Rio Grande do Norte, sábado, 18 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 15 de novembro de 2012

Aluno comenta incidente entre seguranças e alguns estudantes na UFRN

postado por Daniel Menezes

Por Pedro Henrique

 

É muita palhaçada mesmo né, basta ir no corredor do setor 2 que você encontra essa [o autor faz referência ao nome de uma aluna. Suprimi] fazendo de TUDO menos indo assistir uma aula, a “patota da peteca” só quer fumar maconha mesmo, já que não se garante em acender um na cara de mainha e painho. Aquele C.A de Ciências Sociais é uma zona, djabo sabe o que acontece ali, eu rezo pra que seja só maconha, dai vão e abrem a porta, a fumaça toma conta do ambiente e quem ta ali na xerox tem que se foder sentindo a marola na cara e a criatura ainda tem coragem de dizer que não incomoda ninguém.. acho muito engraçado heaouiheauihea tenho pena dos alunos de Ciências Sociais, alunos que frequentam pelo menos a sala de aula e que não poderem usar a sala do C.A para os fins que ela foi destinada. Mas ai, é todo mundo fascista e todo aquele mimimi de discursinho anarquista porque a universidade é um lugar pra pensadores – bem, se fosse mesmo… essa galerinha nem taria lá, né? – e que tem que ser vida loka mesmo porque assim que é bom. Ninguém (alunos) do setor 2 apoiou essa palhaçada porque todos nós sabemos os verdadeiros motivos desse protestinho e dessa ocupação, poder fumar maconha de boa, ai vem o mesmo argumento de sempre “maconheiro não é marginal, a gente tem que se esconder pra fumar, não quero me esconder”, então vá fumar em casa e pronto..mainha não deixa? vão pra aula todo dia que vocês conseguem um emprego pra morar só e anarquizar até morrer, que saco. Essa galera tem que entender que a UFRN é uma ESCOLA (de ensino superior), que pessoas vão ali pra ESTUDAR (muitos até de menor), não o show do Planet Hemp, se dizem tão inteligentes mas não conseguem entender o mais óbvio né? Universidade é lugar de estudos, garanto que se tivessem em sala de aula nenhum segurança incomodaria, como eles não fazem com o resto dos alunos, mas não, tem que quebrar todas as regras da instituição (não só da instituição, mas de convívios sociais em geral) e se acham no direito, é porque essa reitora é muito boazinha, queria que esse “protesto” tivesse acontecido na gestão do Ivanildo, ai ia ser lindo! hahahaha

 

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    Daniel Menezes

    Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

    34 Responses

    1. Leon K. Nunes disse:

      Esse comentário não é digno de ser publicado. Tá de brincadeira… isso é postagem de facebook, de orkut, inclusive só tem obviedade. Concordo com esse Pedro Henrique em muitas premissas, inclusive no conteúdo geral, mas não dá pra vir no site e se deparar com um texto desse, né…

    2. Daniel Menezes disse:

      O texto tem alguns erros de digitação, que são normais para quem faz um comentário rápido e toca, conforme você disse, em obviedades.
      No entanto, a publicação vale, na medida em que sinaliza para a falta de compromisso com a universidade do grupo que ocupou a reitoria, além de explicitar que, ao contrário do que a retórica utilizada pelo “movimento” tenta deixar transparecer, os alunos não apoiaram a ação política.
      PS. É complicado tecer uma crítica às ações desses alunos, pois eles utilizam o enquadramento do interlocutor que produz questionamentos (preconceituoso, criminalização, etc) como escudo.
      PS.2. O comentador tem a coragem de falar aquilo que muita gente deseja, mas acaba desistindo pelos enquadramentos retóricos.

      • ei boy, ninguém que ocupou a reitoria é lesado pra ficar sentando no banco dos réus esperando seu julgamento, ninguém quer aparecer ou ganhar apoio das massas – típico de ações espetaculares, ou fascistóides, vivemos para potencializar a vida, é isso que interessa. é complicado discutir com alguém que não aceita a diferença…. sobre notas, diplomas, curriculo… ‘intelectual que lattes não morde’… não vi vc sequer visitar a okupação, mas é mais CÔMODO ficar ESPECULANDO os gestos e ENQUADRAR RETORICAMENTE os outros né… deixe de palhaçada cabra!

