem do discente do mestrado de Ciências Sociais.

Esquizofrenia não é uma doença incapacitante em que o eu deve ser mortificado. Tem controle, tratamento. Tanto é que o discente em questão fez graduação e está fazendo mestrado, tem amigos, vida social, etc.. Mas a criminalização da doença mental não nos espanta. O referido periódico foi o mesmo que, durante a eleição, criticou a defesa do “homossexuaLISMO”, termo médico utilizado para a enquadrar a homossexuaLIDADE como uma patologia, raciocínio já abolido pela organização mundial de saúde (homossexualidade já não não consta há algumas décadas no CID – Código Internacional de Doenças porque deixou de ser considerada patologia).

O texto desconsiderou – e o fez por que não se deu o trabalho de investigar? – que a mãe pode ter sido – ou estar se sentido – pressionada para apresentar aquele relato, temendo possíveis represálias. Por exemplo, é ponto pacífico que não foi a mãe que procurou a UFRN, mas o contrário. Com as informações confiáveis sobre o fato, nem o maior cabo da Universidade no caso sustentaria tal narrativa a respeito do ocorrido.

No fim, só uma defesa intransigente da reitora e da reitoria, desconsiderando os inúmeros indícios que contrariam o fantástico mundo de Pangloss, personagem de Voltaire que acreditava viver no melhor dos mundos. Só faltou se antecipar ao pleito e já lançar o nome da Prof(a) Ângela, reitora, para reeleição.

Carta Potiguar

Conselho Editorial

12 Responses

  1. Ivenio Hermes disse:

    Que com esse editorial fique bem claro que a Carta Potiguar não está aqui para atuar como veículo de transmissão e nem de fomento de boatos.

  2. FAS disse:

    “Se há/houve alguma ameaça ou situação de risco a integridade de alguém que legitime qualquer ação policial/médica contra o aluno”

    Sim houve, a professores na reitoria durante o ato de 10 pessoas que teve onde tiago gritava incansavelmente contra cada um que passasse pelo patio do predio.

  3. Sueli Vieira disse:

    Gente, eu gostaria apenas de fazer um esclarecimento sobre a esquizofrenia, independentemente de quem está com a razão no episódio deste rapaz. O texto acima afirma:

    “Esquizofrenia não é uma doença incapacitante em que o eu deve ser mortificado. Tem controle, tratamento.Tanto é que o discente em questão fez graduação e está fazendo mestrado, tem amigos, vida social, etc..”

    1) Por mais que a doença tenha tratamento, sabe-se que crises sempre são possíveis. E durante tais períodos, o indivíduo pode sim perder o controle de si próprio (tendo alucinações), inclusive chegando a representa perigo de morte aos mais próximos e a si mesmo (vejam bem, não digo isto porque li em algum lugar, mas por experiência);

    2) Sim, sei que há esquizofrênicos que ainda conseguem trabalhar, mas são casos raros! Na verdade, por ficar mais atenta a casos desta doença, posso dizer que tive contato com pessoas próximas a mais ou menos 7 pessoas com a doença (ou contato com elas mesmas). Apenas dois realmente trabalharam depois do diagnóstico, mas ambos suicidaram-se (o primeiro, inclusive, matou a esposa antes – ou seja, o fato de trabalharem não me parece indicar exatamente que a doença foi “controlada”). O esquizofrênico tem uma dificuldade enorme de concentração devido ao número altíssimo de sinapses, que vai muito além do normal. Usando a descrição de um psiquiatra conhecido: ” a cabeça de um esquizofrênico é como um caldeirão fervente”. Por isso, em geral, concentrar-se é, para eles, algo dificílimo, senão torturante. E esta falta de concentração não diz respeito apenas à atividades predominantemente intelectuais. Ela vai desde a leitura até as coisas mais simples, tais como lavar a louça, por exemplo;

    3) Não quero estigmatizar a doença. Vejo que há um discurso atual que visa mostrar que todos devem tentar ter uma vida normal, sem estigmas . Acho-o louvável! Porém, não devemos colocar uma venda nos nossos olhos e achar que o esquizofrênico só precisa tomar o remédio e terá uma vida perfeitamente normal. Até a internação (embora todos a abominem como opção), muitas vezes, é sim extremamente necessária. Ou será que não tomaríamos nenhuma medida energética quando nossos filhos, irmãos ou parentes entrassem num surto com ideias suicidas e nós nos sentíssemos completamente incapacitados de impedi-los? Ou será também que não faríamos nada quando, por exemplo, um filho esquizofrênico, num surto com alucinações, ameaçasse continuamente matar a própria mãe?

    Sim, conviver com um esquizofrênico é algo dramático. Só quem passa por isso, como eu passo com um dos meus irmãos, sabe como é difícil e como está longe de ser apenas mais uma doença “que pode ser controlada”. Muito embora meu irmão tome seus remédios regularmente, ainda assim vive sem conseguir ter qualquer ocupação. E, não raro, entra em crises, como ocorreu na semana passada, quando deu vários socos na cabeça do meu pai, que já tem quase 60 anos.

