Rio Grande do Norte, terça-feira, 07 de maio de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

Categoria: Artes

A evolução em três atos

publicado em 8 de junho de 2022

Quando aqui cheguei não havia nada. Não era uma casa muito engraçada. Tinha teto e mais nada. Eu poderia fazer pipi e tinha rede, porque na casa tinha parede, e mais nada. Até eu poder ter uma cama muitas coisas houveram, muitas coisas tiveram de evoluir e em três atos. Eu tinha de trabalhar sentado […]

Ficar sozinha não é pra quem tem coragem, Ana Carolina!

publicado em 19 de abril de 2022

Envelhecer sozinho é meu maior medo. A solidão me causa mais horror que a própria morte – e falo como quem ama viver! Outro dia, conversando com minha irmã, comentei que eu tenho medo de ficar sozinho. Falávamos sobre amor, mas não estritamente o romântico. Falávamos sobre os vínculos que criamos ao longo da vida. […]

Carta de um leitor

publicado em 8 de abril de 2022

Advertência O texto que se segue é uma carta que o leitor Sérgio Amaro me enviou, por ocasião da publicação da crônica “Eu não sou Dom Casmurro”, escrita por este que vos fala. Por respeito ao leitor, julguei importante publicar sua comunicação a partir de sua anuência, claro. Desta feita, não sou responsável pelo escrito. […]

Eu não sou Dom Casmurro

publicado em 8 de abril de 2022

Eu vi, eu estava lá. Não foi ninguém que me contou, não foi o bicho do ciúme que me acometeu. Não enlouqueci. Eu vi, eu juro que vi. Podem dizer que eu estava embriagado, podem até dizer que eu estava drogado, mas eu vivi. Tudo está fresco na minha memória. O dia se passou para […]

Relato: eu, a leitura e a escrita

publicado em 4 de abril de 2022

No primeiro dia de aula do curso de Filosofia, na Universidade do Rio Grande do Norte, um professor disse-nos, de maneira esotérica – e quase mística – que não somos nós quem escolhemos a Filosofia, é esta quem nos escolhe. Distante do exoterismo vulgar da Lei da Atração, eu gosto de pensar que foi a […]

O malhete ensanguentado

publicado em 4 de abril de 2022

Outro dia, ao assistir ao filme cômico HOLMES & WATSON, escrito e dirigido por ninguém menos que o Etan Cohen, fiz uma descoberta simples mas que me gerou um start para escrever o presente texto. Descobri que aquele martelinho que os juízes usam para pôr ordem no tribunal e encerrar sessões, após protelar sentenças, chama-se […]

O dia em que fiz uma discente chorar em sala de aula

publicado em 1 de abril de 2022

Era um dia qualquer, uma aula qualquer, mas com uma afetação diferente. Quando eu vi a discente chorar, eu me assustei; fiquei preocupado. Só depois vim entender o porquê de ela ter chorado. Mas a lembrança de que eu a fiz chorar ficou marcada eu meu juízo. Ainda que eu seja formado em Filosofia – […]

Você me entende, querido ‘Monte

publicado em 25 de março de 2022

Outro dia eu ouvi meu artista preferido dizer – quem me conhece, sabe a quem me refiro – que desde criança tinha por meta de existência viver na arte – não necessariamente de sua arte! Ele expressou o que eu sempre senti e pensei, mas nunca consegui comunicar. Nunca fui um artista – e acho […]

É hora das mulheres!

publicado em 7 de março de 2022

Por Samanda Alves – Engenheira de computação Em 2022, 50 anos após a morte da mossoroense Celina Guimarães – a primeira mulher a ter direito a voto no Brasil -, ou 45 anos da Lei que estabeleceu o Direito ao Divórcio no Brasil – em plena ditadura militar -, não deveríamos ainda estar falando de […]

De repente, só

publicado em 21 de janeiro de 2022

Os inteligentes, com suas inclinações poéticas, insistem em diferenciar solidão e solitude. Eu gosto de pensar que os que diferenciam esses termos intercambiáveis gostam de se enganar. Que seja! Minha solidão comporta toda minha tristeza, indiferença, alegria e contemplação; minha solidão é feito uma roupa sem corpo, um salmo sem harpas, uma matéria escura sem […]