    3. O texto é deprimente, equivocado e idiota. As pessoas que ocuparam a reitoria não fazem parte “do mesmo grupo”. Alguns são amigos e conhecidos, são sim, mas não é “o mesmo grupo”.
      Isso tá mais pra uma postagem de facebook do que artigo pra tá no site.
      E pegue o site perder credibilidade por postar “fofocas”….

    4. Diniz disse:

      Não é questão de ter erros de digitação, o texto é jocoso, inflamado, soa rude e desrespeitoso. Não traz nenhuma ideia inteligente ou proposta, mas apenas despeito, ranço e uma tacanhice que chegou a dar uma dor no meu fígado. Ao meu ver é totalmente incompatível com o excelente nível dos textos que é marca registrada da carta.

      P.S: Não só faço parte, como me considero um fundador dessa “Patota da peteca”. Minha vida estudantil não contém um só deslize, e a relação com minha família é perfeitamente saudável, embora o autor do texto – que deve possuir um oráculo em casa – diga que não.

      • Eu da mesma forma. Nunca “joguei peteca”, mas ando e não tenho nada contra esse pessoal, tal como tb já fui vítima na minha vida acadêmica de preconceitos como os expostos no texto. Não vi uma linha no texto falando dos estudantes que ficam na cantina com latinha de cana e daqui a pouco tão berrando tb pelos corredores ou fedendo a alcool dentro de sala.
        O que incomoda, na realidade, é o uso da maconha e o uso do espaço público “para outros fins”. Texto generalizante e de péssima qualidade, como já afirmei. Deprimente.

    5. Mais uma coisa…
      reduzir uma universidade a uma “escola de nível superior”…é o cúmulo da visão limitada da instituição. e sem contar que, escola não serve só para estudar. os indivíduos, ainda bem, subvertem a função das instituições.

    6. Daniel Menezes disse:

      David e Diniz,

      já venho “pesquisando” faz mais de um mês a questão do incidente entre o segurança e os alunos no encontro antiproibicionista lá no setor II, em que o segurança deu tiros para cima. Comprei a versão dos alunos, mas comecei a desconfiar pelos vários furos nela, furos expostos pelos próprios alunos. Para mim está ficando claro que os alunos nas tradicionais putarias que você e eu conhecemos, foram bagunçar no Setor II (a festa antiproibicionista não ocorria lá).

      Vocês e eu sabemos para que servem as salas dos Centros Acadêmicos do Setor II – há roupa de cama, muita camisinha e barris de chopp por aquelas salas, conforme relato da diretoria do CCHLA, que precisou dia desses abrir as salas.

      Mas voltando ao relato… o segurança mandou o grupo sair e eles não saíram, desafiaram o segurança, além de expelir os tradicionais preconceitos de classe muito comum aqueles que leram, no máximo, o manifesto comunista ou um capítulo de um livro qualquer de Foucault – chamaram o cara de analfabeto, etc.

      Apesar de fazerem Ciências Sociais, não conseguiram compreender que o trabalhador estava ali, apenas, para resguardar o ambiente e manter a “ordem”, na concepção de “ordem” que a instituição mandou ele produzir. Como os ludistas, que quebravam máquinas achando que estavam acabando com o desemprego, os alunos atacaram um cara, que não é responsável pela política de segurança da UFRN. É só a ponta do processo.

      O cara deu tiros para cima para afugentar os discentes. Se quisesse acertar, teria atirado diretamente contra eles, concordam? Sabe o que eles fizeram? Pegaram pedras para jogar no segurança, que fugiu. E se ele não tivesse fugido e atirado diretamente nos estudantes? A merda tava feita…

      Bem, claro que não é exatamente o mesmo grupo. Porém, há pessoas nos dois grupos e uma prática em comum, que é criar uma relação com a UFRN de estar se lixando para ela. De querer direitos, mas não estabelecer compromissos.

      Tive alunos desses grupos e sei como eles atuam de modo desrespeitoso na sala de aula, além dos espaços públicos da UFRN.
      A gente romantiza a subversão, como se toda e qualquer afronta as normas fosse, já de saída, positiva. Lembrem-se que os microfascismos da vida são subversivos. Não endosso práticas que subvertem o direito e o respeito ao outro, e a razão de ser da universidade, que é de estudo, debate, etc.

      Publiquei o comentário para chamar o debate, pura e simplesmente.