    Por isso tudo, dizer que a esquizofrenia é uma doença controlável e comparar seu enquadramento ao do homossexualismo parece-me completamente despropositado.

  4. Sueli Vieira disse:

    Gente, eu gostaria apenas de fazer um esclarecimento sobre a esquizofrenia, independentemente de quem está com a razão no episódio deste rapaz. O texto acima afirma:

    “Esquizofrenia não é uma doença incapacitante em que o eu deve ser mortificado. Tem controle, tratamento.Tanto é que o discente em questão fez graduação e está fazendo mestrado, tem amigos, vida social, etc..”

    1) Por mais que a doença tenha tratamento, sabe-se que crises sempre são possíveis. E durante tais períodos, o indivíduo pode sim perder o controle de si próprio (tendo alucinações), inclusive chegando a representa perigo de morte aos mais próximos e a si mesmo (vejam bem, não digo isto porque li em algum lugar, mas por experiência);

    2) Sim, sei que há esquizofrênicos que ainda conseguem trabalhar, mas são casos raros! Na verdade, por ficar mais atenta a casos desta doença, posso dizer que tive contato com pessoas próximas a mais ou menos 7 pessoas com a doença (ou contato com elas mesmas). Apenas dois realmente trabalharam depois do diagnóstico, mas ambos suicidaram-se (o primeiro, inclusive, matou a esposa antes – ou seja, o fato de trabalharem não me parece indicar exatamente que a doença foi “controlada”). O esquizofrênico tem uma dificuldade enorme de concentração devido ao número altíssimo de sinapses, que vai muito além do normal. Usando a descrição de um psiquiatra conhecido: ” a cabeça de um esquizofrênico é como um caldeirão fervente”. Por isso, em geral, concentrar-se é, para eles, algo dificílimo, senão torturante. E esta falta de concentração não diz respeito apenas à atividades predominantemente intelectuais. Ela vai desde a leitura até as coisas mais simples, tais como lavar a louça, por exemplo;

    3) Não quero estigmatizar a doença. Vejo que há um discurso atual que visa mostrar que todos devem tentar ter uma vida normal, sem estigmas . Acho-o louvável! Porém, não devemos colocar uma venda nos nossos olhos e achar que o esquizofrênico só precisa tomar o remédio e terá uma vida perfeitamente normal. Até a internação (embora todos a abominem como opção), muitas vezes, é sim extremamente necessária. Ou será que não tomaríamos nenhuma medida energética quando nossos filhos, irmãos ou parentes entrassem num surto com ideias suicidas e nós nos sentíssemos completamente incapacitados de impedi-los? Ou será também que não faríamos nada quando, por exemplo, um filho esquizofrênico, num surto com alucinações, ameaçasse continuamente matar a própria mãe?

    Sim, conviver com um esquizofrênico é algo dramático. Só quem passa por isso, como eu passo com um dos meus irmãos, sabe como é difícil e como está longe de ser apenas mais uma doença “que pode ser controlada”. Muito embora meu irmão tome seus remédios regularmente, ainda assim vive sem conseguir ter qualquer ocupação. E, não raro, entra em crises, como ocorreu na semana passada, quando deu vários socos na cabeça do meu pai, que já tem quase 60 anos.

    Por isso tudo, dizer que a esquizofrenia é uma doença controlável e comparar seu enquadramento ao do homossexualismo parece-me completamente despropositado.

  5. Pedro disse:

    engraçado é cobrar que o Jornal de Hoje apure melhor as matérias e não ter se dado ao luxo de fazer qualquer tipo de investigação naquele primeiro post. Se existem muitas versões e o caso é todo muito nebuloso, apure. Se a apuração não render nada, não PUBLIQUE nada até que não haja alguma coisa mais concreta. Simples assim. Se por um lado o JH defende inquestionavelmente o status quo, a Carta Potiguar faz o contrário. Desce o pau em qualquer poder instituído sem ter a mínima preocupação com a verdade. O importante é polemizar, né? Jornalismo é outra coisa…

  6. daniel menezes disse:

    Pedro, tua an’alise desconsidera os fatos. O que criticamos em texto anterior foi a pressao da ufrn pra internar o aluno, o uso do carro da seguranca para conduzir o aluno fora das dependencia do campus e o fato de internar antes de outras medidas. Por que o Joao machado, a ufrn tem centro pedagogico de excelencia?

    • daniel menezes disse:

      *se a ufrn tem centro psicologico de excelencia?

      • Sueli Vieira disse:

        Porque esquizofrenia não é tratada com psicólogos, mas com psiquiatras. Se você for para qualquer psicólogo, ele simplesmente vai te encaminhar para o psiquiatra. Além do mais, uma sala de psicólogos não tem a menor condição de receber um paciente esquizofrênico em surto. Isso, você já deveria saber….

