Comissão dos trabalhadores da Prefeitura do Natal
É imprescindível acompanhar o andamento da Câmara Municipal do Natal (CMN) para saber, de fato, com quem os vereadores se unem e o que defendem. É que, não raro, há uma diferença gritante entre o que o parlamentar, de maneira cínica, diz proteger para o que efetivamente trabalha. A bancada do PSOL-PSTU representa um lamentável exemplo desse modo insensato de agir.
A vereadora Amanda Gurgel (PSTU), aliada a Sandro Pimentel e Marcos Antônio, ambos do PSOL, fazem pose de radicais e intransigentes defensores do povo de Natal. A ladainha, na verdade, visa esconder um jogo que nada tem de positivo. Pelo contrário. Os três vereadores citados, preocupados com um possível acordo benéfico, tanto para os comissionados, como para os funcionários públicos representados pelo Sindicato dos Servidores de Natal (SINSENAT), atuam na escuridão, liderados pelos ressentidos e ex-micarlistas, Paulinho Freire e Maurício Gurgel, ensandecidos pela ausência de cargos, para melar a pauta propositiva, que será fundamental para resolver o impasse na Câmara.
Qual seria o real motivo? A eleição marcada para o segundo semestre no Sinsenat. É isto mesmo. Alimentados por interesses mesquinhos, carreiristas e eleitoreiros, tentam impedir que os servidores e comissionados tenham um relevante ganho nas reivindicações pleiteadas, para construir um discurso odioso de ataque a atual diretoria da organização sindical dos funcionários. Este é o jeito torpe da bancada do PSTU-PSOL, garotinhos de recado dos remanescentes da (in) gestão Micarla de Sousa, defender o trabalhador.
Os acontecimentos não deixam margem para dúvida. A vereadora Julia Arruda (PSB) deu entrada num requerimento, que condicionava a aprovação da reforma administrativa e o aumento dos cargos em comissão ao cumprimento da data-base, principal reivindicação das diversas categorias do funcionalismo público municipal. A presidente do Sinsenat e árdua defensora dos servidores, Soraya Godeiro, se mostrou a favor da resolução benéfica para todos. Mas os lobos em pele de cordeiro já disseram que não votarão requerimento algum.
Servidores, comissionados, povo de Natal, abram os olhos!
De Sandro Pimentel, isso não me surpreende. Na UFRN, o grupo dele comanda o SINTEST há vários anos e em muitas ocasiões, eles se colocam contra os interesses dos servidores da instituição.
Eles são contrários p. exemplo, a pauta da jornada de trabalho em turno corrido. Na greve de 2012 sempre levantei essa bandeira dentro das reivindicações, mas eles demagogicamente desdenhavam, só pensavam em meter a faca no pescoço do governo em Brasília, atrás de dinheiro e mais nada além disso. Tanto é que, quando o governo acenou com o aumento mixuruca, imediatamente cessaram a greve e ignoraram outras pautas, como a da jornada de turno corrido e os problemas de assédio moral.
Essa gestão do SINTEST também costuma ignorar a existência de servidores que não são sindicalizados. Já aconteceram de muitos sofrerem assédio moral, serem impedidos de se qualificarem com mestrados, e eles não emitirem nenhuma nota de repúdio.
E agora eles entram em greve de novo, descumprindo um acordo firmado com o governo. O acordo era ruim? Sim, mas eles assinaram. Ou seja, a greve é ilegal e eleitoreira. Vai ver eles preferem que Aécio Neves comande o país e volte a sucatear a UFRN.