    7. O problema das camisinhas, barris de choop etc estão lá desde que eu entrei, a primeira vez que entrei no CA de ciencias sociais, em 2002, já existia isso. Agora vamos transformar um problema que SEMPRE HOUVE em outra coisa? Vamos agora dar outro tom pra história?
      Os “CAs” no geral sempre foram jogados às traças. Não só pelos alunos, como também pela própria universidade. Ela mesma nunca destinou verba para que os alunos integrantes de CA pudessem fazer eventos, organizar seja o que for, o dinheiro que o CA geralmente tinha era conseguido justamente vendendo cerveja em festa. A própria “condição” que a universidade cria gera o terreno perfeito para A DESCONTEXTUALIZAÇÃO DE TUDO!!!!
      Tem barril de choop ou isopor?! tem sim! pq aluno tava vendendo cerva para conseguir grana, coisa que não deveria ser feito, a grana era para ser dada pela universidade.
      Daí o cara tá lá vendendo cerveja em uma festa…toma uma latinha, duas três…. é normal que acabe ficando bêbado, transando em locais “inapropriados” e por aí vai.
      Repito: o texto é equivocado e preconceituoso.

    8. Túlio Madson disse:

      Acho que se a intenção for a de promover um debate sobre o assunto, a iniciativa teria mais êxito se o comentário publicado viesse com outro comentário acima, este sim, abordando a questão sem preconceitos, acusações desmedidas e falsos moralismos,

      O problema da publicação, acredito, é porque o comentário por si só, não chama ao debate. E não chama ao debate porquê? Porque ele não se baseia em argumentos, trata-se de desqualificar os estudantes tão somente, com um discurso pouco inteligente e repleto de lugares comuns. Não chama ao debate porque com um comentário desse nível apenas se lamenta, não se responde.

      Se há um problema, há duas formas de aborda-lo através de um veículo como esse: apresentando o caso ou “causando”, este comentário apenas polemiza não esclarece nem clama ao debate.

    9. Alyson Freire disse:

      Endosso e corrobora as ponderações de David, Diniz e Túlio

      Não creio que o “comentário” reúna os predicados que justifiquem sua publicação num espaço destinado à análise, à opinião embasada, orientada por argumentos e linhas de pensamento, como o é o espaço das colunas. Acaba-se expondo até o mesmo o autor do comentário, que, afinal, escreveu sob as exigências e características de um comentário. Coragem e denúncia não são, em si, virtudes e atributos argumentativos e analíticos, logo, o comentário estava em seu espaço mais adequado e legítimo.

      Embora, o comentário represente a opinião e a impressão de uma camada, ampla, é certo, da universidade, existe nele mais os preconceitos e lugares comuns sussurrados do que os argumentos que aqueles que se opõem as ” ditas práticas lúdicas-subversivas” do setor II. Desse modo, o resultado é que não apenas os cannabistas são caricaturados mas, também, os opositores e críticos. Tudo fica nivelado por baixo, pelo geral, o que não é, nem de longe, o objetivo da Carta Potiguar.

      Porém, ainda que com críticas, daniel tem certa razão sobre o incentivo ao debate. O comentário incita ao debate, mas não o promove – e o incita mais por sua fraqueza do que por sua força.

    10. Patrícia Morais disse:

      Pensei que estava lendo matéria da veja… e então noto que estou na carta potiguar. Dá pena ver onde foi parar a carta potiguar (nem vou me ocupar em colocar o nome em letras maiusculas). Quando surgiu, pensei que minhas idéias e posições seriam representadas. Tão logo ganhou algum espaço e credibilidade, tornou isso… ”farinha do mesmo saco” dos outros meios de (des)informação.

      • Olá Patrícia. No debate também estão pessoas da Carta Potiguar que não concordam com o que foi postado. Leia-se Diniz, Túlio, eu entre vários outros. O texto que aqui se encontra reflete SOMENTE E APENAS SÓ a visão do colunista Daniel Menezes.

        • Patrícia Morais disse:

          Sim, David. Observei isto antes de comentar… os textos do Alyson também me motivam a vir aqui. Porém, a grande maioria dos textos são de autoria de Daniel Menezes, infelizmente. Por isso é que não tenho conseguido evitar uma certo desprezo, apesar de ter observado que ainda circulam ares de lucidez pela carta potiguar.

    11. Daniel Menezes disse:

      David,

      falei do uso de bebida alcoólica em texto anterior. Leia lá.

