Rio Grande do Norte, sábado, 27 de abril de 2024

Carta Potiguar - uma alternativa crítica

publicado em 29 de junho de 2013

A prisão do filho de Marcos do PSOL e o cheiro fétido da represália política

postado por Daniel Menezes

A prisão do filho do vereador Marcos do PSOL começa a feder com a putrefação de uma prática com fortes indícios de perseguição política. Uma resposta às duras críticas feitas pelo parlamentar a PM e ao coronel Marinho, que em decorrência da repressão policial ao primeiro ato da Revolta do Busão (quando os coxinhas e os jornalões chamavam os estudantes de vândalos, baderneiros e apoiavam a violência contra manifestações pacíficas), foi transferido para outra jurisdição.

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Vereador Marcos do PSOL – crítico da polícia, que teve o filho preso numa estranha ação policial e mais estranha ainda publicização dos fatos via twitter

 

A polícia não esqueceu. Conforme chegou ao meu conhecimento, a partir dos relatos de alguns policiais com a cabeça mais progressista, a polícia já sabia que o filho do vereador, me desculpe a redundância, era filho do vereador e já vinham na mira dele há algum tempo.

Tanto é que ele não foi preso no protesto, mas como mero transeunte na rua, conforme blog de Jacson Damasceno: http://portalnoar.com/jacsondamasceno/a-lista-dos-brinquedos-do-menino-do-vereador/.

É possível ver também que são falsos os relatos de que ele portava coquetel molotov, conforme alguns jornalistas e opositores do vereador trataram rapidamente de espalhar.

Critiquei também o uso do twitter da PM para dizer a filiação do preso, ação extremamente incomum: https://www.cartapotiguar.com.br/2013/06/28/pm-rn-usa-seu-twitter-para-revelar-filiacao-de-preso-por-este-ser-filho-de-marcos-do-psol/. Logo depois o mesmo twitter alegou que foi hackeado.

História sem pé nem cabeça: o twitter da PM foi hackeado para narrar um fato que aconteceu e em seu exato instante? Mais um detalhe: para espalhar informação que só a PM sabia? Nem acreditando em papai noel é possível engolir uma estória dessas.

O acontecimento exala o gosto fétido da perseguição política. A polícia precisa se explicar.

PS.1. Quando questionei tais incoerências, um policial do bope veio me agredir verbalmente no twitter. Dei Print e gravei, até para me proteger, pois eu não duvido de mais nada.

Daniel Menezes

Cientista Político. Doutor em ciências sociais (UFRN). Professor substituto da UFRN. Diretor do Instituto Seta de Pesquisas de opinião e Eleitoral. Autor do Livro: pesquisa de opinião e eleitoral: teoria e prática. Editor da Revista Carta Potiguar. Twitter: @DanielMenezesCP Email: dmcartapotiguar@gmail.com

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