      • Pedro disse:

        Pelo contrário. Sua resposta que desconsidera meu post. O que eu critiquei foi o fato de vocês terem afirmado que a UFRN fez pressão para internar o aluno, usou o carro de segurança para conduzir o aluno fora das dependências do campo e o fato de internar antes de outras medidas sem terem apurado nada a respeito (só lembrando que o cara já tinha sido internado outras vezes e estava em terapia de remédios – se tivessem ouvido pelo menos a mãe deles, saberiam disso). Quem diabo vocês ouviram para poder afirmar tudo isso? Se tiverem ouvido amigos do cara, com a opinião mais parcial impossível, era para terem ouvido também o outro lado – o da reitoria, o da família, o do hospital – antes de adotarem um ponto de vista ou de fazerem acusações graves como a que fizeram. E eu digo AFIRMAR porque o fato de vocês terem usado o modo subjuntivo nos posts não os livra da responsabilidade da acusação – o título do texto é “UFRN, Internamento e Autoritarismo”! Vocês jogaram todos os holofotes sobre a questão e se posicionaram contra a reitoria, muito embora não tenham tido certeza do que de fato aconteceu. Isso é coisa justamente de veículo de transmissão e fomento de boatos. Com todas ressalvas que faço ao JH, me sinto muito mais propenso a acreditar no que eles publicaram simplesmente porque o jornal ouviu pelo menos uma pessoa embasada para comentar a respeito do caso.

  7. anarconha disse:

    de acordo com algum “comentarista” safado, se você xingar reitores num pátio, é considero louco. bem-vindos ao caça às bruxas, ditadura e outras coisas do tipo. o buraco é muito mais embaixo do que a especulação midiática pensa. o Carta Potiguar está jogando toda credibilidade pela defesa de um problema sério, que nenhum dicionário de médico vai resolver. dessa vez ganhou meu respeito.

  8. Gabriel Bulhões disse:

    Parabéns à Carta Potiguar por se mostrar um fio de seriedade na oligarquia midiática que acomete a dinastia RN, fugindo ao lugar-comum reacionário que é posto, como regra, pelos meios de comunicação hegemônicos, impressos ou não.

    Essa história apenas nos dar mais uma prova de como as informações podem ser desencontradas e, ao mesmo tempo, manipuladas: para um lado ou para outro.

    O posicionamento deste editorial, no entanto, deixa claro qual seu papel: ninguém aqui é “menino de leva e trás”, o que se quer é a apuração dos fatos. E nisso a Reitoria não está ajudando de forma alguma.

    O que temos é, na verdade, um silêncio eloquente que, diante de toda essa repercussão, não foi capaz de sequer gerar uma nota oficial do gabinete da Reitora.
    Mas, porque seria isso? Será que não há o que dizer, ou o que se tem a dizer não é conveniente para se falar em um ambiente democrático? Não sei; mas, a conduta omissiva por parte das instâncias responsáveis pela administração da UFRN dão margem sim, diante (ainda mais) dos inúmeros fatos nebulosos que ora se insurgem, para qualquer tipo de confabulação.

    Por outro lado, já existe um vídeo (que está sendo editado para retirar do mesmo os trechos em que ocorre a exposição do discente e de sua família) onde A REITORA AFIRMA, em alto e bom som, QUE A INICIATIVA PARTIU DA UFRN EM DIREÇÃO À FAMÍLIA, e não o contrário.

    Levando tudo isso em conta, e tendo em vista o ativismo ferrenho que Tiago vinha protagonizando no âmbito da luta contra a militarização da segurança no Campus, o que pensar?

    E agora, José…

  9. Erwing disse:

    Vocês estão fazendo muita espuma com pouco sabão. Postaram uma opinião sem verificar os fatos. Não precisa ficar enrolando, procurando justificativas e jornalistas piores . Se “ninguém, ou quase ninguém, sabe por completo da historia”, então porque vocês não vão entrevistar aqueles “quase ninguém” antes de escrever “criticas-criticas” boca pra fora ?

    Vocês preferiram ficar numa zona de conforto de critica fácil e caricatural: tal vez porque é tão legaaaal ser contra a “instituição psiquiátrica” (em letra negrita, como se a palavra em sim era escandalosa), ser contra a coerção física dos grupos paramilitares contratados como seguranças na UFRN para servir e os fascistas da Reitoria…;) E tão legal brincar de Foucault ou de Goffman por uma noite e denunciar aquelas “instituições totalitárias” iníquas, né ?… Acho que vocês nunca estiveram numa instituição psiquiátrica (contemporânea), nem sequer pra ver, nem conhecem os procedimentos em vigor para um internamento desse tipo. Por tanto, se não conhecem os “detalhes da historia”, acho melhor é calar do que fazer exatamente o que fazem muitas mídias ruins (sejam da DOXA ou da HETERODOXIA), fofocar com estilo midiático. Ou então relatar de maneira neutra, mas isso seria um tipo de status quo, né ?… (fora essa materia parabens pelo trabalho !)

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