    12. Daniel Menezes disse:

      Tulio e David,

      para além do enquadramento de preconceituoso, “criminalização”, etc, o que vocês acham das práticas que ocorrem por lá?

      O que vocês pensam a respeito da ocupação da reitoria sem nenhuma pauta, do uso da violência como protesto político, do uso de maconha e ingestão de bebidas alcoólicas nos setores de aula? O que pensam a respeito do incidente entre o segurança e os alunos? De alunos que entram drogados em sala de aula (maconha, alcool, etc)?

      Penso que é sempre essa mesma tocada. O debate a respeito desses assuntos é sempre escamoteado.

      Como me disse uma aluna: “eu não posso ficar no corredor porque não quero fumar passivamente maconha. E se eu pedir para a pessoa fumar em outro lugar, serei chamada de preconceituosa”.

      Falta “coragem”, sobra “ousadia”.

      • Túlio Madson disse:

        Daniel, vamos por pontos:

        “O que vocês pensam a respeito da ocupação da reitoria sem nenhuma pauta”

        Claro que houve uma pauta, inclusive escrevi um artigo aqui na Carta: “Estudantes ocupam a Reitoria em protesto contra internação involuntária de aluno” o título por si só diz a pauta inicial. No decorrer da ocupação foram surgindo outras pautas, algumas atendidas pela Reitoria, o que resultou na desocupação.

        “do uso de maconha e ingestão de bebidas alcoólicas nos setores de aula?”

        A universidade é mais do que um local de ensino, é um local de formação, o conceito filosófico para formação é Bildung, inclui mais do que decorar um conteúdo e repeti-lo em uma prova, inclui a convivência, o diálogo, o debate, principalmente a VIVÊNCIA em um ambiente que possibilite e incentive um pensamento crítico, questionador, que instigue o aluno a buscar o conhecimento por si próprio, enfim formação no sentido de Bildung tem mais o sentido de cultura. E porque estou falando isso? Porque alcool e maconha são substâncias, geralmente, utilizadas socialmente, sua ingestão, em muitos casos, é um meio para uma finalidade que seria a sociabilização das pessoas que a ingerem: conversas, bate-papos, troca de vivências, tudo isso contribui para a formação, tanto quanto o ensino programático de uma sala de aula. As pessoas que se utilizam dessas substâncias para essa finalidade, a meu ver, dentro da Universidade, estão condizentes com a proposta de formação acadêmica como um conjunto que supera o simples ensino. Agora se for para sustentar seus vícios, ou utiliza-la sem essa intenção: de compartilhar e debater conteúdos ou vivências, estão fora dessa intenção que citei anteriormente,e, portanto, não concordo.

        “O que pensam a respeito do incidente entre o segurança e os alunos?”

        Armas de fogo devem ser utilizadas tão somente contra armas de fogo, os alunos entraram no setor para beber água, faltou diálogo por parte do segurança que poderia permitir temporariamente que eles adentrassem no setor bebessem água e depois saíssem, se isso não acontecesse, ele deveria ter coagido os alunos verbalmente a sair, uma vez não saindo, chamasse reforço e não tentasse resolver a situação com essa medida irresponsável de sacar a arma.

        “De alunos que entram drogados em sala de aula (maconha, alcool, etc)?”

        Se o aluno se excede na ingerência dessas substâncias e entra em sala de aula (desde que não atrapalhe a aula) qual o maior prejudicado? o próprio aluno, ora, desde que não atrapalhe o andamento da aula sou indiferente ao fato de um aluno entrar “drogado” em sala de aula, isso de nenhuma forma afeta minhas noções de moral e bons costumes ou me choca de alguma forma. Não sou tão moralista assim…

        • Daniel Menezes disse:

          Tulio,

          eu e você sabemos que os alunos não entraram apenas para beber água. E você pede uma leniência do segurança, que ele não foi treinado para tanto. Procure entender a cabeça dos participes… no caso.
          Veja se você acredita nessa história: alguns alunos entram pacificamente em um setor de aula para beber água e o segurança, se sentindo ameaçado, solta três tiros para cima.
          Ora, nem os próprios envolvidos contam essa história.
          É sempre essa retórica de considerar qualquer tipo de hedonismo (porra louquice) como algo crítico e que deve ser por a gente incentivado.
          Tomo vários tipos de bebidas alcoólicas, mas não me sentiria à vontade de beber na ufrn, a não ser em caso de festa.
          Quanto a pauta, os alunos falavam em acabar o contrato com a garra, como se a reitora pudesse fazer isso com uma canetada.
          Depois que surgiram aqueles pontos, que foram consentidos pela reitoria, apenas para dar um cala boca nos meninos, que estavam lá tornando o ambiente insalubre, pichando as paredes e desrespeitando os funcionários.
          Aqueles pontos, ou já existem (pedido de comissão de acompanhamento, etc), ou são inexequíveis (tirar um paciente de uma instituição hospitalar, para colocá-lo no Onofre Lopes, como se a decisão fosse política e não médica).
          A única coisa que não existia era a questão de desarmar os seguranças.
          Mas como lhe disse, a pauta foi assinada só para os alunos saírem.

          • desrespeitando os funcionários? deixe de falar bosta man! pergunta pro NETO – funcionário da reitora há mais de 20 anos, se houve algum desrespeito com eles. Ambiente insalubre? hAHAHAHAHAHA vc é um piadista? me mostre a parede que foi pichada, pq até aqui vc não passa de um mentiroso metido a culto… seu curriculo só serve pra limpar o cu!

      • o que penso sobre alunos drogados em sala? Bem, eu não tenho nada contra, desde que não ofereçam risco físico ou psicológico aos demais em sala. Não seria legal um bêbado arrumando uma briga em sala ou um maconheiro entrando nu. Mas fora estes casos, não tenho nada contra. enquanto professor me posiciono contrário pq “alguns alunos ficam chateados e pq enquanto um representante da instituição tenho que cumprir com o que foi previamente contratuado”, apenas por isso. Vivi uma graduação onde os maconheiros liam os textos e os bêbados eram bolsistas cnpq. os “quietinhos” não liam os textos e ficavam com raiva pq o professor precisava “explicar o texto inteiro em sala para quem não leu”. ficavam a aula de fazer perguntas óbvias e os “drogados”, incomodados com o andamento da aula, começavam as piadas. Eu achava justo.

        Piadas e gracinhas na aula. Não sou do tipo de professor que não gosta delas. Pelo contrário, geralmente eu pego o discurso do bêbado e a gracinha do maconheiro para exemplificar e auxiliar na dinâmica da aula. Não vejo problema no riso, na gracinha, piada etc., para mim isso não é um desrespeito, pelo contrário, é um chamado para uma aula mais dinâmica. É um grito de socorro.

        E esse discurso de “pedir pra fumar em outro lugar será chamado de preconceituoso”… hummm….”….realmente tivesse conversado com uma diversidade mínima de alunos, teria percebido que existem muitos grupos que não aprovam o uso “público” como tem se feito. frequentam o mesmo espaço, mas não possuem as mesmas práticas. Estão na “pracinha da adurn”, gostam de fumar, mas não fumam ali, pois acham que não é correto etc. Existem muitos com essa visão e este mesmo debate existe lá dentro. Não é um grupo homogêneo como se tenta passar.

        Em uma sala de aula, por exemplo, tem por baixo umas 10….15 pessoas que fumam. Quantas assistem aula claramente lombradas? 2, 3? Daí vamos pegar um universo pequeno, absolutizá-lo e dizer que essa fala representa “a realidade”. É retificar preconceito e reproduzir “ideologia”.

        Como falei e repito: o texto é preconceituoso no sentido que não conhece minimamente o que ali se passa e a diversidade do diálogo envolvido e em nome de alguns poucos criminaliza um movimento inteiro.

        • Daniel Menezes disse:

          Eu situei as práticas que são alvo da crítica. O rapaz, mesmo com um texto solto e corrido, também o fez.
          Ninguém diz: “todos os maconheiros”. Ou “todos os alunos que bebem”…
          É um medo despropositado acerca da discussão.
          O que ele relatou presencio nos dias em que compareço na UFRN.

    13. O Pedro Henrique que encabeça o texto nada tem a ver com Pedro Henrique “pH”, eu, no caso. É uma pena, pois esse tipo de texto só dá mais força ao discurso reacionário, ao disse me disse sem base alguma e aos estudantes que abordam a universidade da forma mais nojenta possível. Ou seja, “UF é lugar para estudar e nada além disso é permitido”. Inclusive, senhor Daniel, você deveria postar o vídeo onde um tal de “pirata” ameaça diretamente 2 alunos do setor II, dizendo que sabe onde ficam suas casas, suas rotinas e diz que “quem manda na UF é a Garra”. Esse tipo de texto só dá força ao autoritarismo, extremismo e aos reacionários que odeiam qualquer coisa que fuja do seu modo vigente e, claro, aqueles que adorariam ver um aluno do setor II, “um maconheiro”, “um vagabundo” tomando um tiro. Sim, não se engane, essas pessoas existem na UF.

      Texto vergonhoso, assim como a publicação dele. E a credibilidade da Carta? Atacar o lado pessoal para deslegitimar uma ação é algo vergonhoso!!!

    14. Endosso e corrobora as ponderações de David, Diniz e Túlio

      Não creio que o “comentário” reúna os predicados que justifiquem sua publicação num espaço destinado à análise, à opinião embasada, orientada por argumentos e linhas de pensamento, como o é o espaço das colunas. Acaba-se expondo até o mesmo o autor do comentário, que, afinal, escreveu sob as exigências e características de um comentário. Coragem e denúncia não são, em si, virtudes e atributos argumentativos e analíticos, logo, o comentário estava em seu espaço mais adequado e legítimo.

      Embora, o comentário represente a opinião e a impressão de uma camada, ampla, é certo, da universidade, existe nele mais os preconceitos e lugares comuns sussurrados do que os argumentos que aqueles que se opõem as ” ditas práticas lúdicas-subversivas” do setor II. Desse modo, o resultado é que não apenas os cannabistas são caricaturados mas, também, os opositores e críticos. Tudo fica nivelado por baixo, pelo geral, o que não é, nem de longe, o objetivo da Carta Potiguar.

      Porém, ainda que com críticas, daniel tem certa razão sobre o incentivo ao debate. O comentário incita ao debate, mas não o promove – e o incita mais por sua fraqueza do que por sua força.

      Alyson Freire

      • Patrícia Morais disse:

        Alyson, saiba que é graças – principalmente – a você que ainda visito esta página.
        Me sinto representada em suas palavras. Acho que não sou só eu.

    15. Daniel Menezes disse:

      Alyson,

      eu e você sabemos de várias práticas e acontecimentos sobre a ocupação da reitoria, incidente dos tiros, uso dos CAs para fins – vou ser bem eufemista – “privados”, ingestão de bebidas alcoólicas e uso de maconha na instituição em seus espaços de convivência e em horário de funcionamento de aula.
      No entanto, me espanta que um veículo como o nosso tenha tanto pudor em criticar determinadas práticas. Que medo é esse?
      Nos escandalizamos com o político que usa dinheiro para comprar calcinhas para a mulher, mas “abafamos” o uso do Centro Acadêmico para festas privadas, para motel, etc? O diretor do CCHLA, Herculano, produziu essa crítica sobre o uso das salas dos CAs, que deveriam ser espaços de representação, para fins privados. Concordo com ele.
      Fui criticado por muita gente por expressar minha opinião clara a respeito das eleições, tomando, inclusive, posicionamento, apesar da maioria que apoiou a minha ação ter sido bem mais significativa. Agi e atuo com clareza nos meus posicionamentos.
      Discordo do modo como vocês tomam posicionamentos parciais, sectários, maniqueístas, simplificadores, em prol das práticas que estão em pauta. Argumentos nada analíticos do tipo: o bem X o mal, ou seguranças X estudantes.
      O comentário é simplificador. Porém, no assunto em questão, consegue, ao menos, ter a coragem de abrir a boca sobre o assunto, coisa que vêm faltando por aqui.
      PS. Já vi por aqui mesmo textos bem ornamentados, mas com pouca análise concreta, defendendo teses bobas e românticas a respeito de muitas coisas, inclusive, sobre estes “movimentos” na UFRN. Discordei de modo veemente, mas penso que vocês, assim como eu, têm legitimidade para levantar o debate que acreditem ser conveniente. Acho que vocês poderiam pensar do mesmo modo.

    16. A maior parte dos “maconheiros” e “alcoólatras” que conheço da UFRN, estão no setor 4/C&T. Pobre setor II, sempre tão discriminado…

      Quanto ao álcool, bem, minhas melhores discussões a cerca de um tema, sempre foram numa mesa de bar. Ser ‘filósofa de boteco’, sempre curti muito isso.

      Já em sala de aula, creio que as discussões mais relevantes que cheguei a ter, foram puxadas por alunos que usam a erva, e olha que nem sou de humanas.

      Na verdade, lá no meu setor a galera sempre posa de certinho, afinal, nossa sociedade é falsa moralista mesmo.

      Sou a favor da maconha, prefiro o cheiro dela do que o de cigarro, tenho abuso de cigarro, aquilo sim devia ser proibido de alguém usar.

      Também acho que as cantinas deveriam vender cerveja nesse calorzão, pq a temperatura não tá aliviando esses dias.

      Com relação aos seguranças, essa galera terceirizada que trabalha hoje em dia, não tem a experiência com a ‘galere universitária’, como os coroas seguranças que trabalham lá há décadas, pq certamente quem fez isso foi um terceirizado. Os coroas das antigas sabem que é treta dar tiro contra estudante, mesmo que seja tiro pra cima. Sei disso pois faz 22 anos que convivo com um.

      Tanta coisa pra melhorar ali na UFRN, tanta coisa pra se criticar, tanto professor que não dá uma aula de futuro, tanto aluno que se passa por estudioso, mas não tem massa encefálica crítica… Aí dão espaço pra uma pessoa dessas e olha no que dá, aparece o playboyzim aí, achando que escreve decente, que é o formador de opinião e coisa e tal, e escreve uma merda dessas. É muita falta do que fazer, viu?

      Só lembrei daquela figurinha do Batman batendo na Cara do Robin, quando o bicho fala merda.

      Tá na hora de rever esse editorial aí, e começar a discutir o que deve ser postado ou não. Do contrário, não dará mais pra usar a Carta Potiguar como um blog referência na capital, pelas suas críticas e bons artigos.

    17. Caio Cesão disse:

      A CP se perdeu, já. O Daniel Menezes (ou Mainardi?) conseguiu estragar a ideia inicial.

      Poderiam mudar o nome deste site para “Veja Potiguar”.

    18. Valeska Silva disse:

      O texto transcrito é aparentemente de um aluno do setor II que faz questão de colocar-se em contraste com aqueles que não estudam, promovem a anarquia e o consumo de drogas. Mas o texto dele é péssimo, cheio de lugares comuns, de recursos retóricos paupérrimos, vocabulário muito aquém do que se espera de um universitário, especialmente da área de Humanas. Não deveria ter sido transcrito como exemplo de qualquer posição, é embaraçoso.

    19. O aluno que escreveu o texto fez bem ao lembrar do óbvio. Mas parece que algumas pessoas têm medo do óbvio. E o óbvio é que é vergonhoso ter um curso cujos alunos são conhecidos por se drogarem mais e estudar menos, de não contribuir etc. Isso não é óbvio? A alteração mental é um problema potencial para o convívio com o outro que não está ali para se drogar ou “tomar umas” dentro da universidade. Quando quero beber, chamo os amigos para um bar. Isso não é óbvio? Bares servem para essas coisas. Mas não pra maconha, crack ou cocaína ou qualquer outra droga ilícita “socializadora” que queiram usar.

      A causa inicial da “okupação” na reitoria é muito questionável, visto que a própria mãe do aluno desmentiu publicamente a versão de um internamento provocado pela UFRN. Nenhuma casa de saúde aceita internos sem uma prescrição médica. Isso é óbvio. Não é?

      O tipo de pensamento que rejeita qualquer tipo de questionamento – pois logo são tachados de caretas, conformistas, preconceituosos ou facistas – é o mesmo tipo do pensamento autoritário que tanto alegam criticar. Onde está a democracia? Deve existir o debate.

      Não posso legitimar o consumo de drogas dentro de uma universidade com o argumento de que é uma prática social de convívio e etc. Esse mesmo argumento pode legitimar qualquer tipo de coisa criminosa, desde tráfico de drogas ilícitas, assaltos e até assassinatos. “Se todo mundo do meu grupo faz x, vou me socializar com eles e também fazer x e isso, inevitavelmente, estará correto.” É sério? Bom, por favor, usem outro argumento.

    20. Vitor Pipolo disse:

      O texto pode ser ruim, mas acredito que cumpriu seu papel de chamar atenção ao debate sobre o assunto…. assuntos polêmicos, merecem textos polêmicos ….

    21. Heitor B. S. Bezerra disse:

      Só digo uma coisa… OS MACONHEIROS PIRAM COM ESSA!!!!
      Inclusive eu faço Física e lá no DFTE ninguém consegue estudar nada por conta do cheirinho de Canabis….

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